247 – A China lançou nesta terça-feira (2) em Tianjin, no norte do país, uma nova plataforma de cooperação em economia digital no âmbito da Organização para Cooperação de Xangai (OCX). A informação foi divulgada pela CCTV News e repercutida pelo Global Times.
Segundo a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China e a Administração Nacional de Dados, o objetivo é ampliar a colaboração multissetorial entre cidades, empresas, universidades e centros de pesquisa dos países integrantes da OCX.
<h2>Conectividade digital em três dimensões</h2>
Durante a cerimônia de lançamento, autoridades destacaram a necessidade de melhorar o casamento entre oferta e demanda e de aprofundar a cooperação entre ecossistemas digitais, considerando os recursos, as forças industriais e as prioridades de cada país.
Os organizadores ressaltaram três pilares centrais para a integração:
<ul>
 <li>&nbsp;Conectividade física: expansão e interligação da infraestrutura digital;</li>
 <li>&nbsp;Conectividade normativa: alinhamento de regras e padrões digitais;</li>
 <li>&nbsp;Conectividade humana: formação e intercâmbio de talentos digitais entre os países parceiros.</li>
</ul>
Além disso, está prevista a implementação de projetos emblemáticos e de iniciativas descritas como “pequenas e bonitas”, com impacto social direto e voltadas para a melhoria de serviços públicos e da qualidade de vida.
<h2>Expansão da agenda China-OCX</h2>
O lançamento da plataforma digital foi precedido, na segunda-feira (1), pelo encontro “OCX Plus” em Tianjin, quando a delegação chinesa anunciou a criação de três grandes plataformas de cooperação com a organização:
<ul>
 <li>&nbsp;energia,</li>
 <li>&nbsp;indústria verde,</li>
 <li>&nbsp;economia digital.</li>
</ul>
A informação foi confirmada pela Agência Xinhua, que destacou o papel estratégico da iniciativa para aprofundar a integração econômica regional e acelerar a modernização digital nos países-membros da OCX.

Redação Brasil 247

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Global Times

China lança plataforma de cooperação digital com países da OCX em Tianjin

247 – Uma nova plataforma de cooperação em indústrias verdes entre a China e a Organização de Cooperação de Xangai (OCX) foi oficialmente lançada em Tianjin, na terça-feira (2), segundo informou a CCTV News. O objetivo é ampliar o diálogo entre os países-membros, estimular projetos conjuntos e alinhar padrões ambientais para impulsionar o desenvolvimento sustentável na região.
De acordo com a emissora chinesa, o mecanismo prevê a integração de cadeias de suprimento industriais verdes, a implementação de grandes projetos colaborativos e o avanço em pesquisas e desenvolvimento de tecnologias limpas. A expectativa é que a iniciativa fortaleça a transição econômica dos países da OCX e crie um novo padrão de crescimento sustentável e de alta qualidade. A Xinhua News Agency também destacou a importância estratégica do projeto e a liderança da China no processo.
<h2>Expansão da cooperação em energia limpa</h2>
Na véspera do lançamento, durante a reunião “OCX Plus”, em Tianjin, a China anunciou a criação de três grandes plataformas de cooperação no âmbito do bloco: energia, indústria verde e economia digital. Como líder global em energias renováveis, o país asiático possui tecnologias avançadas e ampla experiência em projetos de energia solar e eólica, além de colaborar com nações da Ásia Central ricas em recursos naturais.
Um dos exemplos citados pela Xinhua foi o Projeto Eólico de Bukhara, no Uzbequistão, que entrou em operação em março de 2025. Construído por empresas chinesas, o parque tem capacidade instalada de 1 gigawatt e já está conectado à rede elétrica nacional. Trata-se do maior projeto eólico isolado da Ásia Central, capaz de gerar 3,59 bilhões de quilowatt-hora por ano, o que representa cerca de 7% de toda a produção elétrica do Uzbequistão. O empreendimento deve ainda reduzir as emissões de dióxido de carbono em 1,6 milhão de toneladas anuais.
<h2>Importância estratégica da iniciativa</h2>
O lançamento da plataforma verde em Tianjin reflete a crescente relevância das indústrias sustentáveis para os países da OCX, que veem na transição energética não apenas uma oportunidade de crescimento econômico, mas também uma forma de reduzir desigualdades e modernizar suas estruturas produtivas. Ao liderar esse processo, a China busca consolidar seu papel como parceira estratégica para a região, impulsionando tanto a segurança energética quanto a inovação tecnológica.
Com a criação desses novos mecanismos, Pequim sinaliza sua disposição de fortalecer os laços multilaterais e de contribuir para uma economia regional mais sustentável e menos dependente de combustíveis fósseis, reforçando a OCX como um bloco voltado ao futuro.

