<p><b>247 - </b>O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou nesta quarta-feira (8), em Luziânia (GO), da 6ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (VI CNIJMA), evento que reuniu centenas de estudantes, professores e representantes de comunidades de todo o país. A conferência é considerada uma das principais iniciativas de educação ambiental e justiça climática no Brasil, estimulando o debate sobre mudanças climáticas e preservação da biodiversidade dentro das escolas.</p>
<p>O encontro mobilizou mais de 2,2 milhões de pessoas em quase 9 mil escolas espalhadas por 2.307 municípios. A etapa nacional, que ocorre até o dia 10 de outubro, conta com 800 participantes e reforça a importância da juventude como protagonista da agenda ambiental brasileira.</p>
<h2>Lula: "a juventude é a solução para o planeta"</h2>
<p>Durante a conversa com os estudantes, Lula ressaltou a importância da participação das novas gerações no enfrentamento da crise climática. “Temos condição de fazer com que a educação do clima não seja uma coisa eventual e faça parte sistematizada do dia a dia e da nossa cultura. Esta conferência é um exemplo disso. Se quase 3 mil municípios e os 27 estados envolveram milhões de crianças e milhares de professores, isso é uma revolução sendo feita”, afirmou.</p>
<p>O presidente destacou ainda que a experiência mostra um processo intergeracional. “A meninada não veio aqui para me ouvir, vieram para me ensinar como é que a juventude brasileira conhece a questão do clima”, disse.</p>
<h2>Educação, transformação e consciência social</h2>
<p>O ministro da Educação, Camilo Santana (PT), enfatizou o impacto da pauta ambiental nas escolas. “Foi um ano inteiro de discussão nas escolas brasileiras, mas o tema tem que ser permanente e em todos os níveis escolares. É impressionante como filhos e filhas vão para a casa e mexem na consciência dos pais em relação ao meio ambiente”, destacou.</p>
<p>Já a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, celebrou os avanços recentes na redução do desmatamento: 46% na Amazônia, 25% no Cerrado e 77% no Pantanal. “Celebro a decisão corajosa do Brasil em ser o único país com o compromisso de desmatamento zero até 2030”, afirmou. Ela reforçou também a importância de aliar justiça ambiental e justiça social para garantir um futuro democrático e sustentável.</p>
<h2>Preparação para a COP30 em Belém</h2>
<p>A conferência infantojuvenil faz parte da preparação do Brasil para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que será realizada em novembro de 2025, em Belém (PA). Marina Silva ressaltou que o país pretende sediar o encontro como a “COP da Verdade, da Implementação e da Justiça Climática”.</p>
<p>O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo (PT), lembrou que a retomada das conferências nacionais foi um pedido de Lula para fortalecer a participação popular. “Precisamos de uma sociedade socialmente justa e ambientalmente equilibrada. É fundamental que a escola trate dos temas ambientais para formar uma geração que não repita os problemas atuais”, declarou.</p>
<h2>Diversidade e protagonismo infantojuvenil</h2>
<p>A edição deste ano também reforça a pluralidade cultural e social do Brasil: 1.478 escolas da zona rural, 186 indígenas e 139 quilombolas participaram do processo, além de unidades localizadas em áreas de risco socioambiental e que atendem estudantes com deficiência.</p>
<p>Entre as produções apresentadas pelos jovens, destacam-se a Carta Compromisso e a Carta Musical “Raiz que Floresce”, inspiradas em uma lenda guarani e que simbolizam o engajamento das novas gerações na construção de um país mais justo, solidário e sustentável.</p>

Guilherme Levorato

6ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (CNIJMA)

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Brasil Sustentável

Lula: "a solução do planeta está na participação da nossa juventude"

