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Itamaraty confirma morte de brasileiro-palestino em prisão israelense e cobra governo Netanyahu

O governo brasileiro pede investigação “célere e independente acerca das causas do falecimento” de Walid Ahmad

Walid Khaled Abdullah Ahmed (Foto: Reprodução/Redes sociais)

247 - O Ministério das Relações Exteriores do Brasil confirmou, nesta terça-feira (25), a morte de Walid Khalid Abdalla Ahmad, um cidadão brasileiro-palestino de 17 anos, em uma prisão israelense. Ahmad, que era natural da Cisjordânia, foi detido em setembro de 2024 e estava na prisão de Megido, em território israelense, quando faleceu. 

A notícia sobre sua morte foi inicialmente divulgada na segunda-feira (24) pela Federação Árabe Palestina no Brasil, que, em sua nota, chamou a prisão onde Ahmad estava de um “campo de concentração” e denunciou práticas de tortura como choques elétricos, espancamentos e privação de alimentos.

Em seu comunicado, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil expressou "profunda consternação" pela morte de Ahmad, destacando que, até o momento, as circunstâncias e a data exata do óbito ainda não foram esclarecidas. "O governo brasileiro tomou conhecimento, com profunda consternação, da morte do cidadão brasileiro Walid Khalid Abdalla Ahmad, de 17 anos, na prisão israelense de Megido. O menor, residente da Cisjordânia, no Estado da Palestina, fora detido em 30 de setembro de 2024 na Palestina ocupada e levado por forças israelenses à prisão de Megido, em território israelense", afirmou o Itamaraty.

O governo brasileiro também cobrou o governo de Benjamin Netanyahu por uma investigação “célere e independente acerca das causas do falecimento” de Ahmad. "Onze brasileiros residentes no Estado da Palestina seguem presos em Israel, a maioria dos quais sem terem sido formalmente acusados ou julgados, em clara violação ao Direito Internacional Humanitário", acrescentou o Itamaraty em nota.

A Federação Árabe Palestina no Brasil, em sua nota, também cobrou um rompimento das relações diplomáticas entre o Brasil e Israel, posicionamento que foi prontamente rejeitado pelo Itamaraty e por representantes da embaixada israelense. A entidade, em seu comunicado, criticou duramente as ações de Israel, dizendo não ser possível “conviver com um banho de sangue promovido pelos gângsters de Tel Aviv”.

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