247 - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, oficializou nesta terça-feira (7) a assinatura da Lei do Tratado de Associação Estratégica e Cooperação com a Federação Russa, consolidando um marco histórico nas relações bilaterais. O ato ocorreu no Palácio de Miraflores, em Caracas, durante uma cerimônia ao lado do embaixador russo Sergei Melik-Bagdasarov.
De acordo com informações divulgadas pela Telesur e pela Imprensa Presidencial Venezuelana, a medida fortalece a cooperação entre Caracas e Moscou em áreas cruciais como segurança, economia e política internacional. O tratado já havia sido assinado em maio, em Moscou, pelos presidentes Nicolás Maduro e Vladimir Putin, e agora passa a ter validade legal no país.
Maduro: “A partir de hoje é lei da República”
Ao sancionar o texto, Maduro destacou a relevância do acordo para a consolidação da soberania venezuelana. “Assinarei a Lei que Aprova o Tratado (…) a partir de hoje, quando for publicada no Diário Oficial, é uma lei da República”, afirmou o presidente.
O tratado estabelece uma parceria de longo prazo, com duração inicial de dez anos, renovável a cada cinco. Na avaliação do governo venezuelano, a medida reforça a posição multipolar das duas nações e garante proteção aos investimentos em setores estratégicos como petróleo, gás e mineração.
Comissão binacional e integração econômica
Em 30 de setembro, a Assembleia Nacional aprovou por unanimidade a criação de uma comissão intergovernamental de alto nível para acompanhar a execução do tratado. O objetivo é coordenar projetos conjuntos que vão desde a infraestrutura financeira — permitindo operações comerciais sem dependência de sistemas ocidentais — até o fortalecimento da cooperação energética.
Na esfera internacional, o acordo inclui articulação conjunta em fóruns como a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e o Fórum dos Países Exportadores de Gás, além de reforçar a candidatura venezuelana para integrar o bloco econômico BRICS.
Cooperação em segurança e geopolítica
Outro ponto central do tratado é a cooperação em segurança global. Venezuela e Rússia se comprometem a ampliar esforços no combate ao terrorismo, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. O pacto também é visto como um passo estratégico diante do atual cenário geopolítico, no qual Caracas busca ampliar parcerias fora da esfera de influência ocidental.
Com a lei sancionada, o governo de Nicolás Maduro reforça não apenas sua aproximação com Moscou, mas também a estratégia de consolidar a Venezuela como ator relevante no tabuleiro internacional, apoiando-se em alianças de caráter estratégico que podem redefinir o equilíbrio de poder na região.

José Reinaldo

Presidente venezuelano assina o Tratado de Parceria Estratégica com a Rússia no Palácio de Miraflores. 