Plataforma de cooperação verde entre China e Organização de Cooperação de Xangai é lançada em Tianjin

247 – A cidade portuária de Tianjin, no norte da China, está finalizando os preparativos para receber a maior Cúpula da Organização de Cooperação de Xangai (SCO, na sigla em inglês), que acontecerá nos dias 31 de agosto e 1º de setembro de 2025. Segundo reportagem da Xinhua e do Global Times, o evento reunirá chefes de Estado da Ásia, Europa e África para definir o plano de desenvolvimento da organização para a próxima década.
O presidente Xi Jinping presidirá a 25ª reunião do Conselho de Chefes de Estado da SCO, além do encontro “SCO Plus”, e fará os discursos principais. Mais de 20 líderes estrangeiros e dez dirigentes de organizações internacionais já confirmaram presença, o que torna esta edição inédita em escala e relevância.
<h2>Expectativas de cooperação e desenvolvimento</h2>
Especialistas destacam que o encontro representa um marco de integração entre países em desenvolvimento e economias emergentes. Zhao Huirong, pesquisadora da Academia Chinesa de Ciências Sociais, afirmou ao Global Times:
<blockquote>&nbsp;“A participação ampla e ativa no encontro em Tianjin reflete, mais uma vez, a abertura e a inclusividade da SCO, bem como seu compromisso com o princípio do multilateralismo”.</blockquote>
Ela acrescentou que, para a maioria dos países-membros, o desenvolvimento é uma prioridade urgente e que a cooperação no âmbito da organização deve “injetar novo impulso à paz e ao desenvolvimento regionais e globais”.
<h2>Preparativos em Tianjin</h2>
De acordo com a CCTV News, Tianjin já concluiu todas as obras e ajustes necessários para a recepção da cúpula. O Centro de Convenções Meijiang, palco principal do evento, passou por melhorias estruturais e tecnológicas.
O centro de imprensa contará com um robô humanoide multilíngue, capaz de se comunicar em chinês, russo e inglês, além de máquinas de tradução simultânea. Cerca de 3 mil jornalistas nacionais e estrangeiros se credenciaram para cobrir a reunião.
<h2>O espírito de Xangai e a expansão da SCO</h2>
Criada em 2001, em Xangai, a SCO se consolidou como a maior organização regional do mundo em extensão territorial e população, reunindo hoje 26 países entre membros, observadores e parceiros de diálogo.
Fan Xianrong, embaixador e coordenador nacional da China para a SCO, explicou que a chamada “Espírito de Xangai” se baseia em princípios como confiança mútua, benefício recíproco, respeito à diversidade cultural e busca pelo desenvolvimento comum.
<blockquote>&nbsp;“O espírito de Xangai transcendeu noções ultrapassadas como o choque de civilizações, a mentalidade da Guerra Fria e o jogo de soma zero, ganhando cada vez mais reconhecimento da comunidade internacional”, afirmou Fan.</blockquote>
<h2>Comércio, conectividade e novas áreas de cooperação</h2>
Segundo o vice-ministro do Comércio da China, Ling Ji, mesmo diante do aumento do protecionismo global, a cooperação econômica no âmbito da SCO mostra resiliência. Ele destacou que o volume comercial entre a China e os demais países-membros chegou a US$ 512,4 bilhões em 2024, alta de 2,7% em relação ao ano anterior.
Em entrevista ao Global Times, o ex-secretário-geral da SCO, Vladimir Norov, ressaltou que a organização é “não apenas um fórum de debates, mas também uma instituição que constrói, conecta e protege”. Ele apontou três áreas prioritárias para o futuro: segurança, comércio e economia digital.
O cientista político kirguiz Mars Sariev afirmou à Xinhua que a SCO fortalece a voz do Sul Global no cenário internacional, permitindo que países em desenvolvimento defendam seus interesses de forma independente.
Já Zhou Mi, pesquisador da Academia Chinesa de Comércio Internacional e Cooperação Econômica, destacou que, além de setores tradicionais como energia e transporte, a SCO pode expandir a cooperação em áreas de inovação, como inteligência artificial, segurança de dados e veículos de nova energia.
<blockquote>&nbsp;“O potencial futuro de cooperação é vasto e promissor”, disse Zhou.</blockquote>
<h2>Um marco para o multilateralismo</h2>
A Cúpula da SCO em Tianjin acontece em um contexto de incertezas globais, mas, segundo especialistas, deve oferecer estabilidade e novas perspectivas de integração entre os países do bloco. O encontro deverá reafirmar os princípios do multilateralismo e projetar uma visão comum para o desenvolvimento sustentável nos próximos anos.

