247 - O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensificou as medidas contra a Universidade de Harvard, impondo restrições adicionais ao acesso da instituição a recursos federais. Segundo a agência Reuters, o Departamento de Educação estadunidense colocou Harvard sob “monitoramento financeiro reforçado”. Isso significa que a universidade, localizada em Cambridge, Massachusetts, terá de usar seu próprio caixa para pagar bolsas e auxílios antes de reaver os valores junto ao governo. Além disso, foi exigida uma carta de crédito de US$ 36 milhões como garantia.
<h2>Disputa sobre admissões e ideologia nas universidades</h2>
Em outra correspondência, o Escritório de Direitos Civis do Departamento de Educação alertou que pode adotar medidas adicionais se Harvard não apresentar documentos que comprovem não utilizar critérios raciais ilegais em seus processos de seleção de alunos.
O governo Trump vem acusando a universidade de promover “ideologias antissemitas e de esquerda radical”. Até o momento, Harvard não respondeu aos pedidos de comentário sobre as novas exigências.
<h2>Impactos financeiros e cortes na instituição</h2>
Apesar de possuir um fundo patrimonial estimado em US$ 53 bilhões, Harvard anunciou cortes de gastos e demissões nos últimos meses. Em julho, a instituição alertou que os efeitos combinados das ações federais poderiam reduzir em até US$ 1 bilhão por ano o seu orçamento.
A disputa chegou à Justiça: neste mês, um juiz determinou que o governo havia encerrado de forma irregular mais de US$ 2 bilhões em bolsas de pesquisa concedidas à universidade.
<h2>Trump exige pagamento milionário</h2>
Durante uma reunião de gabinete, Donald Trump afirmou que Harvard deveria pagar “nada menos que US$ 500 milhões”, argumentando que a universidade “tinha sido muito ruim”.

Paulo Emilio

Manifestantes se opõem a medidas de Trump contra a Universidade de Harvard 

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Mundo

Governo Trump amplia restrições financeiras contra Harvard

247 - Renê da Silva Nogueira Júnior, 47 anos, suspeito de matar o gari Laudemir de Souza Fernandes, 44, em Belo Horizonte, é formado em Harvard e afirma ter quase três décadas de atuação como executivo em grandes empresas.&nbsp;
Ele foi detido pela Polícia Militar na tarde de segunda-feira (11), enquanto se exercitava em uma academia de alto padrão na região Centro-Sul da capital.
<h3>Perfil profissional</h3>
No LinkedIn, Renê se apresenta como executivo C-Level e declara ter 27 anos de experiência no setor de alimentos e bebidas, com passagens por empresas como Coca-Cola, Vigor, Red Bull e Ambev. Sua formação inclui PUC-Rio, FGV, Ibmec, USP, ESPM e Harvard Business School. Há menos de duas semanas, havia assumido o cargo de diretor de negócios da Fictor Alimentos LTDA, que afirmou repudiar “veementemente” a conduta e manifestou solidariedade à família da vítima.
<h3>Dinâmica do crime</h3>
O crime ocorreu por volta das 9h, no bairro Prado. De acordo com testemunhas, o caminhão de coleta de lixo onde Laudemir trabalhava estava parado para recolher resíduos quando o motorista de um BYD cinza, identificado como Renê, reclamou que o veículo atrapalhava o trânsito. Armado, ele teria ameaçado a condutora do caminhão, dizendo que “iria dar um tiro na cara” dela, recarregado a arma e disparado contra o gari, atingindo-o na região das costelas.
Laudemir foi socorrido ao Hospital Santa Rita, em Contagem, mas morreu em decorrência dos ferimentos. A perícia recolheu no local um cartucho intacto e outro deflagrado, ambos calibre .380. Após o disparo, o suspeito fugiu pela avenida Tereza Cristina e foi localizado horas depois.
(Com informações do portal O Tempo)

Luis Mauro Filho

Renê da Silva Nogueira Júnior, suspeito de matar a tiros o Gari Laudemir de Souza Fernandes, em Belo Horizonte

Brasil

Empresário que matou gari é formado em Harvard e diz ter quase 30 anos de experiência executiva