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América Latina

Maduro oficializa tratado de parceria estratégica com a Rússia em Caracas

247 - O 7º Fórum Internacional “Rússia e Ibero-América em um Mundo Turbulento”, que se realiza até a sexta-feira (3), na Universidade Estadual de São Petersburgo, reforçou a aproximação política, cultural e acadêmica entre a Rússia e países latino-americanos.
O encontro reúne mais de 900 representantes de 26 nações em debates sobre integração regional, desafios geopolíticos e desenvolvimento sustentável.
Segundo destacou a agência Prensa Latina, uma das vozes de maior peso no evento foi a de René González, diretor do Centro de Estudos Fidel Castro Ruz, em Cuba. O historiador afirmou que Moscou mantém uma postura diferenciada em relação à América Latina. “A Rússia olha de forma construtiva e solidária para a região latino-americana dentro de sua visão de mundo geopolítica. Para a Rússia, a América Latina não é um território de influência ou dominação como é para os Estados Unidos; é uma zona de colaboração, como tem demonstrado ao longo da existência da antiga União Soviética até os dias atuais”, declarou.
Cooperação e agradecimento
Para González, a importância do Fórum está no fato de propor alternativas ao modelo hegemônico, criando espaço para que os países latino-americanos avancem em seus próprios caminhos de desenvolvimento. “Os latino-americanistas deveriam agradecer aos russos por sua preocupação constante com o nosso continente”, enfatizou.
Já o guatemalteco Fernando Carrera, fundador do Centro Adelante de Língua e Cultura Espanhola, descreveu o encontro como um farol de orientação em meio ao excesso de informações. “Encontrar esse ponto que nos conecta e nos une concretamente é essencial para encontrar mais pontos de interesse e correlação, a fim de construir pontes para o diálogo”, afirmou.
Cultura como elo de integração
Carrera ressaltou ainda o papel da arte como elemento de conexão entre educação, política e economia. “Este evento é maravilhoso, e agradeço aos organizadores por nos envolverem e nos darem a responsabilidade de contribuir para o diálogo global, além de facilitar a aproximação com as diferentes culturas de cada um dos países aqui presentes”, disse o pesquisador.
Continuidade da tradição
O fórum, realizado em São Petersburgo desde 2003, tornou-se um espaço de referência nos estudos sobre América Latina, Espanha e Portugal. As conferências buscam analisar os mecanismos de transformação e os desafios da nova ordem mundial, reforçando a cooperação entre a Rússia e a Ibero-América em tempos de instabilidade global.

América Latina destaca apoio russo em fórum ibero-americano em São Petersburgo

Andre Richter - Repórter da Agência Brasil
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (29) que o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) seja notificado por edital sobre a denúncia apresentada contra ele pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
A medida foi tomada após o oficial de Justiça designado pelo Supremo para intimar o deputado devolver o mandado de citação sem cumpri-lo. Nos processos penais, a intimação pessoal dos acusados é obrigatória.
Eduardo Bolsonaro está no Estados Unidos e é acusado de fomentar as sanções comerciais do governo do presidente Donald Trump contra as exportações brasileiras, a aplicação da Lei Maginisky e suspensão de vistos dos ministros da Corte e integrantes do governo federal.
Na decisão, Moraes disse que Eduardo já confessou pelas redes sociais sua atuação junto aos Estados Unidos e que o deputado está naquele país para evitar a responsabilização no Brasil.&nbsp;
<blockquote>“Além de declarar, expressamente, que se encontra em território estrangeiro para se furtar à aplicação da lei penal, também é inequívoca a ciência, por parte do denunciado Eduardo Nantes Bolsonaro, acerca das condutas que lhe são imputadas na denúncia oferecida nestes autos”, afirmou Moraes.</blockquote>
<h2>Paulo Figueiredo</h2>
No caso do blogueiro Paulo Figueiredo, que também foi denunciado pela PGR, Moraes determinou que a notificação seja realizada por meio de carta rogatória, procedimento de citação que envolve as diplomacias brasileira e norte-americana. O procedimento foi adotado porque Figueiredo é residente permanente nos Estados Unidos.
O ministro também determinou que a denúncia seja desmembrada em dois processos e passem a tramitar de forma separada.&nbsp;
<h2>Denúncia</h2>
Na semana passada, Eduardo e Paulo Figueiredo foram denunciados ao Supremo pelo crime de coação no curso do processo. Ambos foram investigados no inquérito que apurou a participação deles na promoção do tarifaço dos Estados Unidos contra o Brasil e de sanções contra integrantes do governo federal e do Supremo.&nbsp;
Na denúncia apresentada ao STF, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, disse que Eduardo e Figueiredo ajudaram a promover “graves sanções” &nbsp;contra o Brasil para demover o Supremo a não condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro pela trama golpista.
<h2>Outro lado</h2>
Após serem denunciados, Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo desqualificaram a denúncia da PGR e reafirmaram que vão continuar atuando com “parceiros internacionais” para que novas sanções sejam aplicadas a autoridades brasileiras.
<blockquote>“Esqueçam acordos obscuros ou intimidações que usaram por anos, porque não funcionam conosco. Isto vale para mais esta denúncia fajuta dos lacaios do Alexandre na PGR. O recado dado hoje é claro: o único caminho sustentável para o Brasil é uma anistia ampla, geral e irrestrita, que ponha fim ao impasse político e permita a restauração da normalidade democrática e institucional”, afirmaram.&nbsp;</blockquote>