Tianjin, sede da cúpula da Organização de Cooperação de Xangai

China está pronta para sediar a maior cúpula da história da Organização de Cooperação de Xangai

247 – O jornalista Pepe Escobar, em entrevista ao programa Judging Freedom, apresentado pelo juiz Andrew Napolitano no YouTube, destacou os impactos geopolíticos do próximo encontro da Organização de Cooperação de Xangai (OCX), que ocorrerá em Tianjin, na China, nos dias 31 de agosto e 1º de setembro de 2025. Segundo Escobar, o evento reunirá líderes centrais do chamado “Sul Global” e evidenciará o fortalecimento dos Brics diante do confronto com o Ocidente.
“Todo mundo que importa na Eurásia estará lá, incluindo os quatro principais: Putin, Xi, Modi e o presidente do Irã. Todos na mesma mesa”, afirmou Escobar, ressaltando o caráter histórico do encontro.
<h2>A reaproximação entre Índia e China</h2>
Um dos pontos mais relevantes, segundo o analista, será a reunião bilateral entre o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e o presidente da China, Xi Jinping. O encontro marca a primeira viagem de Modi à China em sete anos.
“Xi enviou uma carta a Modi. Ele respondeu, confirmou presença e aceitou conversar cara a cara. Isso é imenso em termos de unidade da OCX e dos Brics. Até poucos dias atrás, a percepção era de que não havia confiança entre Índia e China. Agora, eles estão reconstruindo a relação. É um reset ninja”, declarou Escobar.
<h2>Trump fortaleceu os Brics ao tentar enfraquecê-los</h2>
O analista também destacou que o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao condenar e atacar os Brics, acabou fortalecendo o bloco. “Não há dúvida sobre isso. Os jogadores dos Brics estão espantados com a guinada dos acontecimentos”, observou Escobar.
Ele explicou que, paralelamente, o governo Trump enfrenta pressão de corporações de energia norte-americanas interessadas em retomar negócios na Rússia, após perdas bilionárias com as sanções. “As empresas querem voltar. Perderam mais de US$ 4 bilhões e agora pressionam Trump para abrir caminho. Mas os russos continuam firmes em suas linhas vermelhas”, disse.
<h2>Guerra na Ucrânia segue sem avanços diplomáticos</h2>
Escobar avaliou que a guerra na Ucrânia não sofreu alterações significativas após as negociações recentes entre Washington e Moscou. “Nada mudou. A operação militar especial vai continuar. Os russos não acreditam que os Estados Unidos entendam suas linhas vermelhas”, afirmou.
Ele acrescentou que a ideia de enviar uma força de “manutenção da paz” europeia para a Ucrânia é inaceitável para Moscou: “Isso é além de kafkiano. Seria outra linha vermelha absoluta”.
<h2>O silêncio sobre Gaza e a cumplicidade do Ocidente</h2>
Na entrevista, o jornalista criticou a postura de Trump diante do massacre em Gaza. “Ele normalizou o genocídio e a campanha de fome. Ao fazer isso, tornou o Ocidente coletivo cúmplice”, disse Escobar.
Segundo ele, a indiferença do presidente norte-americano frente a crimes de guerra — como o bombardeio de hospitais e o assassinato de jornalistas — revela a perda de credibilidade moral do Ocidente. “Os historiadores digitais olharão para este início de século e concluirão: o Ocidente se enterrou sozinho, liderado pelo presidente dos Estados Unidos”, afirmou.
O encontro da OCX e a presença de líderes como Vladimir Putin, Xi Jinping, Narendra Modi e Ebrahim Raisi, do Irã, mostram o avanço da integração eurasiática em áreas de segurança e economia. Para Escobar, esse movimento consolida uma nova correlação de forças internacionais, desafiando a hegemonia norte-americana e a estratégia de guerra permanente do Ocidente. Assista:
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Ideias

