Trump diz acreditar que suposto cessar-fogo entre Irã e Israel “vai durar para sempre”
'É um grande dia para o Oriente Médio', disse o presidente dos EUA depois de ele próprio ajudar a aumentar a escalada do conflito
247 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que, em sua opinião, o cessar-fogo entre Israel e Irã “vai durar para sempre”. “Acho que o cessar-fogo é ilimitado”, afirmou o chefe da Casa Branca nesta segunda-feira (23), em entrevista à emissora estadunidense NBC News.
“É um grande dia para os Estados Unidos. É um grande dia para o Oriente Médio. Estou muito feliz por ter conseguido realizar o trabalho... Muitas pessoas estavam morrendo, e a situação só iria piorar. Teria arrasado todo o Oriente Médio”, acrescentou o presidente norte-americano.
Israel havia iniciado o ataque ao Irã no último dia 13. A Agência de Notícias de Ativistas dos Direitos Humanos (Hrana, na sigla em inglês) registrou 950 mortos em território iraniano por causa dos ataques sionistas nos últimos dias. Em território israelense, dados oficiais apontaram pelo menos 25 mortos.
No último sábado (21), os EUA atacaram as três instalações nucleares do Irã, que, em resposta, atacou uma base norte-americana no Catar, nesta segunda-feira.
A entrada dos EUA na guerra entre Israel e o Irã aumentou a preocupação entre autoridades políticas de outras regiões do Oriente Médio e além.
Historicamente, Israel tem apoio dos EUA, mas o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, está cada vez mais isolado politicamente em função do genocídio na Faixa de Gaza, onde forças sionistas não apenas tiram a vida de civis, como também impõem um desumano bloqueio à ajuda humanitária.
Os próximos dias dirão se o cessar-fogo entre Irã e Israel sairá do papel ou se será apenas uma maneira de Trump “lucrar” com a guerra, tentando fortalecer-se internacionalmente como um "promotor da paz", em um contexto de perda significativa do capital político do unilateralismo norte-americano.
Entenda - Israel lançou, nas primeiras horas de 13 de junho (horário local), a operação em grande escala chamada Leão em Ascensão contra o Irã, acusando o país de conduzir um programa nuclear militar secreto. A força aérea israelense realizou várias ondas de ataques em todo o território iraniano, inclusive na capital Teerã, matando alguns altos oficiais militares iranianos e diversos cientistas nucleares. Algumas instalações nucleares, como Natanz e Fordow, também foram atingidas por Israel.
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, classificou o ataque como um crime e ameaçou Israel com um “destino amargo e terrível”. Em retaliação, Teerã lançou na noite do mesmo dia a operação Promessa Verdadeira 3, atingindo alvos militares dentro do território israelense.
O Irã nega que seu programa nuclear tenha fins militares. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) não encontrou evidências concretas de que o Irã esteja desenvolvendo ativamente armas nucleares, afirmou o diretor-geral Rafael Grossi em 18 de junho. Avaliações da inteligência dos EUA chegaram à mesma conclusão, de que o Irã não está buscando armas nucleares de forma ativa, segundo informou a CNN em 17 de junho, citando fontes familiarizadas com o tema. (Com agências).
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