Moraes pede a Zanin para marcar julgamento de Bolsonaro e outros sete réus na trama golpista
STF deve iniciar análise do caso na segunda quinzena de setembro, com oito réus denunciados por tentativa de anular eleições de 2022
(Reuters) - O ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) pediu nesta quinta-feira ao presidente da Primeira Turma do STF que seja marcado o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.
"Considerando o regular encerramento da instrução processual, o cumprimento de todas as diligências complementares deferidas, bem como a apresentação de alegações finais pela Procuradoria-Geral da República e por todos os réus, solicito ao excelentíssimo presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin, dias para julgamento presencial da presente ação penal", afirmou Moraes em despacho.
O documento lista Bolsonaro e outros sete réus a serem julgados no chamado "núcleo crucial", pessoas próximas ao ex-presidente, acusados de tramar uma tentativa de golpe de Estado após a derrota do ex-presidente na eleição de 2022.
Em alegações finais enviadas ao STF na quarta-feira à noite, a defesa de Bolsonaro negou que ele cometeu crimes e pediu que seja absolvido por "absoluta ausência de provas". Os advogados também questionaram a validade da delação premiada de Mauro Cid, considerando-a imprestável por supostamente ter sido contaminada por vício de vontade e omissões, seleções e ambiguidades na colaboração.
A delação firmada por Cid serviu como mais um elemento para comprovar os crimes que o ex-presidente praticou, sustentam a Procuradoria-Geral da República e a Polícia Federal.
Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde a segunda-feira da semana passada, após voltar a descumprir medidas cautelares impostas por Moraes em outro caso, um inquérito a que responde com o filho que está nos Estados Unidos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por ataque à soberania nacional.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aplicou uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros exportados àquele país e justificou em parte a medida pelo que chamou de "caça às bruxas" contra Bolsonaro. Também foram impostas sanções a Moraes e outros ministros do STF.
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