247 - A administração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, iniciou uma nova investigação contra a Universidade de Harvard, desta vez relacionada à sua participação no programa federal de vistos para estudantes e professores estrangeiros. A informação foi divulgada pelo The New York Times, que teve acesso à carta enviada pelo secretário de Estado, Marco Rubio, ao presidente interino da universidade, Dr. Alan M. Garber.
Segundo o documento, a investigação se concentra na atuação de Harvard no Exchange Visitor Program, voltado a estudantes, professores, pesquisadores, estagiários e outros visitantes internacionais. A carta não apresenta acusações específicas, mas afirma que o processo tem como objetivo “auxiliar o departamento a cumprir suas metas de política pública”.
<h3>Prazo de uma semana e amplas exigências</h3>
O secretário deu à universidade o prazo de uma semana para fornecer um conjunto extenso de documentos relacionados ao programa de vistos. A equipe de Rubio também indicou que poderá entrevistar funcionários ligados ao programa, além de titulares dos vistos.
Em nota, Marco Rubio afirmou que a medida busca assegurar que o programa “não comprometa os interesses de segurança nacional dos Estados Unidos”. Ele declarou: “O povo americano tem o direito de esperar que suas universidades respeitem a segurança nacional, cumpram a lei e ofereçam ambientes seguros para todos os estudantes”.
A Universidade de Harvard reagiu à ação do governo em comunicado, classificando a investigação como “mais um passo retaliatório da administração, em violação aos direitos garantidos pela Primeira Emenda”. A instituição acrescentou que continua comprometida com o cumprimento das regras federais e com o apoio à sua comunidade internacional durante o processo de obtenção de vistos e retorno ao campus.
<h3>Contexto de litígio e pressões recentes</h3>
A carta de Rubio foi enviada dois dias após uma audiência judicial em Boston, na qual a juíza federal Allison D. Burroughs manifestou ceticismo em relação às medidas do governo contra a universidade. Ela questionou a legalidade das tentativas da administração de vincular o financiamento federal a exigências administrativas específicas.
A juíza já havia bloqueado anteriormente duas tentativas do governo de impedir Harvard de matricular estudantes internacionais: uma decisão do Departamento de Segurança Interna e uma proclamação do presidente Trump. Apesar disso, em decisão de junho, Burroughs reconheceu que o governo pode solicitar documentos e realizar investigações rotineiras sobre o cumprimento de normas federais.
<h3>Ações paralelas contra a universidade</h3>
Desde a retomada das negociações entre o governo e Harvard sobre admissões, contratações e currículo, a administração federal adotou outras medidas contra a instituição. Harvard passou a ser alvo de uma investigação por supostas violações de direitos civis e teve sua acreditação questionada, o que pode afetar o acesso de seus estudantes a financiamentos federais.
Além disso, agentes do U.S. Immigration and Customs Enforcement (ICE) entregaram intimações que exigem documentos como registros de folha de pagamento, arquivos disciplinares e vídeos de manifestações de estudantes estrangeiros desde 2020.
Rubio também tem pressionado o Departamento do Tesouro para investigar a eventual violação de sanções federais por parte da universidade, ao participar de uma conferência sobre seguros de saúde na China, que pode ter incluído autoridades sancionadas pelos EUA.
A ofensiva do governo inclui ainda a ampliação da triagem de redes sociais de candidatos a vistos e a proposta de restrição de vistos para estudantes chineses, apesar da declaração recente do presidente Trump de que esses estudantes são bem-vindos no país como parte de um acordo comercial com a China.

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Trump investiga Harvard por vistos de estudantes em nova ofensiva contra a universidade

