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      Mais de 20 líderes estrangeiros confirmam presença na cúpula da Organização de Cooperação de Xangai na China

      Encontro em Tianjin reunirá chefes de Estado para discutir segurança, economia e cooperação regional

      Organização de Cooperação de Xangai (Foto: Xinhua )
      José Reinaldo avatar
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      247 - Mais de 20 líderes estrangeiros participarão da próxima cúpula da Organização para Cooperação de Xangai (OCX), que acontecerá em Tianjin, na China, entre 31 de agosto e 1º de setembro. O anúncio foi feito pelo Ministério das Relações Exteriores chinês, informa a Prensa Latina.

      Segundo autoridades de Pequim, este será o maior encontro da OCS desde a sua criação há 24 anos. O presidente Xi Jinping receberá líderes de Estados-membros, países observadores e parceiros de diálogo para debater temas como multilateralismo, segurança regional e desenvolvimento sustentável.

      Participação de líderes globais

      Entre os convidados de destaque estão o presidente russo, Vladimir Putin, o presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian. Xi Jinping comandará a reunião do Conselho de Chefes de Estado e a sessão chamada SCO-plus, que abordará o fortalecimento do chamado “Espírito de Xangai”, além de melhorias institucionais e parcerias multilaterais.Ao final da cúpula, está prevista a assinatura da Declaração de Tianjin, a aprovação de um plano estratégico para a próxima década e a divulgação de documentos voltados à cooperação nas áreas de segurança, economia e cultura.

      Prioridade diplomática chinesa

      O Ministério das Relações Exteriores da China destacou que a expectativa é de que a cúpula fortaleça a unidade entre os países participantes, além de promover respostas conjuntas aos desafios do atual cenário internacional. 

      A OCX, criada em 2001, conta atualmente com 26 nações da Ásia, Europa e África e tem como principais eixos de atuação a segurança regional, o desenvolvimento econômico e a cooperação entre seus membros.

      De acordo com Liu Bin, ministro-assistente das Relações Exteriores da China, o momento é considerado histórico nas relações de Pequim com seus vizinhos.

      “O ambiente regional e o cenário global estão entrando em um estágio de desenvolvimento profundamente interconectado e, nesse contexto, construir uma comunidade mais próxima com um futuro compartilhado dentro da OCS se tornou um consenso coletivo entre seus membros”, afirmou o diplomata.

      Liu Bin também reforçou a importância da diplomacia de boa vizinhança nas atuais circunstâncias. Segundo ele, a China busca superar visões ultrapassadas de confronto, como a lógica da Guerra Fria ou a ideia de choque de civilizações, em prol de iniciativas que promovam a paz regional e a prosperidade global.

      Expectativas para a Declaração de Tianjin

      Com a assinatura de um novo marco estratégico, a cúpula de Tianjin poderá definir os rumos da OCX para a próxima década. As propostas de Xi Jinping, que incluem iniciativas de desenvolvimento, segurança e intercâmbio cultural, deverão ocupar papel central nas discussões.

      A expectativa de Pequim é que o encontro fortaleça o multilateralismo e posicione a organização como um ator cada vez mais relevante diante das tensões geopolíticas e da instabilidade global.

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