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Netanyahu chantageia países que querem ajudar palestinos: “devem abrir suas portas”

Primeiro-ministro enfrenta críticas internas e externas em meio à guerra em Gaza e à piora da crise humanitária no teerritório palestino

Netanyahu/Reprodução/X (Foto: Reprodução/X)

247 - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta quarta-feira que nações dispostas a apoiar os palestinos deveriam “abrir suas portas” para receber moradores da Faixa de Gaza que deixem o território. A declaração foi feita durante entrevista à emissora i24 News, e ocorre em meio ao agravamento da crise humanitária e à pressão internacional por um cessar-fogo. As informações são do Haaretz.

Conflito político no alto escalão militar

O comentário de Netanyahu coincide com uma disputa pública entre o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, e o chefe das forças armadas de Israel (IDF), general Eyal Zamir. Ben-Gvir pediu ao premiê que demita o militar, acusando-o de se opor ao plano de ocupação de Gaza por influência de conselheiros de “extrema esquerda”. “Se ele não anunciar imediatamente que está substituindo seu grupo político, peço ao primeiro-ministro que o substitua por um candidato que busque a vitória”, disse o ministro.

O ministro da Defesa, Israel Katz, também criticou Zamir, afirmando que sua conduta “prejudica o exército israelense” e acusando-o de provocar “dano desnecessário” a oficiais das IDF. Katz pediu “modéstia” a ex-comandantes que têm feito críticas ao atual comando militar.

Reações internacionais crescem

A ofensiva israelense continua a gerar condenações. O primeiro-ministro da Nova Zelândia, Christopher Luxon, afirmou que Netanyahu “perdeu o rumo” e classificou como “totalmente inaceitáveis” o deslocamento forçado de civis, a falta de ajuda humanitária e a anexação de Gaza. Luxon disse que seu país avalia reconhecer oficialmente um Estado palestino, seguindo movimentos de Austrália, Canadá, Reino Unido e França.

Organizações internacionais e governos como o da Grã-Bretanha, Canadá e Austrália afirmaram que a situação humanitária em Gaza atingiu “níveis inimagináveis” e exigiram que Israel permita a entrada irrestrita de ajuda no território palestino. 

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