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Israel rejeita proposta do Hamas para pôr fim ao genocídio em Gaza

O regime sionista insiste que a guerra só terminará se houver libertação de prisioneiros e o desarmamento do Hamas, além de condições severas para Gaza

Bandeiras do Hamas (verde), de Israel e Benjamin Netanyahu (Foto: Reuters)

 247 - Israel rejeitou categoricamente a mais recente declaração do Hamas sobre o fim do genocídio em Gaza, considerando-a uma “nova distorção” sem conteúdo relevante, Em meio a uma crescente onda de manifestações em Jerusalém, milhares de pessoas se reuniram em frente à residência do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, nesta quarta-feira, 3 de setembro, em protesto contra a falta de progressos nas negociações de cessar-fogo. Os protestos, que vêm ganhando força nas últimas semanas, refletem o crescente descontentamento da população israelense diante da falta de soluções para o impasse com o Hamas e o contínuo massacre na Faixa de Gaza. As informações foram publicadas pelo Haaretz.

A situação tensa teve mais um capítulo dramático quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez uma publicação pedindo ao Hamas que “imediatamente devolvesse todos os 20 reféns”. No entanto, o movimento palestino, que recentemente afirmou estar aguardando uma resposta de Israel sobre um acordo abrangente de cessar-fogo, reiterou sua exigência de que as negociações incluam o estabelecimento de um governo técnico em Gaza.

Segundo o Hamas, as negociações de prisioneiros estão paralisadas há semanas, sem avanços concretos. O movimento palestino anunciou que está pronto para aceitar um acordo que levaria à libertação de todos os prisioneiros israelenses mantidos pelo Hamas em troca de um número acordado de prisioneiros palestinos detidos por Israel. "O acordo encerraria a guerra na Faixa de Gaza, retiraria todas as forças israelenses do território, abriria as passagens para permitir a entrada de todos os suprimentos necessários e iniciaria o processo de reconstrução", afirmou o Hamas em um comunicado oficial.

Por outro lado, o regime sionista segue uma linha mais rígida, com o ministro da Defesa, Israel Katz, descartando as propostas do Hamas como “enganosas” e “palavras vazias”. "Em breve, entenderá que deve escolher entre duas opções: aceitar as condições de Israel para encerrar a guerra — em primeiro lugar, a libertação de todos os reféns e o desarmamento — ou a Cidade de Gaza se tornará gêmea de Rafah e Beit Hanoun", declarou Katz. Ele também destacou que o exército israelense (IDF) está se preparando para uma ação militar mais intensa. "As IDF estão se preparando com força total", afirmou o ministro.

Enquanto as negociações seguem estagnadas, as manifestações em Jerusalém continuam a crescer, refletindo a frustração de uma população que busca uma solução pacífica para o conflito, mas que vê cada vez mais a escalada da violência como uma possibilidade iminente.

 Em comunicado oficial, o Gabinete do Primeiro Ministro de Israel reiterou sua postura de que a guerra só poderá ser encerrada se suas condições específicas forem atendidas, incluindo a libertação de todos os prisioneiros israelenses mantidos em Gaza e o desarmamento do Hamas.

A declaração enfatizou que as exigências de Israel para a paz incluem a instalação de um “governo civil alternativo que não promova o terrorismo e o controle de segurança israelense na região”. Além disso, a segurança de Israel e a prevenção de futuros ataques são apontadas como essenciais para garantir que eventos como o massacre de 7 de outubro não se repitam. Segundo o comunicado, a aceitação dessas condições é a única maneira de evitar que o Hamas se rearmasse e continuasse suas ações violentas.

O Ministro da Defesa de Israel, Yisrael Katz, reforçou essa posição, afirmando “o Hamas está enganando o mundo com palavras vazias”. 

O Ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, também acrescentou que o retorno de todos os prisioneiros, a desmilitarização de Gaza e uma zona de segurança controlada por Israel são requisitos mínimos para qualquer acordo de paz. "Não há outro caminho para a paz senão garantir que a segurança de Israel seja plenamente assegurada, o que inclui a destruição das capacidades militares do Hamas", afirmou Smotrich.

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