<p><b>Por Daniella Almeida, repórter da Agência Brasil - </b>Cerca de 6,7% (10.541) das escolas brasileiras e quase 6,1% (2,51 milhões) dos alunos da educação básica foram impactados com a suspensão de atividades escolares em 2024 devido aos eventos climáticos extremos. Os dados da pesquisa suplementar sobre diversidade e inclusão do Censo Escolar 2024 foram apresentados nesta segunda-feira (6), durante a 6ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (6ª CNIJMA), em Luziânia (GO), que neste ano tem o tema “Vamos transformar o Brasil com Educação e Justiça Climática”.</p>
<p>Idealizadora da primeira Conferência, realizada em 2003, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Marina Silva, disse que as crianças e os idosos são os mais afetados pelas mudanças climáticas e pelo clima extremo. “As ondas de calor prejudicam muito mais as crianças e os idosos. Quando tem os incêndios, são as crianças que pagam o preço mais alto com problemas respiratórios.”</p>
<p>Por isso, a ministra justificou a necessidade de realização dessas conferências para dar voz ao público infantojuvenil para que cobre a justiça socioambiental e foque no enfrentamento de desigualdades para combater as mudanças do clima.</p>
<blockquote>“Uma das principais ferramentas para essa transformação é a mudança de mentalidade que ajuda a produzir também mudança de atitude. Desde 2003, essa é a lógica das conferências, em uma abordagem adequada à linguagem das crianças, criando ao mesmo tempo o diagnóstico do problema, mas tendo o cuidado de colocar as soluções para que se crie também um espaço de esperança”, afirmou a ministra Marina Silva.</blockquote>
<p>O evento conta com cerca de 800 pessoas de todo o país, entre delegados infantojuvenis de 11 a 14 anos; professores, acompanhantes e representantes das comissões organizadoras estaduais. &nbsp;</p>
<h2>COP da implementação</h2>
<p>A 6ª CNIJMA é um dos eventos preparatórios à Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), que será realizada em Belém, em novembro, sob a liderança do governo brasileiro.</p>
<p>O ponto de vista das crianças e dos adolescentes durante a Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente, nesta semana, será levado ao Balanço Ético Global (BEG), no centro da COP30.&nbsp;</p>
<blockquote>“A voz das crianças será levada para o Balanço Ético Global, que será apresentado na COP30, na versão que elas mesmas fizeram. Ao mesmo tempo, que [as propostas concretas] estão sendo levadas para negociadores, para tomadores de decisão, da forma adequada em que isso pode ser feito.”</blockquote>
<p>“São as crianças e os jovens que estão jogando na frente dos adultos para dizer que não dá para continuar sem fazer o que precisa ser feito. Por isso, a COP30 está ligada a essa conferência [infantojuvenil].”</p>
<p>A ministra entende que a 30ª edição da Conferência das Nações Unidas, pela primeira vez na Amazônia brasileira, será a COP da implantação de medidas que são discutidas desde a Rio92, 33 anos antes.</p>
<blockquote>“Nós já tomamos decisões muito importantes em relação a viabilizar recursos na ordem de R$1,3 trilhão; de triplicar a energia renovável; de duplicar a eficiência energética, de fazer a transição para o fim do desmatamento e do uso de combustível fóssil. As decisões políticas já foram tomadas. A maior parte das respostas técnicas já existem. O que precisa é o compromisso político e ético de fazer com que essas decisões sejam implementadas. Por isso, o presidente Lula tem dito que essa tem que ser a COP da verdade.”</blockquote>
<h2>Mobilização nacional</h2>
<p>A 6ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente será realizada até sexta-feira (10) e envolve, sobretudo, estudantes de 11 a 14 anos matriculados em turmas do 6º ao 9º ano do ensino fundamental, que podem ser delegados do evento.</p>
<p>Desde o primeiro semestre, a 6ª CNIJMA mobilizou 8.732 escolas, em 2.307 municípios brasileiros. Entre essas, 1.293 escolas estavam localizadas em áreas de risco socioambiental e 158 atendiam estudantes com deficiência (PCDs).</p>
<p>O MEC ainda contabiliza o envolvimento de 1.478 escolas da zona rural, 186 indígenas e 139 quilombolas, de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal.  &nbsp;</p>
<p>A programação da etapa nacional conta com atividades culturais, gincanas, oficinas, painéis e diálogos com adultos, entre outros, até sexta-feira.</p>
<p>O evento foi organizado pelos ministérios da Educação (MEC) e do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).</p>

