247 - O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, exibiu nesta terça-feira (23) imagens da crise humanitária em Gaza, durante a Assembleia da ONU, em Nova York, e exigiu respostas da comunidade internacional.
“Nos últimos 23 meses, uma criança foi assassinada por Israel em Gaza a cada hora", detalhou Erdogan. “Esse quadro vergonhoso de fome e inanição em Gaza vem se desenrolando e se repetindo todos os dias", acrescentou.&nbsp;
Ele ainda afirmou que Israel está ameaçando a paz regional ao lançar ataques contra Catar, Síria, Irã e Líbano. "O <a href="https://www.brasil247.com/mundo/catar-cobra-responsabilizacao-de-israel-por-crimes-contra-palestinos">ataque de Israel ao Catar</a> mostra que o governo de Netanyahu está fora de controle", disse Erdogan.&nbsp;

Leonardo Sobreira

Erdogan na Assembleia Geral da ONU em Nova York - 23 de setembro de 2025

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Mundo

Erdogan denuncia fome em Gaza e mostra fotos na ONU

247 - O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, fez duras críticas ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em declarações concedidas nesta terça-feira (16), após retornar de Doha. Durante entrevista no voo de volta do Catar, onde participou de uma cúpula árabe-islâmica de emergência, Erdogan afirmou: “Ideologicamente, Netanyahu é como um parente de Hitler”. A informação é da agência turca <a href="https://www.aa.com.tr/en/middle-east/netanyahu-is-like-a-relative-of-hitler-turkish-president-says/3689246">Anadolu</a>.
Segundo o presidente turco, a ofensiva aérea de Israel contra a equipe de negociação do Hamas no Catar, na semana passada, representou “um desafio aberto à ordem internacional e ao direito internacional”. Ele ainda acrescentou: “Assim como Hitler não conseguiu prever a derrota que o aguardava, Netanyahu enfrentará o mesmo destino”.
<h2>Críticas à política israelense e à comunidade internacional</h2>
Erdogan acusou a liderança israelense de transformar sua visão radical em “uma rede assassina sustentada por ideologia fascista”. O presidente também defendeu que o reconhecimento do Estado da Palestina por mais países ocidentais aumentaria a pressão diplomática sobre Israel.O líder turco declarou ainda ter esperança de que “a frente da humanidade conquiste apoio mais amplo” durante a próxima Assembleia Geral da ONU, reforçando sua intenção de levar novamente a questão palestina ao debate internacional.
<h2>Diplomacia turca na Líbia</h2>
Além do tema palestino, Erdogan também falou sobre a atuação diplomática da Turquia na Líbia. Ele ressaltou o compromisso de seu governo com a proteção da soberania, integridade territorial e unidade política do país norte-africano: “Estamos comprometidos em salvaguardar a soberania, a integridade territorial e a unidade política da Líbia, e todas as nossas ações são guiadas por esses objetivos”.
O presidente lembrou que Ancara apoiou o governo de Trípoli desde o início do conflito, mas que recentemente também tem buscado abrir canais de diálogo com o leste do país. Para Erdogan, esse movimento demonstra a visão regional e os esforços multidimensionais da diplomacia turca em prol da paz.
Ele destacou ainda que a aprovação, pela administração de Benghazi, do acordo de jurisdição marítima assinado entre Turquia e Trípoli seria “um ganho significativo sob o direito internacional”.