BRICS e Organização de Cooperação de Xangai desafiam hegemonia ocidental, avalia Pepe Escobar

247 - Mais de 20 líderes estrangeiros participarão da próxima cúpula da Organização para Cooperação de Xangai (OCX), que acontecerá em Tianjin, na China, entre 31 de agosto e 1º de setembro. O anúncio foi feito pelo Ministério das Relações Exteriores chinês, informa a Prensa Latina.
Segundo autoridades de Pequim, este será o maior encontro da OCS desde a sua criação há 24 anos. O presidente Xi Jinping receberá líderes de Estados-membros, países observadores e parceiros de diálogo para debater temas como multilateralismo, segurança regional e desenvolvimento sustentável.
<h3>Participação de líderes globais</h3>
Entre os convidados de destaque estão o presidente russo, Vladimir Putin, o presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian. Xi Jinping comandará a reunião do Conselho de Chefes de Estado e a sessão chamada SCO-plus, que abordará o fortalecimento do chamado “Espírito de Xangai”, além de melhorias institucionais e parcerias multilaterais.Ao final da cúpula, está prevista a assinatura da Declaração de Tianjin, a aprovação de um plano estratégico para a próxima década e a divulgação de documentos voltados à cooperação nas áreas de segurança, economia e cultura.
<h3>Prioridade diplomática chinesa</h3>
O Ministério das Relações Exteriores da China destacou que a expectativa é de que a cúpula fortaleça a unidade entre os países participantes, além de promover respostas conjuntas aos desafios do atual cenário internacional.&nbsp;
A OCX, criada em 2001, conta atualmente com 26 nações da Ásia, Europa e África e tem como principais eixos de atuação a segurança regional, o desenvolvimento econômico e a cooperação entre seus membros.
De acordo com Liu Bin, ministro-assistente das Relações Exteriores da China, o momento é considerado histórico nas relações de Pequim com seus vizinhos.
“O ambiente regional e o cenário global estão entrando em um estágio de desenvolvimento profundamente interconectado e, nesse contexto, construir uma comunidade mais próxima com um futuro compartilhado dentro da OCS se tornou um consenso coletivo entre seus membros”, afirmou o diplomata.
Liu Bin também reforçou a importância da diplomacia de boa vizinhança nas atuais circunstâncias. Segundo ele, a China busca superar visões ultrapassadas de confronto, como a lógica da Guerra Fria ou a ideia de choque de civilizações, em prol de iniciativas que promovam a paz regional e a prosperidade global.
<h3>Expectativas para a Declaração de Tianjin</h3>
Com a assinatura de um novo marco estratégico, a cúpula de Tianjin poderá definir os rumos da OCX para a próxima década. As propostas de Xi Jinping, que incluem iniciativas de desenvolvimento, segurança e intercâmbio cultural, deverão ocupar papel central nas discussões.
A expectativa de Pequim é que o encontro fortaleça o multilateralismo e posicione a organização como um ator cada vez mais relevante diante das tensões geopolíticas e da instabilidade global.

José Reinaldo

Mundo

Mais de 20 líderes estrangeiros confirmam presença na cúpula da Organização de Cooperação de Xangai na China