VI Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente

Em conferência, jovens debatem propostas para levar à COP30

<p><b>247 - </b>O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), afirmou que o estado ocupa hoje posição de destaque na aplicação de inteligência artificial (IA) na América Latina. A declaração foi feita nesta terça-feira (30), durante participação no Brasília Summit, evento promovido pelo grupo Lide e que reúne autoridades, especialistas e empresários para debater a revolução tecnológica no país e seus impactos no desenvolvimento nacional.</p>
<p>Segundo Caiado, o Centro de Excelência em Inteligência Artificial, criado em parceria com a Universidade Federal de Goiás em 2019, tornou-se o maior do continente. “É reconhecido pelas grandes empresas de tecnologia, aplicando inteligência artificial em parceria com grandes empresas, como também desenvolvendo áreas do nosso governo".</p>
<h2>Investimentos e parcerias estratégicas</h2>
<p>Desde a inauguração do centro, Goiás já investiu mais de R$ 80 milhões na área, criando um ambiente propício para inovação. O governador destacou que o hub de tecnologia do estado já acelerou mais de 160 startups. Além disso, Goiás busca cooperação internacional com países como Índia e Estados Unidos, ampliando o intercâmbio científico e tecnológico.</p>
<p>Caiado ressaltou que a legislação brasileira precisa avançar para não sufocar a criatividade e a inovação.&nbsp;</p>
<h2>Educação e novas vocações</h2>
<p>O impacto da tecnologia já se reflete na educação. O governador revelou que, no último vestibular, cursos de inteligência artificial e ciência da computação ultrapassaram medicina em número de inscrições e notas de aprovação. “Em Goiás, no Enem, as maiores notas a vida toda eram em Medicina. No último vestibular, Medicina ficou em terceiro lugar. Primeiro lugar, inteligência artificial e depois ciência da computação”, afirmou.</p>
<p>Segundo Caiado, a disciplina de inteligência artificial será incluída na grade curricular da rede pública de ensino.</p>
<h2>Inovação aplicada em diferentes setores</h2>
<p>Caiado citou exemplos de uso da inteligência artificial já em prática no estado. Na saúde, softwares desenvolvidos em parceria com a Índia auxiliam no controle de leitos, medicamentos e procedimentos cirúrgicos. Na segurança pública, startups criadas por jovens brasileiros em Goiás desenvolvem sistemas de monitoramento e combate à violência.</p>
<p>No agronegócio, a tecnologia permite identificar pragas em centímetros, reduzindo pulverizações e tornando o controle mais eficiente e sustentável. Já no transporte público, o estado conta com uma frota de 500 ônibus movidos a biometano, combustível limpo produzido integralmente no Brasil.</p>
<h2>Projeção internacional e futuro da inovação</h2>
<p>O governador defendeu que o país precisa evitar perder cérebros para o exterior, como já aconteceu em áreas ligadas à Embrapa. Para ele, o Brasil tem todas as condições de se tornar referência mundial em inteligência artificial, desde que ofereça liberdade regulatória e incentivo ao desenvolvimento.</p>
<p>“Governar é estar antenado e saber para onde direcionar o país. Goiás hoje é o primeiro lugar em aplicação de inteligência artificial na América Latina”, concluiu Caiado.</p>
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Mídia

Goiás lidera aplicação de inteligência artificial e aposta em educação para o futuro, diz Caiado