Paulo Emilio

Brasil

Moraes afirma que Eduardo Bolsonaro está nos EUA para fugir da lei

247 - O 2º Fórum BRICS de Valores Tradicionais, realizado na Câmara dos Deputados em Brasília entre 15 e 17 de setembro, consolidou oficialmente uma lista de princípios que passam a nortear a cooperação entre os países do bloco. O encontro reuniu parlamentares, empresários, representantes culturais e sociais, além de parceiros e nações candidatas à adesão.
<h2>Princípios aprovados</h2>
Segundo a agência <a href="https://noticiabrasil.net.br/20250917/brics-define-lista-de-valores-comuns-em-forum-realizado-em-brasilia-43327144.html">Sputnik</a>, a lista inclui beneficência, soberania cultural, igualdade entre culturas, prosperidade econômica, justiça social, multipolaridade, saúde, responsabilidade com as futuras gerações, humanismo, pacificidade, respeito mútuo, moderação, combate ao fanatismo, solidariedade, unidade e honestidade.
“Os países do BRICS não tratam apenas de pragmatismo, mas também de uma base espiritual”, afirmou Dmitry Kuznetsov, deputado da Duma de Estado da Rússia e vice-presidente do fórum.
<h2>Novos projetos e declaração conjunta</h2>
Durante o fórum, foram anunciados projetos em áreas estratégicas como negócios, educação, saúde, medicina e inovações culturais. O evento será encerrado com a assinatura de uma declaração oficial, consolidando os valores comuns como pilar da ampliação da parceria entre os membros do BRICS.
<h2>Literatura como elo do bloco</h2>
Um destaque foi o Prêmio Literário do BRICS, que já promove a cooperação cultural entre os países. Segundo Kuznetsov, as obras dos escritores indicados ajudaram a identificar os valores clássicos e contemporâneos que unem o bloco.
<h2>Organização e objetivos</h2>
O encontro foi organizado pela Frente Parlamentar do BRICS no Congresso Nacional e pela Women BRICS Alliance, com apoio da World Association on Traditional Values. O objetivo é reforçar a integração multilateral e abrir novos caminhos de diálogo sobre desafios globais que afetam tanto os países-membros quanto a comunidade internacional.

Sul Global

BRICS define valores comuns em Fórum de Brasília

247 - Os Partidos Comunistas da França (PCF) e de Cuba (PCC) assinaram um acordo de cooperação durante a abertura da 90ª edição do festival político e cultural Festa do Humanité, segundo informou o jornal Granma. O documento foi celebrado como um marco histórico e sinaliza o início de uma nova etapa nas relações entre as duas organizações.
A assinatura contou com a presença do secretário nacional do PCF, Fabien Roussel, e de Juan Miguel García, chefe da delegação do Comitê Central do PCC, além de personalidades como o embaixador de Cuba na França, Otto Vaillant, e o dirigente comunista francês André Chassaigne. Ainda de acordo com o Granma, as partes destacaram que o acordo fortalece os laços de amizade, cooperação e solidariedade internacional.
<h3>Conteúdo do acordo e áreas de colaboração</h3>
O texto firmado prevê intercâmbios regulares de delegações para tratar de temas de comunicação, economia, formação política e estratégias ideológicas. Entre as prioridades está o fortalecimento da cooperação na formação de quadros políticos, no enfrentamento às disputas nas redes sociais e na articulação entre organizações de juventude e sindicatos.
O compromisso também contempla a participação conjunta em fóruns internacionais, a realização de estudos comparativos sobre questões sociais e econômicas e a troca de experiências em estratégias de mobilização política.
<h3>Solidariedade e oposição ao bloqueio dos EUA</h3>
Na cerimônia, os representantes do Partido Comunista da França reafirmaram sua condenação ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos contra Cuba há mais de seis décadas. O PCF mantém campanhas de solidariedade à ilha caribenha, incluindo ações políticas e o envio de contêineres com produtos essenciais para mitigar os efeitos das sanções.
Por sua vez, o Partido Comunista de Cuba agradeceu o apoio e destacou a firmeza do povo cubano diante das restrições impostas por Washington. A delegação ressaltou que a resistência nacional frente às medidas de pressão econômica demonstra a capacidade de resiliência da sociedade cubana.
<h3>Perspectiva de aprofundamento dos laços</h3>
O acordo assinado na Festa do Humanité é considerado um passo decisivo na consolidação das relações históricas entre os comunistas franceses e cubanos. A expectativa é de que as iniciativas previstas ampliem o intercâmbio político e cultural, além de reforçar o compromisso de ambas as organizações com a solidariedade internacional e a defesa de uma ordem mundial mais justa.

