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      “Nunca tive o privilégio de ir à ilha dele", diz Trump sobre Epstein

      Presidente dos EUA disse que recusou um convite do condenado por crimes sexuais em um momento que chamou de bom julgamento

      Donald Trump e Jeffrey Epstein (Foto: Reuters)
      Bianca Penteado avatar
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      (Reuters) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira que “nunca teve o privilégio” de visitar a ilha de Jeffrey Epstein, dizendo que recusou um convite do condenado por crimes sexuais em um momento que chamou de bom julgamento.

      As declarações de Trump são sua mais recente tentativa de se distanciar da controvérsia política envolvendo a forma como seu governo lidou com documentos relacionados ao caso Epstein, além de renovar questionamentos sobre sua antiga relação com o financista desacreditado, que morreu por suicídio em uma prisão de Nova York em 2019.

      “Nunca tive o privilégio de ir à ilha dele, e de fato recusei”, disse Trump a repórteres durante uma viagem à Escócia. “Em um dos meus bons momentos, eu recusei.”

      Epstein era dono de uma ilha particular nas Ilhas Virgens Americanas, onde recebia figuras influentes da política, dos negócios e do entretenimento. Promotores alegam que ele usava o local para esconder o tráfico sexual e o abuso de vítimas menores de idade.

      Trump, que socializou com Epstein nos anos 1990 e início dos anos 2000, também deu uma nova explicação sobre o fim da amizade entre eles. Segundo o presidente, ele cortou relações após Epstein tentar recrutar funcionários de Trump.

      “Ele contratou funcionários. E eu disse: ‘Nunca mais faça isso.’ Ele roubou pessoas que trabalhavam para mim”, afirmou Trump. “Ele fez de novo. E eu o expulsei do lugar como persona non grata.”

      Na semana passada, o diretor de comunicação da Casa Branca, Steven Cheung, disse que Trump cortou relações com Epstein por considerá-lo um “nojento”.

      A Casa Branca tem enfrentado crescente pressão de aliados e adversários políticos de Trump para divulgar mais informações sobre a investigação do Departamento de Justiça sobre Epstein.

      Após a procuradora-geral Pam Bondi prometer, no início deste ano, divulgar mais documentos relacionados a possíveis clientes de Epstein e às circunstâncias de sua morte, o Departamento de Justiça mudou de posição este mês e divulgou um memorando concluindo que não havia base para continuar a investigação e nem evidências de uma lista de clientes.

      Essas conclusões geraram revolta entre alguns apoiadores de Trump, que há tempos acreditam que o governo estaria acobertando os vínculos de Epstein com os ricos e poderosos.

      As tentativas de Trump de desviar a atenção do caso têm falhado até agora. Nesta segunda-feira, ele voltou a chamar a história de “farsa”.

      “É uma farsa que foi inflada além de qualquer proporção”, disse Trump, alegando que os democratas controlaram os arquivos de Epstein por vários anos e os teriam usado contra ele na última eleição presidencial, se houvesse algo comprometedor neles.

      Registros de voo mostram que Trump viajou com Epstein em seu avião pelo menos seis vezes, entre 1991 e 2005. Nenhuma dessas viagens teve como destino a ilha particular de Epstein.

      Trump nega ter estado no avião e não é acusado de nenhuma irregularidade.

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