247 - O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, disse nesta quarta-feira (8/) que o genocídio cometido por Israel na Faixa de Gaza atingiu um nível “catastrófico”. “Crianças morrendo de exaustão e fome”, alertou em entrevista ao projeto Pontes para o Leste, acrescentando que o território palestino vive um “genocídio silencioso”.
“O número total de mortos, apenas segundo dados oficiais, é de 65 mil em dois anos. A esmagadora maioria são civis: mulheres, crianças e idosos. Centenas de milhares foram deslocados. A situação é terrível”, afirmou Lavrov.
De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), 64 mil crianças morreram ou ficaram feridas por causa do conflito na Faixa de Gaza desde outubro de 2023, quando começou o genocídio.
As manifestações contra Israel também ganharam intensidade nos últimos dias após as barreiras impostas à entrada de ajuda humanitária destinada à Faixa de Gaza. Tropas israelenses interceptaram navios que levavam suprimentos de alimentos e medicamentos para a população local.
Na segunda-feira (6), o governo israelense expulsou a ativista sueca Greta Thunberg e outros 170 militantes que estavam detidos. Durante as ações contra as embarcações de apoio, mais de 400 pessoas chegaram a ser dadas como desaparecidas.
<h2>Plano de Paz</h2>
Na entrevista, o ministro russo elogiou o chamado “plano de paz em Gaza” proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como uma “alternativa realista” diante da crise.
“O plano menciona a palavra ‘estado’. É vago, trata apenas da Faixa de Gaza, sem incluir a Cisjordânia. Mas é o melhor que há sobre a mesa neste momento. Pode ser aceitável para os árabes e, ao menos, não rejeitado por Israel”, avaliou.
O acordo válido para a Faixa de Gaza prevê a libertação dos reféns que estão sob controle do grupo desde 7 de outubro de 2023, quando começou o genocídio. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou publicamente a proposta e confirmou que ela segue em negociação.
Pelos termos definidos, o Hamas teria anistia caso aceite entregar seu arsenal. Mesmo assim, a organização não poderá integrar a futura administração do território. A gestão de Gaza, nesse período de transição, ficaria sob responsabilidade de um comitê temporário, formado por palestinos de perfil técnico e sem vínculos políticos, com o objetivo de garantir o funcionamento dos serviços básicos.
Esse comitê ainda contaria com especialistas estrangeiros e trabalharia sob a supervisão de uma instância chamada “Conselho da Paz”, que seria liderada diretamente por Trump.
<h2>Feridos e o colapso em hospitais</h2>
A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou no último dia 2 um panorama dramático sobre os impactos da guerra em Gaza. Desde outubro de 2023, aproximadamente 167 mil pessoas foram feridas, e quase 42 mil delas ficaram com sequelas irreversíveis. Entre os casos registrados, uma em cada quatro vítimas é criança.
Segundo o levantamento, cerca de 25% das lesões resultaram em danos permanentes. Mais de 5 mil palestinos passaram por amputações, enquanto dezenas de milhares enfrentam outras consequências graves: foram contabilizados mais de 22 mil ferimentos nos membros superiores e inferiores, aproximadamente 2 mil na medula espinhal, 1,3 mil no cérebro e mais de 3,3 mil queimaduras extensas.
A OMS ressalta que a situação pressiona ainda mais a necessidade de serviços cirúrgicos especializados e centros de reabilitação. O relatório chama atenção para a incidência elevada de traumas faciais e oculares entre os pacientes que aguardam evacuação médica, lesões que frequentemente resultam em desfiguração, incapacidade física e estigmatização social.
O sistema de saúde de Gaza, alerta a agência da ONU, encontra-se “à beira do colapso”. Apenas 14 dos 36 hospitais ainda conseguem operar, e mesmo assim de maneira parcial. As unidades de reabilitação também estão gravemente comprometidas: menos de um terço segue funcionando e nenhuma delas em plena capacidade, apesar dos esforços das equipes médicas e de organizações parceiras.
A guerra destruiu grande parte da força de trabalho da área de reabilitação. Antes do conflito, havia cerca de 1,3 mil fisioterapeutas e 400 terapeutas ocupacionais no território. Hoje, muitos foram deslocados e pelo menos 42 profissionais morreram até setembro de 2024.
O número reduzido de especialistas agrava o drama dos amputados. Gaza conta atualmente com apenas oito técnicos responsáveis pela produção e colocação de próteses, número incapaz de atender à demanda crescente.