Partidos Comunistas de França e Cuba firmam acordo histórico de cooperação

247 - O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, destacou a solidariedade e a cooperação do México durante encontro oficial realizado em Havana. A informação foi divulgada pela Prensa Latina, que relatou a reunião entre o líder cubano e a diretora executiva da Agência Mexicana de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (Amexcid), Alejandra Del Moral Vela.
A reunião aconteceu no Palácio da Revolução, onde Díaz-Canel enfatizou que “o nível de diálogo político com o México é excelente”. Segundo comunicado oficial, o presidente cubano ressaltou as “relações de fraternidade, respeito e compreensão que sempre existiram entre Cuba e México”, lembrando que os laços entre os dois países se estendem também às conexões culturais e familiares.
<h3>Fortalecimento da cooperação bilateral</h3>
Durante o encontro, Díaz-Canel elogiou a parceria estabelecida com a Amexcid, sobretudo no setor agrícola, e defendeu a continuidade e expansão dos projetos conjuntos. Ele também destacou que a colaboração entre os dois países é fortalecida não apenas por governos, mas também por cidades e famílias que compartilham laços históricos.
Alejandra Del Moral Vela, que liderou a delegação mexicana em visita de trabalho à ilha, afirmou que sua alegria e de sua equipe visitar Cuba. Ela destacou o êxito do projeto agrícola desenvolvido em parceria com produtores das províncias de Artemisa e Mayabeque, apontando que a iniciativa será expandida para outras regiões do país.
<h3>Projetos de energia sustentável</h3>
Além do setor agrícola, a diretora da Amexcid mencionou um novo programa voltado à instalação de painéis solares em hospitais cubanos, ampliando o escopo da cooperação para a área energética. “A diretora executiva reafirmou seu interesse em continuar a colaboração com Cuba, um país ligado ao México por laços fortes e históricos”, acrescentou o comunicado oficial.
A visita reforça a tradição de proximidade entre Cuba e México, países que ao longo de décadas têm mantido relações marcadas por solidariedade, respeito e projetos de cooperação em diferentes frentes.