Otávio Rosso

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan,

Netanyahu é como um parente de Hitler, diz Erdogan

247 - O Ministério da Defesa da Turquia reforçou nesta quinta-feira (11) a necessidade de uma reação firme da comunidade internacional diante das ofensivas de Israel no Oriente Médio. Segundo destacou a agência estatal <a href="https://www.aa.com.tr/en/turkiye/turkiye-rejects-claims-israel-is-targeting-turkish-armed-forces-assets-in-syria/3684605">Anadolu</a>, autoridades turcas classificaram como infundados os rumores de que ativos militares do país na Síria teriam sido alvos de Tel Aviv, mas ressaltaram a gravidade do ataque israelense contra o Catar.
Em coletiva de imprensa em Ancara, o porta-voz do ministério, Zeki Akturk, afirmou que apenas uma mobilização global poderá conter as investidas israelenses.&nbsp;
<h2>Críticas a Tel Aviv e apoio ao Catar</h2>
Ao comentar a ofensiva em Doha, Akturk acusou Israel de ter transformado a violência em política de Estado. O ataque de Israel no Catar prova que Tel Aviv fez do terrorismo uma política de Estado, alimenta-se do conflito e se opõe à paz, disse. O porta-voz acrescentou ainda que a Turquia está plenamente ao lado do Catar.
<h2>Condenação internacional ao ataque em Doha</h2>
Na última terça-feira (9), as Forças de Defesa de Israel anunciaram ter realizado um “ataque preciso” contra lideranças do grupo palestino Hamas na capital catariana. A ação foi amplamente criticada por governos estrangeiros e organizações internacionais, que a consideraram uma afronta direta à soberania do Catar e ao direito internacional.

Guilherme Levorato

Ministério da Defesa da Turquia pede mobilização global contra ações de Israel

CGTN – O presidente chinês, Xi Jinping, reuniu-se na manhã deste domingo (31), em Tianjin, com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, que está na China para participar da cúpula da Organização de Cooperação de Shanghai de 2025.
Xi Jinping disse que a China e a Turquia são grandes países emergentes e membros importantes do Sul Global, ambos com espírito independente. O desenvolvimento de alto nível das relações bilaterais atende aos interesses fundamentais dos dois países e do Sul Global.
Os dois países devem aproveitar a tendência do tempo de paz, desenvolvimento e cooperação de ganha-ganha para se apoiar um do outro no caminho da prosperidade nacional e promover a relação de cooperação estratégica China-Turquia para novos patamares, além de construir conjuntamente um sistema de governança global mais justo e equitativo.
Segundo Xi Jinping, os dois países devem fortalecer a confiança política mútua, apoiar-se mutuamente em questões de grande preocupação e intensificar a cooperação no combate anti-terrorista.
Em relação ao aprofundamento de cooperação, o líder chinês ressaltou a criação de novos destaques, incluindo novas energias, 5G e biomedicina. Por fim, Xi defendeu o fortalecimento da coordenação multilateral sob as estruturas das Nações Unidas, do G20 e da Organização de Cooperação de Shanghai, a fim de defender a ordem e as regras internacionais, salvaguardar a equidade e a justiça internacionais e contribuir para a paz e estabilidade mundiais.
Recep Tayyip Erdogan disse que a Turquia está disposta a fortalecer o intercâmbio de alto nível com a China, construir conjuntamente a Iniciativa Cinturão e Rota com alta qualidade, promover o comércio e o investimento e fortalecer a cooperação em infraestrutura, novas energias, agricultura, alimentação e saúde, além de promover o intercâmbio de educação e turismo. A Turquia aprecia a posição imparcial da China sobre a questão do Oriente Médio e está disposta a trabalhar com o governo chinês para defender a equidade e a justiça internacionais, destacou o presidente turco.

China

Xi Jinping se reúne com presidente da Turquia e defende maior cooperação entre os países