<p><b>247 – </b>Pais e responsáveis já começam a preparar o bolso para 2026. Segundo levantamento do <b>Grupo Rabbit</b>, consultoria especializada em instituições privadas de ensino, as mensalidades das escolas particulares devem sofrer um reajuste médio de <b>9,8%</b> no próximo ano letivo, mais que o dobro da inflação projetada para 2025 pela pesquisa Focus do Banco Central, que aponta para <b>4,83%</b>. A informação foi divulgada em <a href="https://oglobo.globo.com/economia/noticia/2025/09/29/reajuste-de-mensalidade-escolar-em-2026-deve-ser-o-dobro-da-inflacao.ghtml">reportagem</a> do jornal <b>O Globo</b>.</p>
<p>O estudo ouviu 308 escolas de todas as regiões do país e revela que a alta será mais pesada para as famílias do que em anos anteriores. Em 2023, o aumento médio foi de 9,3% e, em 2024, chegou a 9,5%. Agora, a expectativa é que a maioria dos colégios comunique os novos valores ainda neste fim de setembro, quando começam as renovações de matrícula.</p>
<h2>Fatores que explicam os reajustes</h2>
<p>De acordo com Christian Coelho, CEO do Grupo Rabbit, três elementos pesam no cálculo das escolas: a inflação acumulada no período, que chegou a 5,13% nos 12 meses até agosto, os investimentos feitos no ano anterior e os reajustes salariais de professores e funcionários.</p>
<blockquote>&nbsp;“O grande custo das escolas é a manutenção e os investimentos em novas atividades e recursos, como programas bilíngues”, explicou Coelho.</blockquote>
<h2>Exemplos de aumentos no Rio e em São Paulo</h2>
<p>No Rio de Janeiro, os reajustes variam de acordo com a instituição. O Saint John, na Barra da Tijuca, prevê aumentos entre 8,5% e 12,5%, enquanto o Inovar Veiga de Almeida, também na Barra, adota variação de 7% a 11%. A diretora financeira da unidade, Tainá Magaldi, justificou a política progressiva:</p>
<blockquote>&nbsp;“Fazemos uma previsão orçamentária dos projetos e investimentos do ano que vem e decidimos optar por uma tabela progressiva porque quanto antes tivermos as rematrículas, conseguimos uma melhor margem de negociação com os fornecedores.”</blockquote>
<p>Em Laranjeiras, o Colégio Franco definiu alta de 9,97% para todas as séries, embora admita que a transição de segmentos — como do 5º para o 6º ano — pode dar a impressão de reajuste maior. No Colégio CEL, com unidades no Jardim Botânico, Cachambi e Barra, o aumento será de 9,8%, mesmo índice aplicado pelo PH.</p>
<p>Em São Paulo, o Colégio Bandeirantes, na Vila Mariana, comunicou reajuste de <b>11,5%</b>, enquanto o Objetivo, com 14 unidades na capital e região metropolitana, prevê aumentos entre 7,5% e 9,2%.</p>
<h2>Famílias se antecipam e buscam alternativas</h2>
<p>Com os reajustes, muitos pais já buscam estratégias de planejamento. A empresária <b>Cristiane Krassuski</b>, de 40 anos, decidiu mudar as filhas de escola para garantir preços da tabela de 2025:</p>
<blockquote>&nbsp;“Nós nos planejamos para pegar a tabela do ano vigente. Já começo a pagar tudo antes, porque tem taxa de matrícula, material, livros... Tentamos nos antecipar o máximo possível para obter negociações melhores.”</blockquote>
<h2>Endividamento e desafios das instituições</h2>
<p>Segundo o Grupo Rabbit, cerca de 70% das escolas estão mais endividadas hoje do que antes da pandemia. Entre janeiro e abril deste ano, a inadimplência variou entre 4,8% e 5,4%, mas em alguns colégios chega a 20%, como na rede Progressão, da Baixada Fluminense, que aplicará aumento de 9% em 2026.</p>
<p>O diretor da rede, <b>Renato Biancardi</b>, destacou:</p>
<blockquote>&nbsp;“Nossa mensalidade sofreu redução de mais 40% desde a pandemia e não conseguimos recuperar. Trabalhamos para uma camada social muito sensível a crises.”</blockquote>
<p>Mesmo diante da pressão financeira, <b>70,5% das escolas afirmam que investirão em atividades bilíngues e projetos socioemocionais</b>, e mais da metade pretende melhorar a infraestrutura com reformas, troca de mobiliário e equipamentos tecnológicos.</p>
<h2>Especialistas recomendam negociação</h2>
<p>Para o economista <b>André Braz</b>, coordenador do Índice de Preços do Ibre/FGV, os reajustes refletem custos crescentes de energia, aluguel e manutenção, mas ainda há espaço para negociação individual.</p>
<blockquote>&nbsp;“Às vezes o aluno tem ótimo rendimento escolar e interessa para a instituição mantê-lo. Ou o pai tem dois filhos na mesma escola, o que abre espaço para reajuste um pouco menor ou até não reajustar”, avaliou.</blockquote>
<p>O sócio-diretor da rede ZeroHum, <b>Paulo Pereira</b>, afirmou que, embora o reajuste previsto seja de 11%, existe margem para discutir:</p>
<blockquote>“Estamos apostando em investimentos em tecnologia, mas pesam os reajustes dos sistemas de ensino, dos professores e dos aluguéis das unidades. Pode haver flexibilidade a partir da negociação com as famílias.”</blockquote>