BOSTON (Reuters) - O governo Trump recuou nesta quinta-feira dos planos de revogar imediatamente a permissão da Universidade de Harvard de matricular estudantes estrangeiros e, em vez disso, deu a ela 30 dias para contestar esses planos por meio de um processo administrativo mais longo.
Na quarta-feira, o Departamento de Segurança Interna dos EUA enviou a Harvard uma notificação de intenção de retirar a certificação da instituição em um programa federal de matrícula de estudantes estrangeiros.
O Departamento de Justiça apresentou a notificação no tribunal antes de uma audiência com a juíza distrital Allison Burroughs, em Boston, sobre a extensão de uma ordem temporária que impede o governo do presidente Donald Trump de revogar o direito da universidade de receber estudantes internacionais.
Citando o potencial de Harvard e seus alunos serem prejudicados se a administração voltasse aos planos anteriores, Burroughs disse naquela audiência que planejava emitir uma ampla liminar preservando o status quo enquanto o processo administrativo recém-anunciado se desenrola.
Harvard argumentou que a revogação violou seus direitos de liberdade de expressão e de devido processo legal sob a Constituição dos EUA. Além disso, Harvard alegou que a revogação não estava em conformidade com os regulamentos do Departamento de Segurança Interna. As normas exigiam o fornecimento de pelo menos 30 dias para contestar as alegações da agência e dar a Harvard a oportunidade de entrar com um recurso administrativo.
Harvard disse que perder esse direito afetaria cerca de um quarto de seu corpo discente e devastaria a instituição. Ela negou as acusações do governo Trump de suposta parcialidade contra os conservadores, promoção do antissemitismo no campus e coordenação com o Partido Comunista Chinês.
O Departamento de Segurança Interna afirmou que enviou a notificação a Harvard depois que as autoridades da universidade indicaram a intenção de cumprir os requisitos do Programa Federal de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio, que permite que Harvard matricule estudantes de fora dos EUA.
"Continuamos a rejeitar o padrão repetido de Harvard de colocar em risco seus alunos e disseminar o ódio norte-americano -- ela deve mudar seu comportamento para se qualificar para receber benefícios generosos do povo norte-americano", disse a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, em um comunicado.
Harvard não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

Bianca Penteado

Presidente dos EUA, Donald Trump - 26/05/2025


Trump recua e dá a Harvard 30 dias para contestar fim das matrículas de estudantes estrangeiros

Reuters - A Universidade de Harvard processou o governo Trump na sexta-feira devido à decisão do presidente Donald Trump de revogar a habilitação da instituição de matricular estudantes internacionais.
Em uma ação apresentada no tribunal federal de Boston, Harvard chamou a revogação de "violação flagrante" da Constituição dos EUA e de outras leis federais, e teve um "efeito imediato e devastador" sobre a universidade e mais de 7.000 portadores de visto.
"Com uma canetada, o governo busca eliminar um quarto do corpo discente de Harvard, estudantes internacionais que contribuem significativamente para a Universidade e sua missão", disse Harvard.
"É o ato mais recente do governo em clara retaliação por Harvard ter exercido seus direitos da Primeira Emenda para rejeitar as exigências do governo de controlar a governança, o currículo e a 'ideologia' do corpo docente e dos alunos de Harvard", acrescentou a universidade.
Na quinta-feira, a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, ordenou o cancelamento da certificação do Programa de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio de Harvard, a partir do ano acadêmico de 2025-2026.
Ela acusou Harvard de "promover a violência, o antissemitismo e a coordenação com o Partido Comunista Chinês".

