Ghislaine Maxwell, cúmplice de Epstein, não pediu indulto, mas não recusaria benefício, relata defesa
"Não se trata de uma situação em que estamos exigindo algo em troca de depoimento ou coisa parecida", afirmou o advogado David Oscar Markus
247 - Condenada por associação ao falecido traficante sexual Jeffrey Epstein, Ghislaine Maxwell não solicitou perdão durante seus recentes interrogatórios com autoridades do Departamento de Justiça, mas aceitaria qualquer forma de clemência, afirmou o advogado David Oscar Markus na sexta-feira (25).
"Não pedimos nada. Não se trata de uma situação em que estamos exigindo algo em troca de depoimento ou coisa parecida", disse Markus a jornalistas ao final do segundo dia consecutivo de interrogatórios. "Ela está em condições muito difíceis há cinco anos e receberia qualquer alívio com gratidão."
Ghislaine Maxwell namorava o financista, acusado de cometer pelo menos 250 abusos de meninas menores de idade. Foi preso em 2019, mas tirou a própria dentro da prisão um mês após ser detido. Nas décadas de 1990 e 2000, o presidente americano teve uma relação próxima com o bilionário Jeffrey Epstein, figura conhecida por seus crimes sexuais.
Nos interrogatórios de quinta e sexta-feira, autoridades do Departamento de Justiça questionaram Maxwell sobre cerca de 100 pessoas ligadas ao caso Epstein, e ela respondeu a todas as perguntas, destacou Markus.
O advogado também afirmou que Maxwell ainda não decidiu se participará do depoimento no Comitê de Supervisão da Câmara, marcado para 11 de agosto no tribunal federal de Tallahassee, Flórida.

Em 2022, um tribunal de Nova York condenou Maxwell a 20 anos de prisão por conspirar com Epstein na exploração sexual de menores. Em 2019, promotores americanos acusaram Epstein de tráfico de menores para fins sexuais – crime com pena de até 40 anos de prisão – e conspiração para tal tráfico, com até cinco anos de detenção.
Segundo as acusações, entre 2002 e 2005, Epstein manteve relações sexuais com dezenas de menores em suas residências em Nova York e Flórida, pagando-as em dinheiro. Algumas vítimas foram recrutadas para atrair outras garotas, algumas com apenas 14 anos.
Em julho de 2019, um tribunal de Manhattan determinou que Epstein ficasse preso, sem direito à liberdade sob fiança. No fim daquele mês, ele foi encontrado "semi-inconsciente" em sua cela e, posteriormente, declarado morto. A investigação concluiu que ele cometeu suicídio.
Apesar das múltiplas acusações contra Epstein, o presidente americano ainda não é alvo de investigações relacionadas ao caso e afirma ter se distanciado dele assim que os escândalos vieram à tona (com informações da Sputnik).

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