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      "Não queremos manter Gaza", diz Netanyahu

      Premiê israelense afirma que pretende entregar Gaza a forças árabes e manter apenas uma zona de segurança, após eliminar o Hamas

      O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que não permitirá que o Irã obtenha armas nucleares, após condenar as declarações do líder supremo do Irã, Ali Khamenei, que disse que Israel é "um tumor maligno" que precisa ser "removido" (Foto: Leonardo Lucena)
      Luis Mauro Filho avatar
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      247 - Em entrevista à Fox News nesta quinta-feira (7), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que seu governo não tem a intenção de administrar a Faixa de Gaza ao fim da atual ofensiva contra o Hamas. A reportagem foi originalmente publicada pelo canal norte-americano.

      Indagado se Israel planeja assumir o controle total da região, Netanyahu respondeu: “Pretendemos, para garantir nossa segurança, remover o Hamas dali, permitir que a população se liberte de Gaza [do Hamas] e transferi-la para uma governança civil que não seja o Hamas nem qualquer grupo que defenda a destruição de Israel.”

      Apesar das ações militares em curso, o premiê enfatizou: “Não queremos manter Gaza. Queremos uma zona de segurança.” Ele também acrescentou: “Não queremos estar lá como órgão de governo, queremos entregar o controle a forças árabes que governem adequadamente.”

      Israel controlou Gaza entre 1967 e 2005, quando se retirou unilateralmente do território. No entanto, segundo veículos da imprensa local, Netanyahu teria informado ministros recentemente que buscaria o aval do gabinete para um plano de ocupação total do enclave, mesmo diante da resistência das Forças de Defesa de Israel (IDF).

      Guerra prolongada e impasse diplomático

      O atual conflito entre Israel e Hamas teve início em outubro de 2023, após um ataque surpresa do grupo palestino que matou cerca de 1.200 pessoas e sequestrou outras 250 em solo israelense.

      Um cessar-fogo em três etapas chegou a ser estabelecido em janeiro, mas foi rompido em março por Israel, com acusações mútuas de descumprimento do acordo. Desde então, as conversas entre as partes têm fracassado em alcançar um consenso.

      Proposta de Trump rejeitada

      Em fevereiro, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, propôs um plano controverso que sugeria a realocação da população de Gaza para países vizinhos "de grande riqueza". A proposta foi rechaçada por um grupo de nações árabes e pela Rússia.

      Enquanto isso, o número de vítimas palestinas aumenta. De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, mais de 60 mil palestinos, majoritariamente civis, morreram em consequência da ofensiva israelense. Organizações internacionais, como a ONU, além de entidades humanitárias e governos europeus, têm acusado Israel de bombardear indiscriminadamente áreas residenciais e impedir a entrada de ajuda humanitária na região.

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