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Hamas condena cumplicidade dos EUA com Israel após veto a resolução sobre Gaza

Movimento palestino afirma que veto de Washington na ONU legitima ofensiva israelense e impede cessar-fogo humanitário

Reunião do Conselho de Segurança da ONU (Foto: Eduardo Munoz / Reuters)

247 - O Hamas criticou duramente os Estados Unidos após o veto de Washington a uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que pedia o fim imediato da guerra em Gaza e a entrada irrestrita de ajuda humanitária. Em comunicado divulgado na quinta-feira (18), o Movimento de Resistência afirmou que a decisão norte-americana representa um apoio “claro e total” ao genocídio promovido por Israel contra o povo palestino.

Segundo reportagem da Hispantv, o texto vetado havia sido apresentado pelos 10 membros não permanentes do Conselho de Segurança e buscava aprovar um cessar-fogo permanente, além de garantir a prestação urgente de assistência às vítimas dos bombardeios na Faixa de Gaza. Para o Hamas, o posicionamento dos Estados Unidos não apenas obstrui soluções diplomáticas, como também funciona como um sinal verde para que Israel mantenha “a matança, a fome e os ataques brutais e criminosos” na região.

No comunicado, o Hamas destacou sua gratidão aos países que apresentaram a proposta de cessar-fogo na ONU:

“Agradecemos aos 10 países que submeteram o projeto de resolução ao Conselho de Segurança e apelamos a eles, a todos os países e às instituições internacionais para que continuem pressionando o gabinete de Netanyahu, um criminoso de guerra, para que interrompa a agressão e impeça que o genocídio na Palestina continue”, afirmou o movimento.

Histórico de vetos dos EUA

Este não foi o primeiro bloqueio de Washington a iniciativas que buscavam um cessar-fogo imediato em Gaza. Em 3 de junho, os Estados Unidos também impediram a aprovação de uma resolução que exigia “um cessar-fogo imediato, incondicional e permanente” e garantia o acesso irrestrito de ajuda humanitária.

De acordo com o Hamas, além do respaldo diplomático, Washington oferece apoio militar, financeiro e político ao governo israelense, o que contribui para a perpetuação da ofensiva. Desde o início do conflito, os EUA já vetaram seis resoluções do Conselho de Segurança da ONU que tinham como objetivo frear os ataques contra a Faixa de Gaza.

A escalada da violência, somada à paralisia diplomática, reforça o impasse internacional diante da crise humanitária que atinge milhões de palestinos.

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