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Israel fecha a única rota de entrada e saída da Cidade de Gaza

Medida israelense agrava isolamento de civis e obriga retirada de organizações humanitárias

Israel empurra milhares de palestinos em Gaza para uma área cada vez menor (Foto: Reuters)

247 - O Exército de Israel anunciou nesta quarta-feira (1), o fechamento da passagem de Al-Rashid, a única via de entrada e saída da Cidade de Gaza. A decisão impede totalmente o tráfego em direção ao norte, permitindo apenas deslocamentos rumo ao sul para quem ainda tenta deixar a região. Entretanto, moradores que buscavam escapar para áreas consideradas mais seguras relataram novos bombardeios durante o trajeto.

A notícia foi divulgada pela rede Hispantv, que destacou também a gravidade da situação humanitária. Segundo a publicação, o bloqueio aprofundou o isolamento da população e reduziu drasticamente as chances de sobrevivência para milhares de civis ainda presos em Gaza.

Organizações humanitárias forçadas a sair

A Médicos Sem Fronteiras confirmou que precisou abandonar a Cidade de Gaza diante das ameaças diretas recebidas das forças israelenses. Em comunicado, a ONG denunciou que não existem condições mínimas de segurança nem para os habitantes nem para as equipes médicas que atuavam no local. A entidade alertou para a rápida deterioração da crise, sem garantias de proteção para a população civil.

De acordo com organizações internacionais, Gaza enfrenta colapso nos serviços básicos. Sem eletricidade, água potável e acesso a insumos médicos, cresce a pressão por medidas urgentes que garantam zonas seguras.

Escalada do cerco

O fechamento da passagem de Al-Rashid representa mais um capítulo no cerco imposto a Gaza. A cidade, devastada por sucessivos bombardeios, encontra-se praticamente isolada do restante do território palestino. “Milhares de pessoas permanecem presas dentro da Cidade de Gaza”, alertam entidades humanitárias, reforçando que até equipes internacionais têm sido obrigadas a deixar a região.

A decisão israelense evidencia a crescente vulnerabilidade dos civis. Para especialistas em direitos humanos, a medida agrava ainda mais a crise humanitária e limita qualquer possibilidade de assistência imediata à população.

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