Governo Trump amplia restrições financeiras contra Harvard
Departamento de Educação amplia “monitoramento financeiro reforçado” e exige carta de crédito de US$ 36 milhões
247 - O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensificou as medidas contra a Universidade de Harvard, impondo restrições adicionais ao acesso da instituição a recursos federais. Segundo a agência Reuters, o Departamento de Educação estadunidense colocou Harvard sob “monitoramento financeiro reforçado”. Isso significa que a universidade, localizada em Cambridge, Massachusetts, terá de usar seu próprio caixa para pagar bolsas e auxílios antes de reaver os valores junto ao governo. Além disso, foi exigida uma carta de crédito de US$ 36 milhões como garantia.
Disputa sobre admissões e ideologia nas universidades
Em outra correspondência, o Escritório de Direitos Civis do Departamento de Educação alertou que pode adotar medidas adicionais se Harvard não apresentar documentos que comprovem não utilizar critérios raciais ilegais em seus processos de seleção de alunos.
O governo Trump vem acusando a universidade de promover “ideologias antissemitas e de esquerda radical”. Até o momento, Harvard não respondeu aos pedidos de comentário sobre as novas exigências.
Impactos financeiros e cortes na instituição
Apesar de possuir um fundo patrimonial estimado em US$ 53 bilhões, Harvard anunciou cortes de gastos e demissões nos últimos meses. Em julho, a instituição alertou que os efeitos combinados das ações federais poderiam reduzir em até US$ 1 bilhão por ano o seu orçamento.
A disputa chegou à Justiça: neste mês, um juiz determinou que o governo havia encerrado de forma irregular mais de US$ 2 bilhões em bolsas de pesquisa concedidas à universidade.
Trump exige pagamento milionário
Durante uma reunião de gabinete, Donald Trump afirmou que Harvard deveria pagar “nada menos que US$ 500 milhões”, argumentando que a universidade “tinha sido muito ruim”.