Redação Brasil 247

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Economia

Reajuste de mensalidade escolar em 2026 deve ser o dobro da inflação

<p><b>247 – </b>O Ministério da Educação (MEC) promove neste domingo (28/9) a <b>Corrida e Caminhada MEC 95 anos</b>, em comemoração às nove décadas e meia de atuação da pasta na construção de políticas públicas educacionais. O evento, que acontece na Esplanada dos Ministérios, reúne cerca de <b>6 mil participantes</b> e conta com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A informação foi divulgada pela <a href="https://agenciagov.ebc.com.br/noticias/202509/corrida-mec-95-anos-tem-6-mil-pessoas-inscritas" target="_new">Agência Gov</a>, via MEC.</p>
<p>A iniciativa valoriza a integração entre <b>esporte, saúde e educação</b>, mobilizando servidores, terceirizados, estagiários, atletas amadores e a comunidade em geral. Os inscritos se dividiram entre os percursos de 3 km (20%), 5 km (63%) e 10 km (17%). Do total, <b>51% são trabalhadores do MEC e 49% do público externo</b>, com destaque para a participação feminina: <b>58% das inscrições são de mulheres</b> e 42% de homens.</p>
<h2>Ações solidárias e kits distribuídos</h2>
<p>Os competidores retiraram os kits da corrida entre quinta-feira e sábado (27), mediante doação de material escolar — um caderno capa dura brochura (80 a 100 folhas) ou uma caixa de lápis de cor de 12 cores — ou ainda a entrega de um par de tênis esportivo usado em bom estado. O kit inclui número de peito, chip de cronometragem, pulseira de identificação, camiseta e medalha de participação.</p>
<h2>Percurso e organização</h2>
<p>A largada ocorre em frente ao edifício-sede do MEC, com prioridade para os paratletas, passando por <b>cartões-postais de Brasília</b>, como a Catedral Metropolitana e o Congresso Nacional. A chegada também acontece diante do ministério. A ideia da corrida partiu de uma pesquisa interna, na qual trabalhadores do MEC puderam sugerir como gostariam de celebrar os 95 anos da instituição.</p>
<p>Segundo o MEC, a corrida simboliza “um momento coletivo de pertencimento, orgulho e conexão com quem esteve, está e seguirá fazendo parte da educação brasileira”.</p>
<h2>Programação do evento</h2>
<ul>
  <li>&nbsp;<b>6h30</b> – Abertura oficial e concentração dos participantes</li>
  <li>&nbsp;<b>6h45</b> – Aquecimento coletivo</li>
  <li>&nbsp;<b>7h</b> – Largada das provas de 5 km e 10 km</li>
  <li>&nbsp;<b>7h15</b> – Largada da prova de 3 km</li>
  <li>&nbsp;<b>8h30</b> – Fit dance: mexa-se ao som da música</li>
  <li>&nbsp;<b>9h30</b> – Cerimônia de premiação e sorteios</li>
  <li>&nbsp;<b>10h</b> – Show com Adriana Samartini</li>
  <li>&nbsp;<b>11h30</b> – Sorteios especiais</li>
  <li>&nbsp;<b>12h</b> – Samba dos Amigos e encerramento</li>
</ul>
<p>O evento, além de celebrar a história do MEC, busca reforçar a importância da participação popular e da valorização da educação como pilar do desenvolvimento nacional.</p>

Brasília

Com a presença de Lula, corrida e caminhada celebram 95 anos do MEC neste domingo