Harvard processa governo Trump por bloquear matrícula de estudantes estrangeiros

247 - O Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA (HHS) anunciou o encerramento de subsídios federais de US$ 60 milhões destinados à Universidade de Harvard, sob a alegação de que a instituição não teria adotado medidas eficazes para coibir o assédio antissemita e a discriminação étnica entre seus estudantes, informa a Reuters. A decisão faz parte de uma série de ações do governo de Donald Trump, voltadas a condicionar o repasse de recursos públicos à adoção de políticas que, em sua visão, corrijam “ideologias antiamericanas, marxistas e de esquerda radical” no meio acadêmico.
Segundo comunicado publicado no X pelo HHS, “devido à falha contínua da Universidade de Harvard em lidar com o assédio antissemita e a discriminação racial, o HHS está encerrando diversas concessões de bolsas plurianuais... durante toda a sua duração”. A nota reforça que, além das bolsas atuais, o governo já congelou ou encerrou contratos e subsídios federais que somam quase US$ 3 bilhões nas últimas semanas — medidas aplicadas também a outras instituições, como a Universidade Columbia de Nova York, alvo de acusações semelhantes.
Desde janeiro deste ano, o presidente dos EUA, Donald Trump, tem utilizado seu poder executivo para revisar e, em muitos casos, suspender financiamentos públicos a centros de pesquisa que, segundo ele, abrigam manifestações contrárias aos valores nacionais. O governo argumenta que a adoção de critérios de raça ou origem étnica no processo seletivo, combinada à tolerância de protestos vistos como hostis a Israel, configuraria violação de diretrizes federais contra discriminação.
Representantes de Harvard afirmaram que a universidade “não pode absorver o custo total” das bolsas suspensas e estão trabalhando com pesquisadores afetados para ajudá-los a buscar fontes alternativas de financiamento. Em comunicado oficial, a instituição sediada em Cambridge, Massachusetts, destacou ainda que entrou com um processo judicial contra o governo Trump, questionando a legalidade do corte de recursos e defendendo sua autonomia acadêmica.
O episódio se insere em um contexto mais amplo de mobilizações estudantis pró-Palestina que, no ano passado, ganharam força em diversos campi dos Estados Unidos. Em 14 de outubro de 2023, manifestantes pró-Palestinos reuniram-se na Universidade de Harvard para demonstrar apoio aos palestinos em Gaza, contra o genocídio perpetrado por Israel.&nbsp;
No início de maio, Harvard chegou a um acordo com um estudante judeu ortodoxo que alegava ter sido alvo de antissemitismo na universidade. O entendimento foi firmado quatro meses depois de a instituição prometer “proteções adicionais para estudantes judeus” como parte da resolução de dois processos judiciais que acusavam o campus de tolerar um ambiente hostil a alunos dessa comunidade. Apesar disso, o governo federal considerou insuficientes as mudanças internas e decidiu pelo corte do financiamento.
Analistas jurídicos observam que a disputa pode ir longe, pois envolve princípios constitucionais de liberdade acadêmica e cláusulas de não discriminação em programas financiados pelo governo federal. Caso o tribunal dê razão a Harvard, a decisão do HHS poderá ser revertida, mas isso só deve ser conhecido após meses de tramitação.
Enquanto isso, pesquisadores e alunos impactados já buscam alternativas, desde doações filantrópicas até parcerias internacionais. Algumas faculdades associadas à Ivy League também monitoram de perto o desdobramento, temendo que ações semelhantes atinjam seus próprios orçamentos e comprometam projetos de pesquisa de longo prazo.
A controvérsia em Harvard lança luz sobre o peso do financiamento federal na manutenção da pesquisa nos EUA e sobre os limites entre supervisão estatal e independência universitária. Com a tramitação judicial em curso, os próximos capítulos ainda são incertos, mas a questão do antissemitismo em campus americanos segue no centro do debate público e político.

José Reinaldo

EUA cancelam financiamento de 60 milhões de dólares para bolsas de Harvard por suposto antissemitismo

247 - Professor emérito da Universidade de Harvard (EUA) e ex-reitor da Escola de Governo Kennedy (HKS), Joseph S. Nye Jr. morreu na última terça-feira (6) aos 88 anos. 
A morte foi anunciada por Jeremy M. Weinstein, atual reitor da HKS, em e-mail enviado a professores, funcionários e alunos na tarde desta quarta-feira (7). A informação foi divulgada pela agência Xinhua.
O estudioso é conhecido por ter cunhado, nos anos 1980, o termo “soft power”, usado para descrever a influência de um país no cenário internacional por meios não militares, como cultura, valores e diplomacia.
O professor entrou no corpo docente de Harvard em 1964, após obter seu doutorado. Foi reitor da HKS de 1995 e 2004. Foi secretário-assistente de Defesa para Assuntos de Segurança Internacional no governo do ex-presidente dos EUA Bill Clinton.

Leonardo Lucena

Geral

Morre aos 88 anos Joseph Nye, teórico das relações internacionais e criador do conceito de “soft power”

247 – A Universidade de Harvard entrou na Justiça contra o governo dos Estados Unidos para impedir o congelamento de mais de US$ 2,2 bilhões em subsídios federais. O bloqueio dos recursos compromete diretamente as atividades de pesquisa científica e médica da instituição, uma vez que essas áreas dependem do financiamento público.
O embate entre o governo norte-americano e a instituição ganhou força depois que a administração de Donald Trump enviou uma carta a Harvard, no início deste mês, exigindo reformas nas políticas de admissão da universidade, além de mudanças administrativas na instituição.
Em resposta, o presidente interino de Harvard, Alan Garber, afirmou que a universidade não cederia às pressões políticas. “Nenhum governo — independentemente do partido que estiver no poder — deve ditar o que universidades privadas podem ensinar, quem podem admitir ou contratar, e quais áreas de estudo e pesquisa podem seguir”, afirmou Garber.
Poucas horas após o posicionamento, o governo de Trump suspendeu o repasse de bilhões de dólares em recursos. A pressão faz parte de uma estratégia do republicano de usar o financiamento público como instrumento para moldar o comportamento das universidades, forçando-as a se alinhar à agenda política trumpista.