Díaz-Canel ressalta apoio do México e destaca cooperação agrícola e energética

247 - O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, concluiu neste domingo (7) sua visita oficial ao Laos, última etapa de seu giro por países da Ásia, informa a agência Prensa Latina. A agenda em Vientiane, capital do Los, foi marcada por homenagens, encontros bilaterais e reafirmações do compromisso entre as duas nações, que mantêm uma relação histórica de cooperação e solidariedade.
Logo pela manhã, o chefe de Estado cubano prestou tributo aos heróis e mártires do país no Monumento ao Soldado Desconhecido, em uma cerimônia solene com a deposição de flores. Mais tarde, Díaz-Canel foi recebido oficialmente no Palácio Presidencial pelo secretário-geral do Partido Revolucionário do Povo do Laos (PPRL) e presidente do país, Thongloun Sisoulith, com quem manteve um encontro considerado “produtivo” pelo governo cubano.
<h3>Reforço nas relações bilaterais</h3>
Durante a reunião, Díaz-Canel destacou que sua visita confirma a relevância atribuída por Havana ao fortalecimento do diálogo político e à ampliação dos laços bilaterais. Ele agradeceu a hospitalidade recebida e afirmou que o Laos “está ligado por um vínculo estreito, histórico e indestrutível de amizade e colaboração”. O líder cubano também recordou sua visita anterior em 2018 e encontros recentes com Sisoulith em Pequim, Moscou e Hanói.
O presidente cubano também se reuniu com o primeiro-ministro Sonexay Siphandone, descrevendo a conversa como “excelente”. Nesse encontro, ressaltou que a amizade iniciada por Fidel Castro e Kaysone Phomvihane permanece como base sólida da relação entre os dois países. Os líderes ainda discutiram possibilidades de expansão da cooperação em áreas estratégicas como saúde, educação e agricultura.
<h3>Encontros institucionais e parlamentares</h3>
Díaz-Canel manteve também um encontro com Chaleun Ylapaoher, vice-presidente da Assembleia Nacional e chefe da Associação de Amizade Laos-Cuba. O diálogo abordou o papel das relações interparlamentares como reflexo da fraternidade entre os povos. Em suas declarações, o líder cubano sublinhou que a parceria ganha ainda mais relevância diante das dificuldades enfrentadas por ambos os países frente à “política tributária do imperialismo ianque”.
<h3>Tributo a Kaysone Phomvihane</h3>
A jornada no Laos terminou com uma visita ao museu dedicado a Kaysone Phomvihane, herói nacional. No livro de visitantes, Díaz-Canel expressou “profunda admiração” pelo papel do dirigente na luta pela independência e na construção da República Democrática Popular do Laos.
Ao destacar a amizade entre Phomvihane e Fidel Castro, o presidente cubano ressaltou: “Sua estreita amizade com o Comandante-em-Chefe Fidel Castro é a base de nossas relações indestrutíveis de amizade, fraternidade e solidariedade”.
Com a visita a Vientiane, Díaz-Canel encerra seu giro asiático, que teve como eixo central a intensificação de alianças políticas, econômicas e sociais com países da região.

Díaz-Canel se reúne com a alta direção da República Democrática Popular do Laos 

Presidente de Cuba conclui no Laos giro por países da Ásia

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou formalmente uma reunião virtual dos líderes do BRICS para esta segunda-feira (8). A iniciativa ocorre em meio ao aumento das tarifas impostas pelos Estados Unidos, o “tarifaço de 50%”, e busca promover uma plataforma coletiva em defesa do multilateralismo. .
Apesar de não ter sido definida oficialmente como pauta única, é esperado que o encontro — articulado pelo governo brasileiro — aborde as políticas comerciais restritivas de Washington e pressione pela reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC). A cúpula deve também tratar de temas geopolíticos, como os conflitos em curso, além da COP 30.&nbsp;
Entre os participantes previstos estão presidentes e primeiros-ministros de países-membros do BRICS, incluindo o presidente chinês, Xi Jinping, o presidente russo, Vladimir Putin e o primeiro-ministro indiano Narendra Modi ou seu representante diplomático de alto nível.&nbsp;
Essa convocação evidencia a relevância estratégica do multilateralismo, especialmente contra a crescente postura unilateral dos EUA sob o governo de Donald Trump. O encontro reforça o papel do BRICS como um importante fórum de países emergentes que buscam equilíbrio geopolítico e cooperação institucional.
Significado geopolítico
A reunião reforça a visão do Brasil liderando esforços pelo multilateralismo e pela cooperação entre economias emergentes, sinalizando resistência às políticas protecionistas e unilaterais de Washington. A estratégia também visa preparar posicionamentos conjuntos para eventos internacionais relevantes, como a Assembleia Geral da ONU (setembro), a COP 30 e a cúpula do G20.
Além disso, demonstra como o BRICS segue consolidando-se como canal significativo de diálogo Sul-Sul e como plataforma diplomática com influência crescente frente ao desequilíbrio do sistema internacional.
A convocação da reunião virtual do BRICS pelo presidente Lula para esta segunda-feira configura-se como um dos acontecimentos diplomáticos mais expressivos da semana. Ela marca a intensificação de ações multilaterais em contraponto às medidas protecionistas dos EUA sob o governo de Donald Trump, presidente dos EUA. Com a participação de líderes como Putin, Xi Jinping e Modi (mesmo que via representante), o encontro destaca o protagonismo do BRICS no cenário global e sua relevância na defesa de uma ordem internacional multipolar mais equilibrada e cooperativa.