247 – O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, elogiou neste sábado (16) a reunião entre o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, realizada em Anchorage, no Alasca. A notícia foi divulgada pela Sputnik International. Segundo Erdogan, o encontro representa um impulso renovado ao processo de paz na Ucrânia.
<blockquote>&nbsp;“As conversas entre o presidente dos Estados Unidos, Trump, e o presidente da Rússia, Putin, no Alasca deram um novo ímpeto à busca por formas de encerrar a guerra russo-ucraniana. Saudamos a cúpula do Alasca e esperamos que este novo processo estabeleça as bases para uma paz duradoura, com a participação de Volodomyr Zelensky”, declarou Erdogan em publicação na rede X (antigo Twitter).</blockquote>
<h3>Reunião de alto nível em Anchorage</h3>
O encontro entre Putin e Trump aconteceu na sexta-feira (15) e teve duração de 2 horas e 45 minutos. O formato foi restrito, “três contra três”, envolvendo figuras de peso da diplomacia dos dois países. Do lado russo, participaram o chanceler Sergey Lavrov e o assessor presidencial Yury Ushakov. Representando os Estados Unidos, estiveram presentes o secretário de Estado Marco Rubio e o enviado especial Steve Witkoff.
A reunião marcou a primeira vez que os dois presidentes se encontraram em território norte-americano desde o início da guerra na Ucrânia em fevereiro de 2022.
<h3>Papel da Turquia no processo de paz</h3>
Erdogan destacou que a Turquia está disposta a desempenhar um papel ativo para ajudar na construção de um cessar-fogo sustentável e em negociações mais amplas.
<blockquote>&nbsp;“A Turquia está pronta para dar qualquer contribuição para o estabelecimento da paz”, afirmou.</blockquote>
Ancara já havia mediado conversas anteriores entre Moscou e Kiev, incluindo o acordo de grãos do Mar Negro, assinado em 2022 e renovado por várias rodadas até sua suspensão no ano seguinte. Agora, Erdogan aposta que o reencontro entre os líderes das maiores potências nucleares pode reabrir o caminho para um entendimento mais abrangente.
<h3>Perspectivas para a Ucrânia</h3>
Embora a participação do presidente ucraniano Volodomyr Zelensky ainda dependa de desdobramentos futuros, Erdogan sublinhou a importância de seu envolvimento direto. A avaliação do governo turco é de que sem Kiev na mesa de negociações, não há como avançar em direção a um acordo sólido.
O gesto de Erdogan reforça o papel da Turquia como ator estratégico no tabuleiro geopolítico, posicionando-se como mediador entre Ocidente e Rússia em busca de uma saída diplomática para a guerra que já ultrapassa três anos.

Redação Brasil 247

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, discursa durante uma declaração conjunta à imprensa em Bagdá, Iraque, em 22 de abril de 2024

Turquia saúda encontro entre Putin e Trump no Alasca e aposta em paz duradoura na Ucrânia

247 - Rússia e Ucrânia concordaram, em conversas em Istambul nesta quarta-feira, em trocar mais prisioneiros, incluindo militares e civis, informou a agência de notícias estatal russa Tass. "O principal resultado: trocas não apenas de militares, mas também de civis", disse uma fonte não identificada.
A Rússia lançou a “Operação Militar Especial” na Ucrânia em fevereiro de 2022. As autoridades russas afirmam que a ofensiva tem como objetivo proteger a população russa submetida a genocídio pelo regime de Kiev. Moscou declara que é necessário remover forças militares e elementos neonazistas da Ucrânia para alcançar esses objetivos.
As autoridades da Ucrânia negam associações ao nazismo, afirmando que a política do país é completamente livre de fascistas. Kiev argumenta que a invasão russa é uma guerra de agressão e de expansão imperialista.
A Rússia anexou quatro regiões ucranianas parcialmente ocupadas em outubro de 2022. Em agosto de 2024, a Ucrânia invadiu o território russo e iniciou uma ocupação limitada.&nbsp;
Diversos países, especialmente da Otan (Aliança do Tratado do Atlântico Norte), forneceram assistência militar e financeira para a Ucrânia e implementaram sanções contra a Rússia. Irã e Coreia do Norte auxiliaram em diferentes níveis as Forças Armadas da Rússia.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou, em conjunto com a China em maio de 2024, uma proposta para negociações com o objetivo de promover uma solução diplomática da crise ucraniana (com Reuters).

