China critica sanções dos EUA contra Autoridade Palestina e OLP
Pequim afirma que medidas de Washington sabotam esforços internacionais de paz e defende solução de dois Estados
247 – A China manifestou forte indignação com a decisão dos Estados Unidos de impor sanções contra membros da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e da Autoridade Palestina (AP). A declaração foi feita nesta sexta-feira (1º) pela porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Guo Jiakun, em resposta ao anúncio oficial norte-americano, conforme noticiado pelo Global Times.
“Consideramos decepcionante e difícil de entender que os EUA continuem fechando os olhos para os esforços internacionais em prol da paz. A questão palestina está no centro do problema do Oriente Médio e é uma questão de equidade e justiça internacional”, afirmou Guo. Ela ressaltou que, em um momento decisivo da história palestina, a comunidade internacional — em especial os Estados Unidos — deveria “assumir responsabilidades, implementar de forma séria as resoluções das Nações Unidas e se empenhar para uma solução adequada da questão palestina, em vez de agir no sentido oposto”.
Segundo Guo, Pequim apoia firmemente a causa legítima do povo palestino, que busca restabelecer seus direitos nacionais, bem como o exercício pleno da jurisdição da Autoridade Palestina sobre todo o território palestino, incluindo a Faixa de Gaza e a Cisjordânia. A diplomata reafirmou que a China continuará a trabalhar junto à comunidade internacional para alcançar uma solução abrangente, justa e duradoura baseada no princípio de dois Estados.
O Departamento de Estado dos EUA anunciou na quinta-feira (31) as sanções contra membros da OLP e da AP, alegando que os grupos “continuam a apoiar o terrorismo”, segundo reportou o Politico. As medidas incluem restrições de visto para os integrantes das organizações. A decisão ocorre em meio a um movimento crescente de países europeus, além do Canadá, em direção ao reconhecimento do Estado palestino, antecipando debates esperados para a Assembleia Geral das Nações Unidas em setembro, em Nova York.
A reação chinesa reforça a tensão diplomática no Oriente Médio e evidencia o distanciamento entre Pequim e Washington na abordagem do conflito palestino. Para a China, as sanções impostas pelos EUA fragilizam os esforços multilaterais de pacificação e dificultam o avanço de negociações que possam conduzir à criação de um Estado palestino independente.
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