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Hamas diz ter perdido contato com reféns e pede pausa em Gaza

Grupo afirma que interrupção dos ataques é vital para tentar localizar dois reféns, mas Israel mantém bombardeios e avanço de tanques na cidade de Gaza

Genocídio promovido por Israel destruiu a cidade de Gaza (Foto: Reuters)

247 - O braço armado do Hamas afirmou neste domingo (28) ter perdido contato com dois reféns israelenses mantidos em Gaza e pediu que Israel retire tropas e suspenda os ataques aéreos por 24 horas para tentar resgatá-los, segundo informou a agência Reuters. A solicitação foi feita para as áreas de Sabra e Tel Al-Hawa, no entorno da cidade de Gaza, onde os reféns estariam presos.

A liderança do Hamas exigiu a interrupção imediata dos bombardeios e o recuo das forças israelenses para que brigadistas possam localizar os cativos. Segundo o grupo, sem uma pausa não é possível chegar ao local. O exército israelense, no entanto, ignorou o pedido e emitiu novas ordens de evacuação para bairros inteiros, anunciando novos ataques e a destruição de prédios residenciais.

Moradores relataram que tanques avançaram mais profundamente por Sabra, Tel Al-Hawa e também pelos distritos vizinhos de Sheikh Radwan e Al-Naser, onde centenas de milhares de palestinos tentam se abrigar em condições precárias. Equipes de resgate afirmam que não conseguem acessar diversas áreas devido aos bombardeios contínuos.

O Ministério da Saúde de Gaza informou que ao menos 77 pessoas foram mortas nas últimas 24 horas pela ofensiva israelense. Desde o início da escalada, bairros inteiros da cidade foram arrasados, e famílias inteiras permanecem soterradas sob os escombros.

Reunião Trump-Netanyahu

A situação ocorre às vésperas de uma reunião entre o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prevista para esta segunda-feira.

Trump afirmou na sexta-feira (26) acreditar que um acordo diplomático para encerrar a ofensiva é possível, mas o Hamas declarou não ter recebido nenhuma nova proposta. Netanyahu, por sua vez, insiste que o grupo deve se desarmar, enquanto Israel mantém ativo o genocídio que já deixou mais de 65 mil palestinos mortos e um rastro de destruição em Gaza.

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