Leonardo Lucena

Presidentes Vladimir Putin (Rússia) e Volodymyr Zelensky (Ucrânia) mais tropas russas em solo ucraniano ao fundo

Rússia e Ucrânia concordam em trocar prisioneiros de guerra e civis detidos, diz Tass

247 - Quatro membros da equipe da revista satírica turca LeMan foram presos preventivamente após a publicação de uma charge que, segundo o governo, retrataria o profeta Maomé. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (2) pelo ministro da Justiça da <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Turquia">Turquia</a>, Yilmaz Tunc. A reportagem é da France 24.
A acusação provocou forte reação pública, culminando em confrontos nas ruas de Istambul. Na noite de segunda-feira (30), centenas de pessoas se enfrentaram nos arredores de um bar frequentado por jornalistas da revista, localizado no bairro de Istiklal. O local foi atacado por grupos irritados com a publicação. A confusão envolveu cerca de 300 pessoas e se transformou em uma batalha campal entre apoiadores da revista e manifestantes contrários ao desenho.
Segundo o ministro Yilmaz Tunc, "um mandado de prisão foi emitido para dois suspeitos que estão fora do país", além dos quatro detidos. A Promotoria de Istambul conduz a investigação, que classifica o desenho como uma “representação desrespeitosa” ao profeta do islamismo.
Em seu depoimento à polícia, publicado pelo site T24, o cartunista Dogan Pehlevan negou qualquer intenção de ofender: “Queria falar de paz com esse desenho” e condenou a atuação de “provocadores”. Ele também declarou: “Desenho na Turquia há muitos anos. A primeira regra que você aprende é não abordar questões religiosas nem zombar da religião. Sempre respeitei esse princípio. Rejeito as acusações feitas contra mim”.
A imagem em questão mostra dois personagens se encontrando no céu acima de uma cidade bombardeada. Um deles é chamado de Muhammad, e o outro, Musa. “Só queria destacar o absurdo da guerra, mostrar que as pessoas podem conviver. Mas é preciso morrer para perceber isso? Essa é minha única mensagem”, explicou o chargista.
A charge motivou manifestações no centro de Istambul. Apesar da proibição oficial, cerca de 300 pessoas se reuniram nos arredores da Mesquita Taksim, entoando palavras de ordem como “não se esqueçam do <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Charlie+Hebdo">Charlie Hebdo</a>” — referência ao atentado contra a revista francesa, em 2015, que também publicou caricaturas do profeta Maomé.
O presidente <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Recep+Tayyip+Erdogan">Recep Tayyip Erdogan</a> comentou o episódio na terça-feira (1º), classificando a charge como “uma provocação vil” e um “crime de ódio”, acrescentando que seus autores deverão prestar contas por “desrespeitarem o profeta”.
Em entrevista à agência AFP, o editor-chefe da LeMan, Tuncay Akgun, refutou a alegação de que a figura representada seja Maomé. “O desenho não tem nada a ver com o Profeta Maomé. Nunca correríamos esse risco”, afirmou. Segundo Akgun, o personagem chamado Muhammad é um civil muçulmano morto nos ataques a Gaza. “Ele se chama Mohammed, assim como mais de 200 milhões de pessoas no mundo islâmico”, completou.

Luis Mauro Filho

Manifestantes gritam palavras de ordem durante um protesto contra uma caricatura publicada na revista satírica turca Leman, que supostamente retrata o profeta Maomé e Moisés, no centro de Istambul, Turquia, em 1º de julho de 2025

Governo turco prende membros da revista LeMan por charge interpretada como ofensiva ao Islã e gera protestos em Istambul