Leonardo Lucena

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Mundo

Sergey Lavrov: 'situação em Gaza atingiu um nível catastrófico'

247 - O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, elogiou o governo do Talibã pelos esforços para combater o Estado Islâmico e outros grupos extremistas, além de atuar na erradicação das drogas ilegais. Durante a abertura de uma reunião internacional sobre o Afeganistão, em Moscou, o chanceler russo emitiu um forte alerta contra a presença militar estrangeira no território afegão, que tem Amir Khan Muttaqi comandando o Ministério das Relações Exteriores.
Lavrov enfatizou que “o desdobramento de infraestrutura militar de quaisquer terceiros países no território do Afeganistão, bem como nos territórios dos estados vizinhos, é categoricamente inaceitável sob qualquer pretexto”.
“A presença militar de quaisquer atores extrarregionais só poderia levar à desestabilização e a novos conflitos”, disse Lavrov. “A história do Afeganistão já viveu muitas situações com presença militar estrangeira. Acredito que todos já deveriam ter tirado as lições corretas há muito tempo.”
Autoridades de mais oito países participaram das discussões - China, Índia, Irã, Paquistão, Cazaquistão, Tadjiquistão, Quirguistão e Uzbequistão.
<h2>Declarações de Muttaqi</h2>
O ministro das Relações Exteriores afegão, Amir Khan Muttaqi, elogiou “a decisão corajosa da Federação Russa de reconhecer oficialmente o Emirado Islâmico do Afeganistão”. “Eu aprecio isso e desejo que todos os países sigam o mesmo caminho”, afirmou.
Muttaqi disse que as conversas em Moscou representam “uma boa oportunidade para os países da região ouvirem as opiniões uns dos outros”.
Em seu discurso, o ministro afirmou que foram criadas condições “para garantir segurança abrangente após quatro décadas e oferecer uma boa base para investimento, economia, trânsito e conectividade”.
<h2>Contexto</h2>
O grupo islâmico Talibã controlou o Afeganistão entre 1996 e 2001, quando foram retirados por uma coalizão militar liderada pelos Estados Unidos em 2001. Vinte anos depois, em 2021, o grupo assumiu o controle do país asiático após a retirada das forças dos EUA e da Otan.
O Talibã tem buscado reconhecimento internacional. Em julho, a Rússia tornou-se o primeiro país a reconhecer oficialmente o governo do Talibã.
A antiga União Soviética travou uma guerra de dez anos no Afeganistão, que resultou na retirada das tropas de Moscou em 1989.

Rússia defende soberania do Afeganistão e critica presença militar estrangeira

247 – O chanceler russo, Sergey Lavrov, e o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, se reuniram à margem da Semana de Alto Nível da Assembleia Geral das Nações Unidas para debater dois dos principais focos de tensão no cenário internacional: a guerra na Ucrânia e o conflito israelo-palestino. A informação foi divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores da Rússia em comunicado, reproduzido pela agência TASS.
Segundo a chancelaria russa, houve “uma discussão detalhada sobre os problemas internacionais mais prementes, incluindo a situação em torno da Ucrânia e na zona do conflito israelo-palestino”.
<h2>Postura da ONU e reformas institucionais</h2>
Durante o encontro, Lavrov ressaltou a importância de que a Secretaria-Geral da ONU mantenha uma postura “imparcial e equidistante” diante das crises, em conformidade com o Artigo 100 da Carta das Nações Unidas. O chanceler também tratou do processo de reformas no organismo multilateral, no contexto da iniciativa “ONU80”, lançada por Guterres.
Para o ministro russo, qualquer mudança deve ser “bem calibrada”, preservando a estrutura institucional da organização e acontecendo “sob estrito controle dos Estados-membros” e com “o mais amplo apoio possível”.
<h2>Cooperação entre Rússia e ONU</h2>
O comunicado do Itamaraty russo ainda enfatizou que Moscou e a ONU reafirmaram a determinação de fortalecer a cooperação. “O lado russo destacou seu compromisso com o papel central de coordenação da organização nos assuntos globais e com os princípios da Carta da ONU em sua totalidade”, afirmou a nota oficial.
O encontro ocorre em um momento de intensas pressões sobre a ONU para lidar com conflitos simultâneos em diferentes regiões, diante da percepção de que sua atuação tem sido limitada pela falta de consenso entre as principais potências globais.