<p><b>247 – </b>O Prêmio Inspira Brasília 2025 emocionou a comunidade escolar nesta terça-feira (24), em cerimônia realizada na área externa do Brasília Shopping. Criado pelo Governo do Distrito Federal (GDF) em parceria com o Sebrae-DF, o reconhecimento celebrou estudantes, professores, diretores e escolas da rede pública que se destacaram em produções de texto, desenho, fotografia e vídeo sobre a capital. As informações foram publicadas pela <b>Agência Brasília</b>.</p>
<p>A vice-governadora Celina Leão ressaltou que a iniciativa contribui para o fortalecimento da identidade e do sentimento de pertencimento dos jovens em relação à cidade. “Nós precisamos ter essa referência, trazer esse sentimento de pertencimento e a sensação de cidadania. Premiar esses jovens e envolver a comunidade escolar é o caminho para que possamos reforçar a cidadania e o pertencimento”, afirmou.</p>
<h2>Mais de R$ 40 mil em prêmios</h2>
<p>Ao todo, o prêmio envolveu 109 escolas públicas, 229 professores e 2.133 estudantes. Foram distribuídos mais de R$ 40 mil, divididos em 12 categorias. Oito delas foram voltadas exclusivamente para estudantes, cada um recebendo R$ 3 mil.</p>
<p>Para a superintendente do Sebrae-DF, Rose Rainha, o reconhecimento é uma ferramenta para despertar vocações e estimular competências empreendedoras. “O Sebrae vem trabalhando fortemente, mostrando que o empreendedorismo é um dos caminhos. A educação empreendedora acompanha esses alunos, com o apoio da Secretaria de Educação, mostrando seu valor, inspirando e oferecendo para eles as competências do empreendedorismo, para que esses alunos possam enxergar no empreendedorismo um caminho para o futuro profissional”, destacou.</p>
<h2>Inclusão e diversidade</h2>
<p>As categorias foram desenhadas de acordo com a faixa etária e o nível de escolaridade. Para os primeiros anos do Ensino Fundamental, por exemplo, a modalidade escolhida foi desenho. Já para Ensino Médio, Educação de Jovens e Adultos (EJA), Altas Habilidades e Ensino Especial, foram definidas categorias específicas.</p>
<p>A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, destacou o compromisso da premiação com a inclusão. “Na nossa rede, nós temos mais de 30 mil estudantes com algum tipo de deficiência diagnosticada. A gente fica muito feliz de vê-los aqui sendo premiados, porque significa que a rede está atingindo o objetivo, que todos tenham a mesma oportunidade”, disse. “Além de trabalhar a educação empreendedora, nós trabalhamos o amor a essa cidade”, acrescentou.</p>
<h2>Histórias inspiradoras</h2>
<p>O estudante Gabriel Gouveia de Paula, de 17 anos, do Centro Educacional 4 de Taguatinga, conquistou o prêmio na categoria de fotografia. “É claro que isso vai me ajudar bastante, tanto para impulsionar minha carreira como fotógrafo quanto como artista. É uma grande oportunidade de reconhecer o meu trabalho. Agora, eu vou usar o valor do prêmio para investir em equipamentos”, comemorou.</p>
<p>O maior destaque da noite ficou para a categoria <b>Eméritos Inspiradores</b>, que premiou a escola mais engajada com R$ 10 mil. A vencedora foi a Escola Classe Vila do Boa, em São Sebastião. A diretora Stephanie Cardoso afirmou que o recurso será investido na melhoria do espaço de leitura. “Com o prêmio, nós pretendemos melhorar o espaço destinado à leitura das crianças. A gente hoje tem uma sala de leitura que é improvisada. Agora, a ideia é melhorar esse espaço com a aquisição de estantes para tornar o espaço mais atrativo e estimular a leitura dos nossos alunos”, afirmou.</p>

Inspira Brasília valoriza educação pública no GDF

Prêmio Inspira Brasília 2025 reconhece talentos de estudantes, professores e escolas da rede pública