247 - O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, durante uma conversa telefônica com seu homólogo iraniano, Masoud Pezeshkian, acusou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, de tentar “sabotar” as negociações nucleares com Teerã por meio dos ataques ao território iraniano, informou neste sábado (14) o gabinete do líder turco.
“Durante a conversa, o presidente Erdogan expressou sua mais firme condenação aos ataques ilegais de Israel contra o Irã e ofereceu condolências ao povo iraniano pelas perdas de vidas. O presidente afirmou que os ataques de Israel são uma clara violação do direito internacional, com o objetivo de arrastar toda a região para o fogo, e que Netanyahu está tentando sabotar o processo de negociação nuclear por meio dessas agressões”, declarou o gabinete turco, de acordo com a Sputnik.
Erdogan também afirmou que seu governo está monitorando de perto possíveis vazamentos de material nuclear na instalação de Natanz, no Irã, e ressaltou que o engajamento diplomático permanece como a única solução viável para resolver a disputa em torno do programa nuclear iraniano.

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan

Netanyahu tenta 'sabotar' negociações nucleares por meio de ataques ao Irã, diz Erdogan

247 - A Turquia e a Indonésia firmaram um acordo de defesa para a exportação de 48 unidades do caça de quinta geração KAAN, projetado e produzido pela Turkish Aerospace Industries (TAI). O anúncio foi feito pelo presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, por meio de sua conta na plataforma X (antigo Twitter), acompanhado de um vídeo da aeronave.
“Espero que este acordo, que revela o desenvolvimento e o ponto alcançado por nossa indústria de defesa doméstica e nacional, seja benéfico para a<a href="https://www.brasil247.com/search?term=Turquia"> Turquia </a>e para a Indonésia”, declarou Erdogan. O presidente ainda destacou que o projeto prevê a incorporação das capacidades locais da Indonésia no processo de produção dos aviões de combate.
Desenvolvido pela TAI, o KAAN é o primeiro caça de combate de fabricação nacional da Turquia. A aeronave integra os avanços tecnológicos da indústria militar do país, que nos últimos anos tem expandido sua atuação em mercados estratégicos do Sul Global, especialmente entre nações asiáticas e muçulmanas.
<a href="https://www.brasil247.com/search?term=Erdogan">Erdogan</a> também classificou o pacto como um marco nas relações entre Ancara e Jacarta. “É um símbolo do aprofundamento dos laços entre Turquia e Indonésia”, afirmou, referindo-se ao país asiático como “amigo e irmão”.
A exportação do caça representa não apenas um passo relevante na consolidação da indústria bélica turca, mas também reforça uma tendência geopolítica de diversificação de alianças militares fora do eixo tradicional Estados Unidos–União Europeia. A Turquia, que é membro da OTAN, tem mantido uma postura cada vez mais autônoma em sua política de defesa e comércio militar.
Embora não tenham sido divulgados os valores financeiros da operação, a entrega de 48 unidades do KAAN à <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Indon%C3%A9sia+">Indonésia </a>se configura como um dos maiores contratos internacionais já assinados pela indústria aeroespacial turca, ampliando o alcance de sua influência tecnológica e estratégica.

