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      Israel afirma estar pronto para assumir controle total de Gaza

      Declaração do gabinete de Netanyahu confirma que o Exército seguirá ordens, mesmo diante de alertas sobre risco à vida de reféns

      Palestinos se reúnem enquanto transportam suprimentos de ajuda que entraram em Gaza através de Israel, em meio a uma crise de fome, em Beit Lahia, no norte da Faixa de Gaza, em 20 de julho de 2025 (Foto: REUTERS/Dawoud Abu Alkas )
      Luis Mauro Filho avatar
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      247 - O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta terça-feira (5) que as Forças de Defesa de Israel (IDF) estão “preparadas para implementar qualquer decisão tomada pelo Gabinete de Segurança” a respeito da Faixa de Gaza — incluindo uma eventual reocupação total do território palestino. A declaração foi divulgada após uma reunião de três horas entre o premiê israelense e lideranças militares.

      A posição oficial surge em meio a pressões internas por uma nova escalada militar. O ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, disse que o chefe do Estado-Maior, general Eyal Zamir, “terá de cumprir qualquer decisão do gabinete”, mesmo sendo contrário à reocupação da região — segundo relatos da imprensa, Zamir alertou para o risco de morte de civis israelenses ainda mantidos reféns pelo Hamas. Já o ministro da Defesa, Israel Katz, afirmou que pretende garantir a obediência do Exército “em todas as frentes”.

      Reportagem publicada na segunda-feira pelo Jerusalem Post, citando uma fonte do governo, informou que Netanyahu decidiu tomar o controle de toda a Faixa de Gaza, inclusive das áreas onde se encontram reféns. De acordo com a emissora israelense Canal 12, a medida seria uma resposta à posição do Hamas, que condiciona a libertação dos sequestrados à rendição completa do governo israelense.

      Bloqueio de ajuda e agravamento da fome

      Apesar de permitir, no fim de julho, o retorno parcial da ajuda humanitária a Gaza, o governo israelense segue restringindo severamente o acesso ao território. A distribuição de mantimentos — controlada pela Fundação Humanitária de Gaza, entidade respaldada por Washington — concentra-se no sul do enclave, sob monitoramento militar. Relatos de que tropas israelenses disparam contra palestinos que aguardam alimentos em filas têm se tornado frequentes.

      Em 23 de julho, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou para a escalada da crise alimentar. Segundo ele, “a desnutrição aguda afeta mais de 10% da população, e mais de 20% das mulheres grávidas e lactantes testadas sofrem de formas severas de desnutrição”. Tedros responsabilizou a interrupção das entregas de ajuda e as restrições de acesso impostas por Israel pela piora da situação.

      (Com informações da Sputnik)

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