247 - &nbsp;Durante a abertura do fórum empresarial da Organização de Cooperação de Xangai (OCS), realizado nesta quinta-feira (17) na capital chinesa, o presidente da Federação Chinesa de Indústria e Comércio, Gao Yunlong, fez um apelo pelo aprofundamento da cooperação econômica e comercial entre os países-membros. A informação é da agência Xinhua.
Gao, que também ocupa o cargo de vice-presidente do Comitê Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, destacou que o fortalecimento dos laços comerciais dentro da OCX é fundamental para impulsionar o desenvolvimento conjunto. “A cooperação econômica e comercial é um poderoso motor que impulsiona o desenvolvimento dinâmico da OCS”, afirmou.
Segundo o dirigente, a China está disposta a trabalhar em conjunto com os demais países da organização para alinhar estratégias regionais de desenvolvimento, elevar a qualidade das trocas econômicas e assegurar a estabilidade e a eficiência das cadeias industriais e de suprimentos.
Gao ressaltou que tais medidas têm como objetivo não apenas fomentar o progresso interno da OCX, mas também colaborar com a estabilidade global. “Esses esforços promoverão a construção de uma comunidade da OCS com um futuro compartilhado e contribuirão para a paz global duradoura e a prosperidade compartilhada”, disse.
O fórum empresarial foi organizado pelo Conselho Chinês para a Promoção do Comércio Internacional (CCPIT) e reuniu cerca de 400 representantes de instituições governamentais e do setor empresarial, tanto da China quanto de outros países. O evento reforça o papel da OCS como uma plataforma de diálogo econômico multilateral, em um momento de crescente disputa geopolítica no cenário internacional.
Fundada em 2001, a OCX inclui países como China, Rússia, Índia, Paquistão, Cazaquistão, Quirguistão, Tajiquistão, Uzbequistão e, mais recentemente, Irã. A organização vem ampliando seu escopo de atuação além da segurança regional, fortalecendo-se como bloco de cooperação econômica, energética e comercial.
A fala de Gao Yunlong ocorre em um contexto em que a China busca reforçar sua influência econômica regional, diante do recrudescimento das tensões com o Ocidente. A postura da China sinaliza um compromisso renovado com o multilateralismo e com a integração dos países do Sul Global em cadeias produtivas mais resilientes e sustentáveis.
O fórum empresarial da OCX tem se consolidado como uma vitrine para iniciativas de cooperação prática entre governos e empresários, sendo visto como um espaço estratégico para promover novos projetos conjuntos e atrair investimentos voltados ao desenvolvimento regional equilibrado.

China defende expansão da cooperação econômica na OCX durante fórum em Pequim

247 - O Presidente da China, Xi Jinping reuniu-se nesta terça-feira (15) com o Ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, às vésperas da 25ª Reunião Ministerial da Organização de Cooperação de Xangai (OCX). A informação foi divulgada pela emissora Al Mayadeen. O encontro sinaliza o aprofundamento dos laços entre Teerã e Pequim em meio a crescentes tensões internacionais envolvendo o Irã, especialmente com os Estados Unidos e Israel.
Segundo Araghchi, a visita teve como principal objetivo participar da cúpula ministerial da OCX, organizada pela China, ao mesmo tempo em que buscava reforçar o papel do Irã como ator chave no processo de internacionalização da organização. “A OCX está gradualmente expandindo seu escopo além da arena regional em direção a um papel global mais amplo”, afirmou o chefe da diplomacia iraniana.
A agenda do encontro inclui amplas discussões sobre temas econômicos, políticos e de segurança. Araghchi destacou que o fórum continuará desenvolvendo estratégias de cooperação em setores centrais como energia, comércio e integração econômica, articulando tais iniciativas com as pautas da agenda internacional.

Xi Jinping e chanceler iraniano se encontram antes de reunião da OCX e reforçam parceria estratégica

247 - Durante encontro realizado em Pequim com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, o chanceler da China, Wang Yi, afirmou que as relações entre os dois países são "as mais estáveis, maduras e estrategicamente valiosas entre os grandes países no mundo de hoje". A declaração foi publicada pelo Ministério das Relações Exteriores da China e repercutida pela agência Sputnik Brasil nesta segunda-feira (14).
Wang Yi destacou o caráter sólido da cooperação bilateral, celebrando a visita de Lavrov ao país asiático para participar da reunião do Conselho de Ministros das Relações Exteriores da Organização de Cooperação de Xangai (OCX). Segundo o chanceler chinês, Moscou e Pequim “sempre trataram e desenvolveram a cooperação em todas as áreas com profundidade histórica, visão estratégica e perspectiva de longo prazo”.
O encontro entre os principais diplomatas das duas potências ocorre em um momento geopolítico sensível, marcado por crescente instabilidade internacional e disputas acirradas entre blocos liderados, de um lado, pelos Estados Unidos, e, de outro, por países como China e Rússia, que reforçam sua parceria estratégica em fóruns multilaterais como a OCX e o BRICS.
Wang Yi reiterou que a prioridade da aliança sino-russa neste momento é a “preparação conjunta para a próxima etapa de contatos de alto nível”, além de aprofundar a cooperação estratégica abrangente e “promover o desenvolvimento e a revitalização de ambos os lados”. Segundo ele, a China está pronta para trabalhar ao lado da Rússia na definição dos rumos futuros da Organização de Cooperação de Xangai e no fortalecimento da colaboração em todas as frentes.
A visita de Lavrov também tem peso simbólico, reforçando o compromisso de ambos os países em defender uma ordem internacional multipolar, baseada no respeito mútuo e no equilíbrio de forças. Essa postura contrasta com a política externa do presidente dos EUA, Donald Trump, que tem priorizado medidas unilaterais, sanções e demonstrações de força, inclusive no cenário asiático.
O chanceler russo, por sua vez, ressaltou que os dois países compartilham uma visão comum sobre os desafios globais e reafirmou o papel da OCX como plataforma essencial para o diálogo regional e a segurança coletiva. Embora não tenha havido declarações públicas de Lavrov após o encontro, a presença do ministro em Pequim sinaliza a continuidade da coordenação entre Moscou e Pequim diante das tensões internacionais, inclusive no Oriente Médio, Ásia-Pacífico e na Europa Oriental.