Presidente dos EUA, Donald Trump, no Salão Oval da Casa Branca - 17/04/2025 

Harvard processa governo Trump para impedir o congelamento de recursos federais

247 – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou nesta quinta-feira (17) a Universidade de Harvard de ser “antissemita” e a chamou de “desgraça”. A declaração acontece na mesma semana em que o governo norte-americano suspendeu US$ 2,2 bilhões em repasses federais para a instituição.
"Harvard é uma desgraça, o que eles fizeram é uma desgraça, eles são obviamente antissemitas", disse Trump em coletiva de imprensa no Salão Oval.
A suspensão dos recursos ocorreu após a reitoria da instituição se recusar a cumprir com exigências do governo. Entre as demandas da administração federal estão o fim de programas de DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão) e mudanças naqueles que, segundo o Executivo, estariam "alimentando o assédio antissemita". Harvard foi cenário de protestos pró-Palestina realizados por estudantes em meio ao desenrolar do conflito na Faixa de Gaza.
Em uma carta assinada por dois advogados da universidade dirigida ao governo federal, Harvard afirmou que "não renunciará à sua independência, nem aos direitos que a Constituição lhe garante".

Presidente dos EUA, Donald Trump - 31/03/2025

Trump acusa Harvard de ser "antissemita" após universidade não cumprir exigências do governo

Por Pedro Paiva, correspondente do Brasil 247 em Nova York
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a atacar uma das universidades mais prestigiadas do país, a Universidade de Harvard, ameaçando usar a Receita Federal (IRS) para reavaliar o status de isenção fiscal da instituição. Segundo Trump, Harvard — assim como outras universidades de elite — estaria promovendo o que ele chama de “doutrinação da extrema esquerda radical”, o que, em sua visão, justificaria uma revisão de seus privilégios fiscais.
A declaração foi feita na terça-feira (16), em sua plataforma Truth Social, e repercutida amplamente na imprensa americana. “Se Harvard continuar a se envolver com o radicalismo de esquerda e com ações antissemitas em seus campi, deveremos considerar uma investigação completa sobre seu status de isenção de impostos”, afirmou o presidente.
De acordo com reportagem publicada pelo <a href="https://thehill.com/homenews/education/5254365-trump-harvard-tax-exempt-status-what-to-know/">The Hill</a>, Trump tem intensificado suas críticas às universidades de elite como parte de sua estratégia de governo e de mobilização de sua base. A matéria destaca que a ameaça de reavaliar a isenção fiscal de Harvard se insere num discurso mais amplo do presidente contra o que ele considera ser o “marxismo cultural” difundido em instituições acadêmicas.
A isenção de impostos para universidades privadas como Harvard é garantida pela legislação americana, sob o argumento de que essas instituições prestam serviços educacionais de interesse público. Harvard, especificamente, possui uma das maiores dotações financeiras do mundo, estimada em mais de 50 bilhões de dólares. A tentativa de vincular benefícios fiscais a posturas ideológicas levanta preocupações sobre o uso político de instituições estatais, como o IRS.
A ameaça de Trump também se dá em meio a crescentes tensões nos campi universitários sobre temas como a guerra em Gaza, liberdade de expressão e diversidade. Harvard tem sido um dos principais focos de protestos, críticas e investigações, inclusive por parte do Congresso americano, que vem pressionando a administração da universidade a responder por alegações de antissemitismo e parcialidade ideológica.
A matéria do The Hill observa que, embora o IRS seja uma agência independente, mudanças em políticas de isenção fiscal exigiriam base legal e poderiam enfrentar resistência judicial, além de mobilizações por parte da comunidade acadêmica e de defensores da liberdade educacional.
Trump, por sua vez, parece disposto a transformar o tema em uma bandeira política. “Chega de financiar o ódio à América”, declarou, sinalizando que pretende tomar medidas para “disciplinar” instituições que, segundo ele, “se voltaram contra os valores americanos”.
A Universidade de Harvard, até o momento, não se pronunciou oficialmente sobre as ameaças do presidente.

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