Redação Brasil 247

Lavrov e Guterres discutem Ucrânia e conflito israelo-palestino

247 - O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, afirmou em entrevista à rede norte-americana NBC News que Moscou aceitou considerar algumas propostas apresentadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para buscar uma solução ao conflito na Ucrânia. A declaração foi feita após o encontro entre Trump e o presidente russo, Vladimir Putin, realizado na semana passada no Alasca.
Segundo Lavrov, Trump apresentou essas iniciativas também em reunião com o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, e seus apoiadores da Europa Ocidental, em Washington. “O presidente Trump sugeriu após Anchorage vários pontos que compartilhamos, e em alguns deles concordamos em mostrar alguma flexibilidade”, declarou o chanceler russo. No entanto, destacou que Zelensky recusou todas as propostas apresentadas, incluindo o compromisso de manter a Ucrânia fora da Otan e a abertura para discutir questões territoriais.
<h3>Divergências sobre pontos centrais do acordo</h3>
Lavrov explicou que, além de rejeitar a discussão territorial e a neutralidade da Ucrânia em relação à Otan, Zelensky também se opôs a revogar a legislação que restringe o uso da língua russa em território ucraniano. “Putin está pronto para se reunir com Zelensky quando houver uma pauta concreta para uma cúpula”, afirmou. Contudo, ressaltou que, no momento, “não há encontro planejado”.
De acordo com Lavrov, Trump propôs que a próxima etapa das negociações de paz fosse um encontro direto entre os presidentes da Rússia e da Ucrânia, antes de um eventual diálogo trilateral. Em entrevista à Fox News, o líder norte-americano enfatizou que Zelensky “precisa mostrar alguma flexibilidade”.
<h3>Resistência de Kiev e impasse diplomático</h3>
Apesar dos esforços, Lavrov destacou que o governo ucraniano não demonstra disposição em construir uma paz duradoura. Ele citou declarações do assessor de Zelensky, Mikhail Podoliak, que defendeu a recuperação de territórios atualmente sob controle russo e reafirmou a intenção de Kiev em se integrar a alianças militares, mesmo que não seja a Otan.
Para Moscou, tais posicionamentos entram em choque com os esforços conjuntos de Trump e Putin em busca de uma solução negociada. O chanceler reiterou que a Rússia defende um acordo que ataque as causas estruturais do conflito: neutralidade ucraniana, não adesão a blocos militares, desmilitarização, desnazificação e reconhecimento da nova realidade territorial.

Luis Mauro Filho

Lavrov diz que Rússia pode mostrar flexibilidade a propostas de Trump sobre a Ucrânia, mas Zelensky rejeita