Chanceleres de Rússia e China se reúnem em Pequim

Relações China-Rússia são as 'mais estáveis e maduras' do mundo moderno, afirma chanceler chinês

247 - Durante encontro realizado neste domingo (13) em Pequim, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, e seu homólogo chinês, Wang Yi, reafirmaram o compromisso mútuo de aprofundar a aliança estratégica entre seus países, especialmente diante das tensões com os Estados Unidos e da continuidade da guerra na Ucrânia. A reunião antecedeu a participação de Lavrov no Conselho de Ministros da Organização de Cooperação de Xangai (OCX), também na capital chinesa.
De acordo com nota oficial divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores da Rússia, ambos os lados “discutiram as relações com os Estados Unidos e as perspectivas de resolução da crise ucraniana em conformidade com os princípios da Carta da ONU em sua totalidade, integralidade e inter-relação”. Também foram abordados outros temas sensíveis da geopolítica internacional, como a guerra de agressão de Israel ao Irã e a situação na Península Coreana.
Segundo a agência estatal russa TASS, Lavrov e Wang Yi expressaram “satisfação com a dinâmica positiva da cooperação abrangente russo-chinesa” e concentraram-se na implementação dos entendimentos alcançados durante a cúpula realizada em maio em Moscou. A agenda bilateral também incluiu questões de colaboração prática, incluindo intercâmbio humanitário, além de coordenação em organismos multilaterais como a ONU, BRICS, G20, APEC e a própria OCX.
Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores russo destacou que “os ministros confirmaram seu firme apoio mútuo em questões que afetam os interesses fundamentais de cada um, incluindo a proteção da soberania, integridade territorial e unidade estatal em toda a sua diversidade regional e étnica”. A nota ainda classificou as conversas como “conduzidas de forma confiante e construtiva, inerente às relações russo-chinesas”.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, informou que Lavrov deve manter outras reuniões bilaterais à margem da conferência da OCX, cujo foco será o aprofundamento das alianças regionais e o enfrentamento conjunto dos desafios globais.
A agência Reuters também repercutiu o encontro, destacando que, segundo a chancelaria chinesa, os dois países mantêm um contato próximo com o objetivo de “promover o desenvolvimento e a revitalização um do outro e responder conjuntamente aos desafios trazidos por um mundo turbulento e em mudança”.
A parceria entre China e Rússia foi oficialmente elevada a um patamar “sem limites” em fevereiro de 2022, poucos dias antes do início da operação militar russa na Ucrânia. Desde então, os dois países têm fortalecido seus laços políticos, econômicos e militares em contraposição à crescente rivalidade com os Estados Unidos, que identificam Moscou como a principal ameaça geopolítica e Pequim como seu maior concorrente estratégico.
O cenário de instabilidade global, intensificado por conflitos armados, disputas comerciais e tensões ideológicas, tem reforçado a importância da aliança sino-russa como um dos principais pilares do eixo multipolar em construção. Nesse contexto, a OCX emerge como espaço fundamental de articulação entre potências euroasiáticas interessadas em desafiar a ordem internacional dominada pelo Ocidente.
Ao final do encontro, ambas as diplomacias reafirmaram o compromisso com o multilateralismo e o respeito mútuo, reiterando o apoio às respectivas soberanias nacionais. Para Moscou e Pequim, o reforço dessa parceria estratégica é elemento essencial para a estabilidade regional e a construção de uma nova arquitetura de governança global.

