HOME > Mundo

Na ONU, Lula afirma que "o povo palestino corre o risco de desaparecer" e critica "cumplicidade" dos EUA com "genocídio"

Presidente proferiu o primeiro discurso da Assembleia Geral da ONU em Nova York

O presidente Lula discursa na Assembleia-Geral da ONU - 23/09/2025 (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou, nesta terça-feira (23), a condenar o genocídio perpetrado por Israel contra o povo palestino na Faixa de Gaza, denunciando os ataques do Estado sionista, a utilização da "fome como arma de guerra" e o "deslocamento forçado" da população do enclave sitiado. 

Lula também condenou os atos, que qualificou como "terroristas", perpetrados pelo movimento palestino Hamas, em 7 de outubro de 2023. Desde então, a ofensiva genocida de Israel matou mais de 65 mil palestinos, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza. 

"Os atos terroristas do Hamas são indefensáveis, mas nada, asbolutamente nada, justifica o genocídio em Gaza, onde está também sepultado o mito da superioridade étnica do Ocidente. A fome é usada como arma de guerra, com a cumplicidade daqueles que poderiam evitar. O deslocamento forçado da população é praticado impunemente", afirmou Lula ao abrir a Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, nos EUA. 

Lula também afirmou que o povo palestino está prestes a "desaparecer" e criticou as recentes medidas tomadas pelo governo Trump, aliado de Israel, contra o povo palestino e seus representantes civis. 

"O povo palestino corre o risco de desaparecer. Só sobreviverá como independente e integrado, mas a soução é impedida por um único veto. Lamentável que Abbas tenha sido barrado da bancada da Palestina", afirmou.

Lula não mencionou diretamente os EUA, principais aliados do regime israelense, ao tratar do genocídio em seu discurso. 

Na última semana, os Estados Unidos vetaram um projeto de resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas que exigiria um cessar-fogo imediato, incondicional e permanente em Gaza.

Artigos Relacionados