Mundo

Convocados por Lula, líderes do BRICS realizam hoje reunião virtual em oposição às políticas unilaterais de Trump

247 - O presidente da Duma (Câmara Baixa do Parlamento russo), Viacheslav Volodin, desembarcou nesta segunda-feira (25) em Pequim para uma visita oficial. A informação foi divulgada pela Prensa Latina. &nbsp;
Volodin visita a China a convite de Zhao Leji, presidente do Comitê Permanente da Assembleia Popular Nacional. O roteiro prevê uma série de reuniões e a 10ª sessão da comissão interparlamentar de cooperação entre a Assembleia Federal da Rússia (parlamento bicameral) e a Assembleia Popular da China, com foco no aprofundamento das relações entre os dois países.&nbsp;
A pauta interparlamentar inclui temas considerados estratégicos por Moscou e Pequim. Entre eles, estão o desenvolvimento de mecanismos de diálogo legislativo e o reforço de parcerias em diversas áreas.&nbsp;
As tratativas envolvem economia, segurança, turismo, cultura, educação e ciência, em linha com a prioridade dada pelos dois governos a projetos de longo prazo nessas frentes.&nbsp;
A realização da 10ª sessão da comissão interparlamentar consolida o formato de cooperação entre os parlamentos, que funciona como canal para alinhar agendas, acompanhar a implementação de iniciativas conjuntas e facilitar marcos regulatórios que impulsionem o comércio e a integração tecnológica.&nbsp;
A expectativa, ainda conforme o que foi divulgado, é de que os encontros desta semana sirvam para ajustar cronogramas, destravar projetos e abrir novas frentes de colaboração setorial. Ao destacar a presença de Volodin em Pequim, as autoridades legislativas russas sublinham que o diálogo com a China passa por um momento de continuidade institucional, com a interlocução direta entre as casas legislativas funcionando como ponte para o entendimento político e a coordenação de políticas públicas. No mesmo sentido, Pequim sinaliza que a visita ocorre em ambiente favorável à cooperação, reforçando a dimensão parlamentar como peça de apoio às relações bilaterais.&nbsp;
A agenda de trabalho prevê reuniões com lideranças do Parlamento chinês e a participação de Volodin nos debates da comissão interparlamentar. A expectativa é de que os desdobramentos se traduzam em novos entendimentos práticos nas áreas listadas como prioritárias, além de manter aberta a via legislativa para futuros acordos entre Moscou e Pequim.

Viacheslav Volodin, presidente da Câmara russa

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Presidente da Câmara russa chega a Pequim para visita oficial e amplia agenda de diálogo com a China