Wang Yi e Sergey Lavrov confirmam aliança estratégica China-Rússia

Rússia e China aprofundam aliança estratégica em encontro entre chanceleres

247 - Realizada nesta quinta-feira (26) na cidade costeira de Qingdao, na província de Shandong, China, a Reunião de Ministros da Defesa da Organização de Cooperação de Xangai (SCO, na sigla em inglês) reuniu autoridades de 10 países-membros em um gesto político de peso diante do cenário internacional cada vez mais instável. A informação é da agência &nbsp;Xinhua .
O encontro, conduzido pelo ministro da Defesa da China, Dong Jun, reforçou o papel do grupo como um "ponto de ancoragem" em tempos de turbulência global. “Num contexto de caos e transformações, é particularmente importante que a SCO atue como força estabilizadora”, declarou Dong.
Durante a reunião, os representantes dos países membros—entre eles China, Rússia, Índia, Paquistão e Irã—concordaram em aprofundar a comunicação estratégica, ampliar a cooperação prática e trabalhar de forma conjunta pela paz e pela estabilidade na região. O consenso obtido, segundo o relatório da Xinhua, demonstra o desejo comum por desenvolvimento e colaboração, mesmo entre países com históricos recentes de conflito.
<h3>Cooperação em defesa e segurança</h3>
A SCO não se configura como uma aliança militar, tampouco adota posicionamentos hostis a terceiros, reforçaram autoridades chinesas. O que está em jogo, conforme afirmou o porta-voz do Ministério da Defesa chinês, coronel sênior Zhang Xiaogang, é a promoção de valores como justiça, confiança mútua e boa vizinhança, ao lado da rejeição a práticas hegemônicas ou confrontacionais.
“Unidos na cooperação, nossa jornada será longa e estável”, declarou Zhang. “As Forças Armadas da China trabalharão lado a lado com os exércitos dos demais países membros para aprofundar a cooperação em defesa e construir um lar comum com paz, desenvolvimento e amizade”.
Zhang destacou ainda que a China, na condição de presidente rotativa da organização em 2025, impulsionou novos programas de colaboração militar e se comprometeu com a ampliação da comunicação estratégica entre os países-membros.
<h3>“Espírito de Xangai” como resposta à tensão global</h3>
Na avaliação de Zhang Chi, especialista em assuntos militares da Universidade Nacional de Defesa do Exército de Libertação Popular, o posicionamento da China durante o encontro foi marcado por “visão, responsabilidade e ação”. Para ele, o “Espírito de Xangai”—conceito fundado sobre confiança, benefício mútuo, igualdade e respeito às diversas civilizações—ganhou nova dimensão diante da complexidade geopolítica atual.
“Essa reunião mostra como os membros da SCO estão comprometidos com a construção de um futuro comum, com base no respeito e na cooperação”, afirmou Zhang ao Global Times.
O especialista também comparou o clima do encontro em Qingdao com o do tradicional Diálogo Shangri-La, principal fórum de defesa da Ásia-Pacífico liderado por potências ocidentais. Segundo Zhang, o tom “confrontacional” observado em Singapura contrasta com o “ambiente de confiança e respeito mútuo” promovido pela SCO. “No Shangri-La, questões sensíveis são frequentemente manipuladas para criar tensão. Aqui, há esforço para evitar armadilhas diplomáticas e buscar convergência”, criticou.
<h3>Missão contra o extremismo e em prol do multilateralismo</h3>
Outro especialista ouvido pelo Global Times, Song Zhongping, destacou a relevância da SCO no enfrentamento conjunto ao terrorismo, separatismo e extremismo—ameaças comuns à segurança nacional de todos os membros. Ele frisou que o bloco não é voltado contra nenhuma outra nação, mas busca promover uma arquitetura de segurança cooperativa.
“A SCO reúne países com influência significativa. Quanto mais fortalecida estiver essa estrutura, mais aptos estaremos para preservar a paz regional”, avaliou.
<h3>Um fórum alternativo ao modelo ocidental</h3>
Em contraste com eventos militares impulsionados por potências ocidentais—frequentemente marcados por disputas e alinhamentos políticos—, a SCO vem se firmando como alternativa multilateral baseada em diálogo e soberania. A presença de nações com rivalidades históricas, como Índia e Paquistão, e a disposição de firmar consensos, conferem ao bloco uma função diplomática singular, especialmente em um momento em que as tensões globais são ampliadas por ações unilaterais de grandes potências.
Ao fim do encontro, os ministros reafirmaram a continuidade das ações conjuntas para reforçar os mecanismos de defesa e estreitar os laços entre os Estados membros. A declaração final evidenciou a intenção de consolidar uma “comunidade com futuro compartilhado”.