247 – O chanceler russo Sergey Lavrov chamou a atenção internacional ao desembarcar em Anchorage, no Alasca, vestindo um moletom branco com a inscrição “URSS” em letras pretas. O episódio ocorreu durante a cúpula entre o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.&nbsp;
Lavrov, que integrava a delegação russa na reunião de quase três horas, chamou os holofotes ao surgir com o moletom estilizado por baixo de um colete acolchoado preto. O detalhe das listras escuras nos punhos reforçou a estética retrô soviética, despertando curiosidade e debates nas redes sociais e na imprensa internacional.
<h2>Moda soviética em alta</h2>
A empresária Yekaterina Varlakova, dona da marca SelSovet — fabricante do moletom — relatou à TASS que a repercussão foi imediata.
<blockquote>&nbsp;“A foto causou uma sensação. Todas as peças disponíveis se esgotaram até a manhã seguinte. Agora, os clientes só podem fazer pré-encomendas, com entrega prevista para daqui a um a um mês e meio”, afirmou.</blockquote>
Fundada em 2017, a SelSovet ganhou projeção a partir de 2021 graças às redes sociais, misturando design retrô com símbolos da antiga União Soviética. O episódio envolvendo Lavrov fez com que a marca atingisse visibilidade inédita e confirmou a tendência de consumo ligada à nostalgia soviética.
<h2>Símbolos e interpretações</h2>
Embora Lavrov não tenha feito qualquer comentário sobre a escolha do vestuário, parte da imprensa especulou que a opção poderia carregar uma mensagem política, lembrando a ligação histórica da Ucrânia com a União Soviética. A interpretação, no entanto, não foi confirmada oficialmente.
Nos últimos anos, a estética soviética vem recuperando espaço na Rússia, aparecendo em cafés, bares, objetos de design e linhas de vestuário. Para muitos estilistas e consumidores, trata-se de um resgate cultural e de uma afirmação de identidade nacional.
<h2>Contexto da cúpula</h2>
A reunião entre Putin e Trump, realizada no Alasca, contou com a presença de autoridades de alto escalão dos dois países. O encontro teve como foco central a busca por alternativas para encerrar o conflito na Ucrânia. Apesar das discussões políticas, o gesto aparentemente simples de Lavrov acabou se transformando em uma narrativa paralela, ao reforçar como símbolos do passado soviético continuam a provocar reações fortes tanto na Rússia quanto no cenário internacional.

Lavrov lança moda ao usar moletom da URSS em cúpula no Alasca

247 - Documentos oficiais do Departamento de Estado dos Estados Unidos foram encontrados em um hotel no Alasca, contendo informações sensíveis sobre a reunião realizada nesta sexta-feira (15) entre o presidente Donald Trump e o presidente russo Vladimir Putin.&nbsp;
A revelação <a href="https://www.npr.org/2025/08/16/nx-s1-5504196/trump-putin-summit-documents-left-behind">foi feita</a> pela NPR, que teve acesso às imagens dos documentos esquecidos em uma impressora de uso público no Hotel Captain Cook, em Anchorage, a cerca de 20 minutos da base militar onde ocorreu a cúpula.
Os oito documentos impressos traziam detalhes do encontro, incluindo horários, salas reservadas na base de Elmendorf-Richardson, telefones de funcionários do governo norte-americano e até a lista de autoridades russas com indicações fonéticas de pronúncia. Um dos trechos indicava a intenção de Trump em oferecer a Putin uma estátua de águia-careca, símbolo dos EUA, como presente oficial.
<h3>Informações sensíveis à vista de todos</h3>
Segundo a NPR, três hóspedes do hotel encontraram os documentos por volta das 9h de sexta-feira, abandonados em uma impressora do centro de negócios. Por receio de represálias, eles pediram para não serem identificados. As páginas incluíam também a programação do almoço cerimonial planejado “em honra de sua excelência Vladimir Putin”, que previa um menu de três pratos com filé mignon, halibute e crème brûlée.
O documento ainda trazia o mapa de assentos: Trump ficaria frente a frente com Putin, ladeado por seis integrantes de seu gabinete, como o secretário de Estado Marco Rubio, o secretário de Defesa Pete Hegseth e a chefe de gabinete da Casa Branca, Susie Wiles. Do lado russo, estariam figuras-chave como o chanceler Sergey Lavrov e Yuri Ushakov, assessor presidencial para política externa.
Apesar dos preparativos, o almoço acabou sendo cancelado de última hora.
<h3>Reação da Casa Branca e críticas</h3>
A vice-secretária de imprensa da Casa Branca, Anna Kelly, tentou minimizar o caso, classificando os documentos como “um cardápio de almoço de várias páginas” e descartando qualquer risco de segurança. O Departamento de Estado, no entanto, não respondeu aos pedidos de comentário.
Para especialistas, a falha é grave. Jon Michaels, professor de Direito na UCLA e estudioso de segurança nacional, afirmou: “Isso é mais uma prova da desorganização e da incompetência do governo. Você simplesmente não deixa esse tipo de material em uma impressora. É simples assim.”