Sul Global

Turquia anuncia venda de 48 caças KAAN à Indonésia em acordo estratégico

247 - Autoridades da Turquia e lideranças curdas sírias vêm conduzindo, há vários meses, tratativas sigilosas que podem significar um ponto de inflexão no histórico de confrontos entre Ancara e os curdos da região.&nbsp;
Conforme revelou o site Al-Mayadeen, os diálogos têm como objetivo encerrar o conflito com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e rever a postura turca em relação à autonomia curda no norte da Síria.
Fontes ouvidas pela publicação revelaram que os diálogos ocorreram de forma paralela a uma retomada da interlocução entre <a href="https://www.brasil247.com/search?term=turquia">autoridades turcas</a> e Abdullah Ocalan, líder histórico do PKK, atualmente preso. Reuniões de alto nível com representantes curdos da Síria teriam acontecido em países como França e Suíça, especialmente após as eleições municipais turcas.
A guinada de postura do governo Recep Tayyip Erdogan surgiu no contexto de uma derrota eleitoral significativa para o Partido Republicano do Povo (CHP), que contou com apoio do pró-curdo Partido da Igualdade e Democracia (DEM). Buscando enfraquecer esse bloco opositor, o governo turco passou a considerar alianças alternativas, inclusive com setores antes hostilizados.
<h3>Ocalan defende desarmamento e propõe novo partido</h3>
A nova etapa de diálogo ganhou força após o líder do ultranacionalista Partido do Movimento Nacionalista (MHP), Devlet Bahçeli — aliado de Erdogan — abandonar sua histórica resistência ao envolvimento curdo. Ele passou a apoiar a participação de Ocalan nas tratativas, chegando a admitir publicamente a possibilidade de uma anistia, caso o PKK abandone as armas.
No dia 27 de fevereiro, Ocalan conclamou sua organização a encerrar a luta armada e se dissolver. A cúpula do PKK, sediada na região do Curdistão iraquiano, acatou a decisão em maio. Simultaneamente, o líder curdo passou a conduzir um processo de reestruturação do DEM, transformando-o numa legenda curda legalista, integrada à política institucional turca e com limites definidos pelo Estado.
Caso se concretize, esse desfecho representaria o fim de um ciclo de violência que se arrasta há mais de quatro décadas.
<h3>Novo realinhamento político e militar no norte da Síria</h3>
Apesar das continuadas operações militares contra alvos do PKK e da infraestrutura curda na Síria, Ancara tem reduzido suas ofensivas desde março. Um cessar-fogo intermediado pelos Estados Unidos, especialmente nas imediações da represa de Tishreen, permanece em vigor há mais de dois meses.
Como parte das medidas de distensão, o governo turco avalia reabrir o posto de fronteira de Nusaybin — fechado desde 2012. A reativação traria impactos econômicos diretos para regiões sob controle das Forças Democráticas Sírias (SDF), como Raqqa e Deir Ezzor.
Segundo fontes do Al-Mayadeen, Ancara estaria disposta a aceitar uma forma limitada de autonomia curda na Síria, desde que essa não seja institucionalizada por meio da Constituição. Além disso, haveria disposição para incorporar os combatentes curdos das SDF ao Exército sírio, sob comando de Damasco, conforme acertado em 10 de março entre o comandante Mazlum Kobane e o presidente interino sírio Ahmad al-Sharaa.
<h3>Kobane confirma cessar-fogo e admite possibilidade de diálogo com Ancara</h3>
O comandante das SDF, Mazlum Kobane, reconheceu publicamente a existência de uma trégua com o exército turco, ainda que “condicional e temporária”, e afirmou esperar que o acordo se torne permanente. Ele também se declarou aberto a se reunir com Erdogan, embora tenha admitido que não há encontros marcados até o momento.
Fontes indicam que Kobane teria sido sondado para uma possível reunião com o ministro turco das Relações Exteriores, Hakan Fidan, ou com o chefe da inteligência Ibrahim Kalin, em <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Damasco+">Damasco </a>— caso seja retirada toda a influência do PKK da política curda síria. Tanto a chancelaria turca quanto as SDF negaram formalmente que tal convite tenha sido feito.
<h3>Washington atua nos bastidores por uma saída negociada</h3>
As movimentações diplomáticas ganharam impulso com a mediação dos Estados Unidos, que facilitaram encontros entre representantes turcos e curdos no sul da Turquia. Nessas reuniões, temas como o futuro político da Síria, uma eventual retirada das tropas norte-americanas e o destino dos detentos do Estado Islâmico sob custódia curda estiveram na mesa.
O colapso do regime sírio de Bashar al-Assad em dezembro, bem como a aproximação recente entre a administração curda e o governo de Israel, funcionaram como catalisadores para uma maior cooperação entre Turquia e Síria — tradicionalmente em lados opostos do conflito.
Diante de um novo tabuleiro geopolítico no <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Oriente+M%C3%A9dio">Oriente Médio</a>, Erdogan parece apostar na via do pragmatismo para conter a influência curda transnacional e evitar que o vácuo de poder beneficie seus adversários — internos e externos.