Luis Mauro Filho

Ministros da Defesa de todos os 10 países-membros da Organização de Cooperação de Xangai em Qingdao, província de Shandong, no leste da China, em 26/06/2025

Reunião de ministros da Defesa da Organização de Cooperação de Xangai reforça aposta em estabilidade regional

247 - Em mensagem enviada ao Fórum da Organização de Cooperação de Xangai (OCX) sobre Redução da Pobreza e Desenvolvimento Sustentável, o presidente da China, Xi Jinping, afirmou que seu país está disposto a compartilhar experiências e colaborar com os membros da organização na luta contra a pobreza, informa a Xinhua.
"Como presidente rotativa da OCX, a China está disposta a fortalecer contatos estratégicos com cada parte, compartilhar experiências no combate à pobreza e aprofundar a cooperação prática", declarou Xi. O presidente enfatizou ainda que seu governo busca apoiar outras nações na escolha de caminhos próprios para erradicar a pobreza e promover o desenvolvimento sustentável.
Xi defendeu uma mobilização global em torno da justiça social: “Precisamos trabalhar juntos para construir um mundo belo, livre da pobreza, com prosperidade para todos”. Para ele, a melhoria do bem-estar da população é um “desafio global e um objetivo comum para todas as nações”.&nbsp;
O presidente chinês lembrou que seu país alcançou a meta de erradicar a pobreza extrema em seu território dez anos antes do prazo previsto pela Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da ONU. Segundo ele, essa conquista foi possível graças a um esforço coordenado, com foco em políticas públicas direcionadas, investimentos estruturantes e mecanismos de inclusão social.
Xi também ressaltou o papel ativo da OCX na promoção da cooperação para o desenvolvimento nos últimos anos. “A OCX tem promovido uma cooperação ativa nessa área e alcançado resultados notáveis”, disse ele, em alusão às iniciativas conjuntas no campo econômico e social entre os países do bloco.
O Fórum sobre Redução da Pobreza e Desenvolvimento Sustentável teve início nesta terça-feira (20), na cidade de Xi'an, capital da província de Shaanxi, no noroeste da China. O evento é promovido pelo Comitê de Boa Vizinhança, Amizade e Cooperação da OCX, em parceria com as autoridades locais, e reúne representantes de governos, instituições acadêmicas e organismos internacionais.
A Organização de Cooperação de Xangai é composta por China, Rússia, Índia, Paquistão, Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão, Uzbequistão, Irã e outros países observadores e parceiros. Criada no início dos anos 2000, a OCX vem ampliando sua atuação em áreas como segurança, economia, cultura e desenvolvimento sustentável.&nbsp;
A mensagem de Xi Jinping reforça a ênfase da política externa chinesa em parcerias multilaterais e na promoção do que Pequim chama de “uma comunidade global de futuro compartilhado”. Ao defender a cooperação internacional para a erradicação da pobreza, o presidente da China também projeta sua experiência interna como um modelo de governança voltado à inclusão e à equidade.&nbsp;
Neste contexto, a disposição chinesa de partilhar conhecimento e práticas bem-sucedidas é vista como parte de uma estratégia mais ampla de influência diplomática e solidificação de laços no chamado Sul Global. O Fórum em Xi'an insere-se nesse esforço, ao propor plataformas concretas de colaboração entre países em desenvolvimento.

China quer compartilhar experiência na erradicação da pobreza com países da Organização de Cooperação de Xangai

TASS - As relações russo-chinesas, que estão sendo construídas com base nos princípios de igualdade e respeito mútuo, estão passando por uma era dourada, disse o presidente russo Vladimir Putin durante seu encontro com o presidente da China, Xi Jinping.
"Declaramos que as relações de parceria abrangente e cooperação estratégica entre a Rússia e a China estão no melhor período de sua história. Elas estão sendo construídas com base nos princípios de igualdade, benefício mútuo e respeito pela soberania de cada um," disse o presidente russo.
Putin lembrou como viajou para a China em uma visita de Estado em maio, em particular para a cidade de Harbin, no norte do país.
"Ao visitar Harbin, todos nós entendemos mais uma vez quão próximos são os laços históricos entre a Rússia e a República Popular da China," disse o presidente russo.
Putin agradeceu a Xi Jinping pela hospitalidade, observando "o quão calorosamente" foi recebido na China e também lembrando as "conversas substanciais" realizadas em Pequim. A visita de Estado do presidente russo à China ocorreu nos dias 16 e 17 de maio.

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