247 - A cooperação econômica entre a Rússia e a Venezuela ganhou novo impulso, com foco em projetos de investimento conjuntos considerados mutuamente benéficos. A informação foi confirmada pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em discurso transmitido pela Venezolana de Televisión.
Segundo Maduro, a iniciativa decorre de uma conversa telefônica entre a vice-presidenta &nbsp;executiva venezuelana, Delcy Rodríguez, e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov. Durante o diálogo, ficou acertada a ampliação da parceria econômica e a implementação de novos projetos estratégicos.
<h3>Maduro destaca fortalecimento da aliança</h3>
O presidente venezuelano afirmou que a aproximação está diretamente relacionada ao fortalecimento da aliança entre Caracas e Moscou.
“Hoje, a vice-presidente executiva [Delcy Rodríguez] teve uma longa e proveitosa conversa [por telefone] com nosso amigo próximo [ministro das Relações Exteriores da Rússia] Sergey Lavrov, que confirmou a expansão da aliança econômica entre nossos países e a implementação de projetos conjuntos de investimento”, declarou Maduro durante o Evento em Defesa da Paz e da Soberania da Venezuela, América Latina e Caribe.
<h3>Apoio político de Moscou</h3>
O chanceler russo também transmitiu uma mensagem do presidente Vladimir Putin, reforçando a proximidade política entre as duas nações.
“Lavrov estendeu uma saudação oficial do presidente russo Vladimir Putin à Venezuela e especificamente ao seu amigo, o presidente Nicolás Maduro”, destacou o líder venezuelano, ao compartilhar publicamente o gesto diplomático.
<h3>Cooperação estratégica em cenário internacional</h3>
A aliança entre Venezuela e Rússia tem sido um dos eixos centrais da política externa de Caracas, especialmente no campo econômico e energético. Os novos projetos de investimento devem abranger áreas estratégicas que reforçam a cooperação bilateral, consolidando ainda mais os laços entre os dois países em um cenário internacional marcado por tensões geopolíticas.

Rússia e Venezuela fortalecem cooperação econômica com novos projetos de investimento

247 - A China reiterou nesta sexta-feira (22) sua rejeição às sanções impostas pelos Estados Unidos contra a cooperação médica internacional de Cuba e exigiu o fim do bloqueio econômico à ilha. A informação foi divulgada pela Prensa Latina, que noticiou a manifestação do Ministério das Relações Exteriores da China em coletiva de imprensa em Pequim.<a href="https://www.prensa-latina.cu/2025/03/19/china-rechaza-medidas-de-eeuu-contra-misiones-medicas-de-cuba/?utm_source=chatgpt.com"> </a>
Segundo a agência, a porta-voz Mao Ning destacou que, ao longo de seis décadas, cerca de 600 mil profissionais de saúde cubanos atuaram em mais de 60 países — entre eles diversas nações do Caribe — levando atendimento a milhões de pacientes. 
O posicionamento ocorre após novos anúncios de restrições de vistos por parte de Washington a funcionários e ex-funcionários ligados a programas de missões médicas de Cuba.<a href="https://www.prensa-latina.cu/2025/03/19/china-rechaza-medidas-de-eeuu-contra-misiones-medicas-de-cuba/?utm_source=chatgpt.com"> </a>De acordo com Mao, as brigadas cubanas já prestaram assistência a mais de 230 milhões de pessoas, realizaram mais de 17 milhões de cirurgias e salvaram a vida de mais de 12 milhões de pacientes. Ela afirmou que os programas têm papel relevante nos sistemas de saúde de países da América Latina, do Caribe e da África, e são “bem recebidos por governos e populações beneficiadas”.<a href="https://www.prensa-latina.cu/2025/03/19/china-rechaza-medidas-de-eeuu-contra-misiones-medicas-de-cuba/?utm_source=chatgpt.com"> </a>
Ao responder às acusações de Washington, a porta-voz declarou que “o chamado ‘trabalho forçado’ se tornou uma desculpa e uma ferramenta de hegemonia para pressionar outros países”. Ela acrescentou que tais medidas representam a continuidade e o aprofundamento do bloqueio imposto a Cuba há mais de seis décadas. “O lado chinês se opõe à diplomacia coercitiva”, afirmou, cobrando mudanças de postura do governo norte-americano.<a href="https://www.mfa.gov.cn/eng/xw/fyrbt/lxjzh/202503/t20250319_11578652.html?utm_source=chatgpt.com"> </a>Mao também fez um apelo direto: “Instamos os Estados Unidos a pôr fim imediato às sanções e bloqueios contra Cuba, independentemente do pretexto, e a tomar medidas que promovam a melhoria das relações bilaterais e a estabilidade regional.” 
A mensagem reforça o alinhamento de Pequim à defesa da cooperação internacional na área de saúde e ao direito de cada país estabelecer parcerias sem interferências externas.<a href="https://www.mfa.gov.cn/eng/xw/fyrbt/lxjzh/202503/t20250319_11578652.html?utm_source=chatgpt.com"> </a>O pronunciamento chinês acontece no contexto de novas restrições de vistos anunciadas pelo Departamento de Estado dos EUA, que miram autoridades de países africanos, de Cuba e de Granada — além de ex-funcionários de organismos internacionais — por suposta participação em programas que explorariam profissionais cubanos. 
A medida, segundo relatos da imprensa e comunicados oficiais, também alcançou ex-integrantes do programa Mais Médicos no Brasil. O governo dos Estados Unidos tem endurecido a pressão sobre países que mantêm cooperação com as missões médicas cubanas.<a href="https://www.state.gov/translations/spanish/restricciones-de-visado-a-funcionarios-gubernamentales-centroamericanos-que-explotan-a-los-profesionales-medicos-cubanos/?utm_source=chatgpt.com"> </a>Para Cuba e seus parceiros, as missões são uma ferramenta de diplomacia sanitária que amplia o acesso a serviços de saúde em regiões vulneráveis. Já Washington sustenta que os programas impõem condições abusivas a parte dos profissionais e beneficiam financeiramente o governo cubano — alegações rejeitadas por Havana e rebatidas por apoiadores da cooperação, que apontam o impacto social das brigadas em áreas remotas.<a href="https://www.cubadebate.cu/especiales/2025/03/08/cuba-envia-medicos-eeuu-envia-sanciones/?utm_source=chatgpt.com"> </a>
Ao final, a chancelaria chinesa reafirmou que continuará se opondo a sanções unilaterais e a qualquer forma de diplomacia coercitiva, defendendo a suspensão do embargo e a normalização das relações com Havana. O tema segue no centro do tabuleiro geopolítico regional, com implicações para a oferta de serviços de saúde em países que dependem do reforço de profissionais estrangeiros.