Apoiadores do Partido pela Igualdade e Democracia dos Povos (DEM), pró-curdo, exibem bandeiras com um retrato do líder do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), Abdullah Ocalan, que está preso, em Istambul, Turquia, em 17 de março de 2024

Turquia negocia com curdos da Síria e PKK para encerrar conflito armado

Reuters - Rússia e Ucrânia anunciaram que chegaram a um acordo durante negociações de paz realizadas nesta segunda-feira para realizar uma nova troca de prisioneiros de guerra e devolver os corpos de 12 mil soldados mortos.
Os lados em conflito se reuniram por pouco mais de uma hora na cidade turca de Istambul, naquela que foi apenas a segunda rodada de negociações desde março de 2022.
O presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, descreveu o encontro como “ótimo” e afirmou esperar reunir Vladimir Putin, da Rússia, e Volodymyr Zelensky, da Ucrânia, em um encontro na Turquia com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
No entanto, não houve avanço em relação a um cessar-fogo, proposta defendida pela Ucrânia, por seus aliados europeus e por Washington, mas rejeitada por Moscou, que diz buscar uma solução de longo prazo e não apenas uma pausa na guerra. Kiev, por sua vez, afirma que Putin não tem interesse real na paz.
O assessor do Kremlin, Vladimir Medinsky, informou que os negociadores russos entregaram aos ucranianos um memorando detalhado com os termos propostos por Moscou para um cessar-fogo total.
Medinsky, que lidera a equipe russa, também afirmou que Moscou sugeriu um "cessar-fogo específico de dois a três dias em determinadas áreas da linha de frente" para que os corpos dos soldados mortos pudessem ser recolhidos.
Cada lado afirmou que entregará ao outro os corpos de 6 mil soldados mortos.
Além disso, foi acordada uma nova e ampla troca de prisioneiros de guerra, após a liberação de mil detidos por lado durante a primeira rodada de negociações em Istambul, no dia 15 de maio.
O ministro da Defesa da Ucrânia, Rustem Umerov, que liderou a delegação de Kiev, disse que a nova troca dará prioridade a feridos graves e jovens.
Umerov também declarou que Moscou entregou um rascunho de acordo de paz à Ucrânia e que Kiev — que possui sua própria proposta — irá analisar o documento russo.
A Ucrânia propôs realizar novas negociações até o final de junho, mas, segundo Umerov, acredita que apenas um encontro direto entre Zelensky e Putin pode resolver os numerosos impasses.
O chefe de gabinete de Zelensky, Andriy Yermak, informou que a delegação ucraniana solicitou o retorno de uma lista de crianças que teriam sido deportadas para a Rússia.
Moscou afirma que essas crianças foram levadas para protegê-las dos combates. Medinsky disse que há 339 nomes na lista fornecida pela Ucrânia, mas que as crianças foram “salvas”, e não sequestradas.
Baixas expectativas de avanço em Istambul - Na véspera do encontro, a Ucrânia realizou um dos ataques mais ousados da guerra, utilizando drones para atingir aviões russos de longo alcance com capacidade nuclear na Sibéria e em outras regiões.
Blogueiros pró-guerra russos reagiram com indignação e pediram uma retaliação severa por parte de Moscou.
Apesar de ambos os países, por razões distintas, demonstrarem interesse em manter Donald Trump engajado no processo de paz, as expectativas de avanço nesta segunda-feira eram baixas.
A Ucrânia vê a postura russa até agora como uma tentativa de forçá-la à rendição — algo que Kiev afirma jamais aceitar — enquanto Moscou, que avançou no campo de batalha em maio no ritmo mais rápido em seis meses, insiste que Kiev deve aceitar a paz sob os termos russos ou perder ainda mais território.
Putin apresentou seus termos iniciais para um fim imediato da guerra em junho do ano passado: a Ucrânia deve abandonar sua intenção de ingressar na aliança militar ocidental OTAN e retirar suas tropas de todas as quatro regiões ucranianas que a Rússia reivindica e controla majoritariamente.
Segundo um roteiro proposto pela Ucrânia — cuja cópia foi obtida pela agência Reuters — Kiev exige que não haja restrições ao seu poderio militar após um eventual acordo de paz, não aceita qualquer reconhecimento internacional da soberania russa sobre territórios ucranianos ocupados e também reivindica reparações.
Atualmente, a Rússia controla cerca de um quinto do território ucraniano, o equivalente a aproximadamente 113.100 km² — área semelhante ao estado americano de Ohio.
Putin enviou tropas à Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, após oito anos de conflitos no leste ucraniano entre separatistas apoiados por Moscou e forças de Kyiv.
Os Estados Unidos, que sob a presidência anterior de Joe Biden eram o principal fornecedor de armamentos avançados à Ucrânia, afirmam que mais de 1,2 milhão de pessoas foram mortas ou feridas no conflito desde 2022.
Trump chamou Putin de “louco” e criticou Zelensky publicamente no Salão Oval, mas também declarou acreditar que a paz é possível e advertiu que, se Putin adiar as negociações, os EUA poderão impor sanções duras contra a Rússia.