Documentos esquecidos em hotel do Alasca expõem bastidores da cúpula entre Trump e Putin

247 - Durante coletiva em Moscou nesta terça-feira (22), o chanceler russo Sergey Lavrov afirmou que a União Europeia mergulhou em um “frenesi” de militarização, ignorando problemas internos graves como a desindustrialização e as dificuldades sociais. As declarações foram feitas após reunião com a ministra das Relações Exteriores de Moçambique, Maria Manuela Lucas, segundo informações da agência RT.
“A Europa entrou em um frenesi… Estão incitando seus povos de todas as formas possíveis, incutindo neles o espírito da propaganda de Goebbels, de que a Rússia é uma ameaça existencial, de que a <a href="https://www.brasil247.com/search?term=R%C3%BAssia+">Rússia </a>está prestes a atacar a Europa. Com isso, dizem que é preciso esquecer os problemas sociais, os fracassos econômicos e o processo de desindustrialização observado na Alemanha e em outros países europeus”, criticou Lavrov.
O ministro das Relações Exteriores russo também apontou o que considera ser uma má compreensão dos fatos históricos por parte dos europeus. “As lições da história foram mal aprendidas pelas gerações atuais de alemães, franceses e de outros países do continente”, afirmou.
<h3>Críticas ao orçamento da UE e apoio à Ucrânia</h3>
A crítica de Lavrov ocorreu dias após a Comissão Europeia apresentar um orçamento histórico de € 2 trilhões para o período de 2028 a 2034, um aumento de € 600 bilhões em relação ao ciclo orçamentário anterior. Segundo a proposta, os investimentos em defesa saltariam para € 131 bilhões — um crescimento de cinco vezes — e os recursos para a “facilidade ucraniana”, fundo voltado ao apoio a Kiev, seriam duplicados, chegando a € 100 bilhões em empréstimos e subsídios.
A proposta já enfrenta resistência dentro do bloco. O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, declarou que o projeto orçamentário favorece desproporcionalmente a Ucrânia, enquanto setores essenciais, como a agricultura, sofreriam cortes. “Esse orçamento destruiria a União Europeia. Não acho que ele sobreviverá nem até o ano que vem”, disse Orbán, apostando que o texto sofrerá alterações significativas antes de ser submetido à aprovação dos países-membros.

Lavrov acusa União Europeia de “frenesi militarista” e negligência com problemas internos

247 - Durante a 17ª cúpula anual do BRICS, realizada no Rio de Janeiro, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, criticou as recentes declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que acusou o bloco de adotar políticas “antiamericanas”. A fala de Lavrov foi feita durante uma coletiva de imprensa na segunda-feira (7), segundo reportagem da RT.
Em tom firme, <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Lavrov+">Lavrov </a>classificou como infundadas as acusações de Trump, que ameaçou impor uma tarifa adicional de 10% sobre qualquer país que se alinhe ao BRICS. O presidente norte-americano afirmou que o grupo promove uma agenda contrária aos interesses dos Estados Unidos.&nbsp;
Em resposta, o chanceler russo declarou: “Ninguém sabe quando e por que alguém acaba sendo punido. Mesmo aqueles considerados aliados dos EUA não podem se sentir seguros”.
Para Lavrov, essas ameaças são mais uma evidência do colapso da ordem mundial unipolar liderada pelos <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Estados+Unidos">Estados Unidos</a>. “Mesmo aqueles considerados aliados dos EUA não podem se sentir seguros”, afirmou.
O diplomata russo destacou que o BRICS não foi criado para se opor a nenhum país, mas sim para promover uma ordem internacional baseada em princípios de igualdade, soberania e respeito mútuo. Ele também reiterou que as ações de Trump refletem uma política externa imprevisível e punitiva, usada como mecanismo de coerção, inclusive contra nações aliadas de Washington.