China condena sanções dos EUA à cooperação médica de Cuba e pede fim do bloqueio

247 - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, recebeu nesta quinta -feira (21) o ministro das Relações Exteriores da Índia, Subrahmanyam Jaishankar, no Kremlin, informa a TASS. O encontro fortaleceu as relações estratégicas entre os dois países.
A reunião contou com a presença do chanceler russo, Sergey Lavrov, do vice-primeiro-ministro Denis Manturov, responsável pela presidência do lado russo da Comissão Intergovernamental Russo-Indiana sobre Comércio, Cooperação Econômica, Científica, Técnica e Cultural e do embaixador da Índia em Moscou, Vinay Kumar.
<h3>Agenda bilateral e cooperação estratégica</h3>
O encontro de Putin com Jaishankar ocorre poucos dias após uma conversa telefônica entre o presidente russo e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, realizada em 18 de agosto. Na ocasião, os líderes trataram de temas ligados à parceria bilateral e Putin compartilhou detalhes sobre os resultados da recente cúpula Rússia-EUA realizada no Alasca.
Além disso, no início de agosto, o Kremlin já havia recebido o conselheiro de Segurança Nacional da Índia, Ajit Doval, em mais uma demonstração da relevância que Moscou atribui ao diálogo estratégico com Nova Délhi.
<h3>Importância da parceria russo-indiana</h3>
A Rússia e a Índia mantêm há décadas uma relação sólida em áreas como defesa, comércio, ciência e tecnologia. As conversas realizadas nesta semana reforçam o papel de ambos os países na busca por uma cooperação mais ampla em meio às mudanças no cenário geopolítico global.
A visita do chanceler indiano ao Kremlin é um passo importante para a consolidação das negociações e para a ampliação da agenda conjunta, especialmente em setores estratégicos que vão além da cooperação econômica, alcançando também segurança internacional e inovação tecnológica.

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