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Netanyahu é como um parente de Hitler, diz Erdogan

Presidente turco acusou o primeiro-ministro israelense de criar “uma rede assassina sustentada por ideologia fascista”

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, (Foto: AHMAD AL-RUBAYE/Pool via REUTERS)

247 - O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, fez duras críticas ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em declarações concedidas nesta terça-feira (16), após retornar de Doha. Durante entrevista no voo de volta do Catar, onde participou de uma cúpula árabe-islâmica de emergência, Erdogan afirmou: “Ideologicamente, Netanyahu é como um parente de Hitler”. A informação é da agência turca Anadolu.

Segundo o presidente turco, a ofensiva aérea de Israel contra a equipe de negociação do Hamas no Catar, na semana passada, representou “um desafio aberto à ordem internacional e ao direito internacional”. Ele ainda acrescentou: “Assim como Hitler não conseguiu prever a derrota que o aguardava, Netanyahu enfrentará o mesmo destino”.

Críticas à política israelense e à comunidade internacional

Erdogan acusou a liderança israelense de transformar sua visão radical em “uma rede assassina sustentada por ideologia fascista”. O presidente também defendeu que o reconhecimento do Estado da Palestina por mais países ocidentais aumentaria a pressão diplomática sobre Israel.O líder turco declarou ainda ter esperança de que “a frente da humanidade conquiste apoio mais amplo” durante a próxima Assembleia Geral da ONU, reforçando sua intenção de levar novamente a questão palestina ao debate internacional.

Diplomacia turca na Líbia

Além do tema palestino, Erdogan também falou sobre a atuação diplomática da Turquia na Líbia. Ele ressaltou o compromisso de seu governo com a proteção da soberania, integridade territorial e unidade política do país norte-africano: “Estamos comprometidos em salvaguardar a soberania, a integridade territorial e a unidade política da Líbia, e todas as nossas ações são guiadas por esses objetivos”.

O presidente lembrou que Ancara apoiou o governo de Trípoli desde o início do conflito, mas que recentemente também tem buscado abrir canais de diálogo com o leste do país. Para Erdogan, esse movimento demonstra a visão regional e os esforços multidimensionais da diplomacia turca em prol da paz.

Ele destacou ainda que a aprovação, pela administração de Benghazi, do acordo de jurisdição marítima assinado entre Turquia e Trípoli seria “um ganho significativo sob o direito internacional”.

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