Rio de Janeiro (RJ), 07/07/2025 - O chanceler russo, Sergei Lavrov (Rússia), durante abertura da plenária Meio ambiente, COP 30 e saúde global, no BRICS, no Museu da Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ)

Lavrov rebate Trump: “ninguém sabe quando e por que alguém é punido pelos EUA”

247 - O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, teve um encontro com o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, à margem da Cúpula do BRICS no Rio de Janeiro.
“Reunião dos ministros das Relações Exteriores da Rússia e do Brasil ‘à margem’ da Cúpula do BRICS no Rio de Janeiro”, escreveu a porta-voz da chancelaria russa, Maria Zakharova, no Telegram, ao publicar uma foto do encontro.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Lavrov e Vieira discutiram o cronograma de contatos futuros em diferentes níveis.
“Durante a conversa, os ministros das Relações Exteriores dos dois países discutiram a agenda de contatos russo-brasileiros em diversos níveis, alinharam posições sobre as principais áreas de cooperação entre Moscou e Brasília em plataformas multilaterais estratégicas, incluindo os preparativos para a 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima”, afirmou o ministério em nota.
Ainda segundo o comunicado, os dois chanceleres também trocaram opiniões sobre uma série de outras questões internacionais.

Sudeste

Mauro Vieira e Sergey Lavrov se reúnem à margem da Cúpula do BRICS no Rio para alinhar posições estratégicas

247 - O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, afirmou que a Alemanha está repetindo erros históricos ao se envolver diretamente no conflito na Ucrânia, o que poderia levar o país ao colapso. As declarações foram feitas nesta quarta-feira (28) durante entrevista ao jornalista Pavel Zarubin, da emissora estatal russa VGTRK.
Lavrov reagiu às recentes declarações do chanceler alemão <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Friedrich+Merz">Friedrich Merz</a>, que anunciou apoio à produção conjunta de armas de longo alcance com a Ucrânia. "O envolvimento direto da Alemanha na guerra agora é óbvio", disse Lavrov. "A Alemanha está escorregando pela mesma ladeira que já percorreu algumas vezes no século passado – rumo ao seu próprio colapso", acrescentou.
O ministro russo expressou esperança de que "políticos responsáveis" na <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Alemanha+">Alemanha </a>"tirem as conclusões corretas e coloquem fim a essa loucura".
Em Berlim, ao lado do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, Merz anunciou uma "nova forma de cooperação militar-industrial" com Kiev, visando a produção conjunta de armas de longo alcance. O chanceler alemão também afirmou que não há mais restrições de alcance para as armas fornecidas à Ucrânia pela Alemanha, Reino Unido, França e Estados Unidos.
A decisão de <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Merz+">Merz </a>gerou críticas dentro da própria coalizão governista alemã. Ralf Stegner, membro do Partido Social-Democrata (SPD), classificou os comentários como "inúteis" e defendeu um foco maior na diplomacia.

Lavrov alerta que apoio militar da Alemanha à Ucrânia pode levar Berlim ao colapso

247 - Os Estados Unidos estão tentando colocar a Índia e a China em conflito, afirmou nesta quinta-feira (15) o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov.
"O que está acontecendo agora na região Ásia-Pacífico, que o Ocidente passou a chamar de região Indo-Pacífica para dar à sua política uma direção claramente anti-China, é uma tentativa de obter uma oportunidade adicional para colocar nossos grandes amigos e vizinhos – Índia e China – um contra o outro", disse Lavrov durante uma reunião do Clube Diplomático.
Em abril, EUA e Índia reafirmaram a força da parceria estratégica bilateral. As partes discutiram oportunidades para aprofundar a colaboração na região Indo-Pacífica, conforme disse a porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, no dia 7 daquele mês.

Leonardo Sobreira

EUA tentam colocar Índia e China em conflito, diz Lavrov

247 - O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, afirmou nesta segunda-feira (28) que a confiança e o apoio mútuos entre Moscou e Pequim permanecem inalterados apesar das mudanças no cenário mundial. Wang participa da reunião dos ministros das Relações Exteriores dos BRICS no Rio de Janeiro.
“É um grande prazer rever nosso antigo amigo e todos os nossos colegas novamente. No mês passado, em Moscou, tivemos uma conversa interessante e aprofundada sobre questões estratégicas, relações bilaterais e temas internacionais. Em especial, houve preparativos para os próximos contatos em níveis altos e altíssimos... Há novas mudanças na situação internacional, e parece que a mudança se tornou a norma do nosso tempo. Mas o que permanece inalterado é a confiança mútua e o apoio mútuo entre China e Rússia”, disse Wang após encontro com o chanceler russo, Sergey Lavrov.

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