Delegações russa e ucraniana em negociações na Turquia

Rússia e Ucrânia chegam a acordo sobre nova troca de prisioneiros de guerra e devolução de corpos

247 - As delegações da Ucrânia e da Rússia estão reunidas nesta segunda-feira (2) em Istambul, na Turquia, onde as negociações de paz entre os dois países entraram em uma nova fase. Segundo revelou a agência Reuters, os representantes ucranianos levaram à mesa um roteiro formal com propostas para encerrar o maior conflito em solo europeu desde a Segunda Guerra Mundial.
O plano apresentado por Kiev propõe um cessar-fogo total e imediato com duração mínima de 30 dias, seguido pela troca de todos os prisioneiros detidos por ambos os lados e pela devolução das crianças ucranianas levadas para territórios sob ocupação russa. A proposta ainda prevê a realização de um encontro entre o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o líder russo, Vladimir Putin.
O documento estabelece a participação ativa dos Estados Unidos e de países europeus nas negociações, com o objetivo de construir as condições para um acordo definitivo que encerre a guerra iniciada em 2022. As autoridades ucranianas informaram que o roteiro já havia sido enviado previamente à delegação russa.
De acordo com a Reuters, os termos propostos mantêm a posição tradicional da Ucrânia em relação a pontos considerados inegociáveis: não aceitam limitações à capacidade militar do país, rejeitam o reconhecimento internacional da soberania russa sobre áreas ocupadas e exigem reparações pelos danos causados ao longo da guerra.
Outro ponto do plano estabelece que as conversas sobre território partam da configuração atual da linha de frente, algo que se distancia das exigências recentes feitas publicamente por Moscou.
Apesar das divergências, a retomada do diálogo representa um sinal de abertura. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem pressionado para que as partes construam uma solução negociada. A Rússia, por sua vez, propôs uma nova rodada de conversas presenciais para a próxima semana, também em Istambul.
Kiev reafirma que está comprometida com a busca por uma solução pacífica, embora ainda aguarde o envio oficial de um memorando russo com contrapropostas. Zelensky, no entanto, decidiu seguir com a negociação e enviou uma delegação de alto nível para a capital turca.
O ambiente das conversas é cercado por incertezas, mas a existência de um plano formal e a presença de representantes de alto escalão dos dois lados reacendem as expectativas de um possível avanço nas tratativas pelo fim da guerra.

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