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      Moraes pede a Zanin para marcar julgamento de Bolsonaro e outros sete réus na trama golpista

      STF deve iniciar análise do caso na segunda quinzena de setembro, com oito réus denunciados por tentativa de anular eleições de 2022

      Jair Bolsonaro, em prisão domiciliar, em Brasília - 14/08/2025 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)
      Luis Mauro Filho avatar
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      (Reuters) - O ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) pediu nesta quinta-feira ao presidente da Primeira Turma do STF que seja marcado o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.

      "Considerando o regular encerramento da instrução processual, o cumprimento de todas as diligências complementares deferidas, bem como a apresentação de alegações finais pela Procuradoria-Geral da República e por todos os réus, solicito ao excelentíssimo presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin, dias para julgamento presencial da presente ação penal", afirmou Moraes em despacho.

      O documento lista Bolsonaro e outros sete réus a serem julgados no chamado "núcleo crucial", pessoas próximas ao ex-presidente, acusados de tramar uma tentativa de golpe de Estado após a derrota do ex-presidente na eleição de 2022.

      Em alegações finais enviadas ao STF na quarta-feira à noite, a defesa de Bolsonaro negou que ele cometeu crimes e pediu que seja absolvido por "absoluta ausência de provas". Os advogados também questionaram a validade da delação premiada de Mauro Cid, considerando-a imprestável por supostamente ter sido contaminada por vício de vontade e omissões, seleções e ambiguidades na colaboração.

      A delação firmada por Cid serviu como mais um elemento para comprovar os crimes que o ex-presidente praticou, sustentam a Procuradoria-Geral da República e a Polícia Federal.

      Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde a segunda-feira da semana passada, após voltar a descumprir medidas cautelares impostas por Moraes em outro caso, um inquérito a que responde com o filho que está nos Estados Unidos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por ataque à soberania nacional.

      O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aplicou uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros exportados àquele país e justificou em parte a medida pelo que chamou de "caça às bruxas" contra Bolsonaro. Também foram impostas sanções a Moraes e outros ministros do STF.

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