Movimentos da Resistência Palestina denunciam ataque dos EUA ao Irã como “escalada perigosa”
Hamas, Jihad Islâmica e Movimento Mujahideen expressam solidariedade ao Irã e acusam Washington de obedecer à agenda de Israel
247 - Em declarações contundentes divulgadas neste sábado (21), movimentos da resistência palestina condenaram veementemente o recente ataque aéreo dos Estados Unidos contra instalações nucleares no Irã, informa a Prensa Latina, que destacou as reações do Hamas, da Jihad Islâmica e do Movimento Mujahideen. Esses grupos classificaram a ação como uma violação grave do direito internacional e um passo perigoso rumo à escalada dos conflitos no Oriente Médio.
Em comunicado oficial, o Hamas afirmou que o bombardeio promovido por Washington representa “uma escalada perigosa, uma obediência cega à agenda de Israel, uma violação flagrante do direito internacional e uma ameaça direta à paz e à segurança internacionais”. O grupo se referia ao ataque contra três centros nucleares iranianos, localizados em Isfahan, Natanz e Fordow.
A nota do Hamas também acusa diretamente a Casa Branca de agir conforme “a lei da selva”, ao recorrer à força militar como método de imposição de sua hegemonia na região. “Os ataques constituem um exemplo flagrante da política de imposição de hegemonia por meio da lógica da força”, destacou o texto.
A organização palestina responsabilizou integralmente tanto os Estados Unidos quanto Israel pelas consequências que a ofensiva possa gerar. “Consideramos o governo dos EUA e o governo de ocupação israelense totalmente responsáveis pelas graves repercussões desta agressão”, afirmou o Hamas, ao mesmo tempo em que expressou solidariedade ao povo iraniano. “Reafirmamos nosso apoio ao Irã, seus líderes e seu povo.”
A Jihad Islâmica Palestina emitiu uma declaração no mesmo tom, classificando o ataque como “uma declaração de guerra contra aquela nação”. Segundo a nota, o episódio “demonstra que o governo dos Estados Unidos é o maior inimigo do progresso no Oriente Médio”.
A organização foi além ao responsabilizar diretamente o presidente dos EUA, Donald Trump, por autorizar a ofensiva. “A ordem do presidente Donald Trump confirma que Washington é o principal apoiador das ações terroristas do regime sionista contra nações da região”, afirmou o grupo.
Também o Movimento Mujahideen condenou com veemência a ação norte-americana, qualificando-a como uma “violação da soberania iraniana”. Em sua nota oficial, o movimento denunciou que “os Estados Unidos e Israel são a principal fonte de terrorismo e maldade no mundo, além de uma ameaça real à paz e estabilidade da humanidade”.
As reações palestinas refletem a crescente preocupação no mundo árabe e islâmico com a possibilidade de um novo ciclo de violência na região, caso os confrontos entre Washington, Tel Aviv e Teerã se intensifiquem.
O ataque ocorre em um momento de alta tensão internacional, com diversos países apelando por contenção e diálogo para evitar uma conflagração de proporções catastróficas no Golfo Pérsico.
As manifestações dos grupos palestinos somam-se ao coro de vozes que exigem o respeito à soberania nacional e a contenção das ações militares unilaterais, especialmente quando motivadas por objetivos geopolíticos que envolvem alianças estratégicas e interesses de longo prazo. Para analistas, o episódio reforça a crescente instabilidade no cenário internacional e a urgência de iniciativas diplomáticas multilateralistas para restabelecer o equilíbrio na região.
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