Itamaraty reage à ameaça de intervenção militar dos EUA: 'Brasil não se intimidará'
Casa Branca afirmou que está preparada para empregar todos os instrumentos disponíveis--inclusive o poder militar--no contexto do julgamento de Bolsonaro
247 - O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou, em nota nesta terça-feira (9), o uso de sanções econômicas ou ameaças de uso da força militar contra a democracia brasileira.
Mais cedo, a Casa Branca afirmou que está preparada para empregar todos os instrumentos disponíveis--inclusive o poder econômico e militar--para reagir a violações da liberdade de expressão em qualquer parte do mundo. A declaração surge em meio à pressão do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o Supremo Tribunal Federal (STF), por conta do julgamento do aliado Jair Bolsonaro, réu por liderar a trama golpista.
O Ministério das Relações Exteriores afirmou na nota que os Três Poderes não se intimidarão diante das ameaças. "O primeiro passo para proteger a liberdade de expressão é justamente defender a democracia e respeitar a vontade popular expressa nas urnas. É esse o dever dos três Poderes da República, que não se intimidarão por qualquer forma de atentado à nossa soberania", diz a nota.
O documento qualifica a declaração como uma tentativa de uma força antidemocrática de coagir o Brasil. "O governo brasileiro repudia a tentativa de forças antidemocráticas de instrumentalizar governos estrangeiros para coagir as instituições nacionais", afirma.