Netanyahu visita escombros em Bat Yam e admite poder militar do Irã
Primeiro-ministro israelense reconhece impacto de míssil iraniano em edifício residencial e revela temor diante da capacidade balística de Teerã
247 – Em visita à cidade de Bat Yam, ao sul de Tel Aviv, neste domingo (15), o primeiro-ministro de Israel, Benjamín Netanyahu, enfrentou de perto a devastação provocada por um míssil iraniano que atingiu um prédio de mais de dez andares. A cena, marcada por destruição, mortos e desaparecidos, tornou-se simbólica do momento crítico vivido pela região. As informações são da rede HispanTV, que acompanha o agravamento do conflito entre Irã e Israel.
Acompanhado por seguranças, vestido de preto e com expressão abatida, Netanyahu caminhou entre os escombros e concedeu breves declarações à imprensa. Apontando para o prédio destruído, declarou: “Isto é o resultado de um único míssil balístico iraniano”, reconhecendo, de forma inédita, a potência do arsenal iraniano. A admissão de Netanyahu ocorre em meio a uma série de ataques que evidenciam o avanço tecnológico militar de Teerã e colocam em xeque a superioridade bélica de Tel Aviv.
Seis mortos e desaparecidos em Bat Yam; Haifa também sob ataque
O ataque a Bat Yam, ocorrido entre a noite de sábado e a madrugada de domingo, deixou pelo menos seis mortos e outros dois desaparecidos, de acordo com os serviços de emergência israelenses. Além disso, a cidade de Haifa, ao norte da Palestina ocupada, também foi alvo de projéteis. Ali, sete pessoas morreram e centenas ficaram feridas, incluindo em áreas industriais e portuárias sensíveis.
Segundo fontes iranianas citadas pela HispanTV, os mísseis utilizados pelas Forças Armadas do Irã nesse ataque foram empregados pela primeira vez em um cenário de combate real. A precisão e o poder destrutivo dos armamentos surpreenderam as autoridades israelenses e representaram um duro golpe à imagem de invulnerabilidade cultivada por Israel ao longo das últimas décadas.
Infraestrutura crítica sob risco
Ainda em Haifa, instalações petrolíferas foram danificadas pelos mísseis, o que levanta preocupações quanto à segurança energética e à estabilidade industrial da região. A cidade, considerada estratégica por sua localização portuária e importância econômica, teve parte de sua infraestrutura comprometida, o que aumenta o temor de uma escalada ainda maior do conflito.
O ataque foi descrito pela mídia iraniana como uma operação de retaliação ao regime israelense. A ofensiva marca uma nova etapa na deterioração das relações entre os dois países e acende o alerta para o envolvimento de outras potências regionais e globais, em um cenário cada vez mais imprevisível.
Reconhecimento estratégico ou fragilidade política?
Ao reconhecer publicamente o impacto de um míssil balístico iraniano, Netanyahu tenta ao mesmo tempo justificar medidas mais duras e manter sua base política unida. No entanto, sua fala pode ser lida também como um sinal de fragilidade. Ao admitir o poderio de seu adversário, o premiê parece se ver encurralado entre a necessidade de responder com força e o receio de abrir uma frente de guerra em larga escala.
Enquanto os escombros continuam a ser removidos e famílias procuram por entes desaparecidos, cresce a tensão no Oriente Médio. A resposta de Israel a esse ataque ainda é incerta, mas a escalada já colocou a região em alerta máximo, com implicações geopolíticas que extrapolam as fronteiras do conflito.
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