<p><b>247 – </b>Mais de 80% dos estudantes brasileiros afirmam que passaram a prestar mais atenção nas aulas após a restrição ao uso de celulares em sala. Os dados fazem parte de uma pesquisa divulgada pela <b>Agência Brasil</b>, realizada pela Frente Parlamentar Mista da Educação em parceria com o Equidade.info, iniciativa ligada ao Lemann Center da Stanford Graduate School of Education.</p>
<p>O levantamento mostra que o impacto é mais perceptível nos primeiros anos do Ensino Fundamental I, onde 88% dos estudantes disseram estar mais concentrados. Já no Ensino Médio, o índice chega a 70%. Para os organizadores da pesquisa, os números comprovam que a lei sancionada em janeiro de 2025, que proíbe o uso de celulares em escolas, trouxe efeitos práticos para o ambiente de aprendizado.</p>
<h2>Redução do bullying virtual e desafios comportamentais</h2>
<p>A pesquisa também revelou que 77% dos gestores e 65% dos professores perceberam queda no bullying virtual, fenômeno comum no ambiente escolar digitalizado. No entanto, apenas 41% dos alunos disseram sentir essa mudança, o que sugere subnotificação de casos ou dificuldade de percepção pelos próprios estudantes.</p>
<p>Apesar dos avanços, o estudo aponta efeitos colaterais: 44% dos alunos disseram sentir mais tédio nos intervalos e recreios, índice que sobe para 47% entre estudantes do Fundamental I. Além disso, 49% dos professores relataram aumento da ansiedade entre os jovens, especialmente pela ausência do celular como meio de interação.</p>
<h2>Diferenças regionais e percepções políticas</h2>
<p>Regionalmente, o Nordeste apresentou o melhor resultado: 87% dos estudantes apontaram avanços na atenção e no ambiente escolar. No Centro-Oeste e no Sudeste, os índices foram menores, com 82% de avaliação positiva.</p>
<p>O presidente da Frente Parlamentar Mista da Educação, deputado <b>Rafael Brito</b>, destacou a importância da medida:</p>
<blockquote>&nbsp;“Proteger nossos estudantes do uso do celular em sala de aula é garantir um ambiente mais saudável e focado no aprendizado. O resultado que vemos hoje é a confirmação de que a educação precisa ser prioridade, com políticas que cuidem do presente e preparem o futuro dos nossos jovens.”</blockquote>
<p>Já a presidente do Equidade.info, <b>Claudia Costin</b>, alertou que ainda há obstáculos a enfrentar:</p>
<blockquote>&nbsp;“Houve uma queda significativa no bullying virtual na visão dos gestores, mas é crucial ouvirmos os estudantes que ainda sentem o problema. Ou seja, a conclusão é que a restrição foi positiva, mas sozinha não basta: as escolas precisam criar alternativas de interação e estratégias específicas para cada idade.”</blockquote>
<h2>Estratégias pedagógicas e futuro da lei</h2>
<p>Para o coordenador do Equidade.info e docente da Stanford, <b>Guilherme Lichand</b>, os dados reforçam a necessidade de estratégias pedagógicas adaptadas:</p>
<blockquote>&nbsp;“Os resultados confirmam que a regulação do uso de celulares trouxe ganhos importantes para o aprendizado. Mais do que limitar o uso do telefone celular, a lei abre espaço para repensarmos como a escola se conecta com os alunos. O próximo passo é garantir que a aplicação da lei seja efetiva em todas as etapas, respeitando as particularidades de cada contexto escolar.”</blockquote>
<p>Segundo Lichand, a meta é transformar a restrição em política duradoura, unindo desempenho acadêmico e bem-estar estudantil.</p>
<h2>Metodologia da pesquisa</h2>
<p>O estudo ouviu 2.840 alunos, 348 professores e 201 gestores em escolas públicas municipais, estaduais e privadas de todas as regiões do país, entre maio e julho de 2025.</p>

Brasil

Veto a celular leva 80% dos alunos a prestar mais atenção nas aulas

<p><b>247</b> - O programa <b>Pé-de-Meia Licenciaturas</b>, criado pelo Ministério da Educação (MEC), já apresenta resultados significativos em seu primeiro ano de implementação. O número de estudantes que obtiveram 650 pontos ou mais no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e ingressaram em cursos presenciais de licenciatura cresceu 60% em 2025, em comparação com o ano anterior.</p>
<p>De acordo com o levantamento, foram registradas 9.113 matrículas de alunos de alto desempenho neste perfil, contra 5.615 em 2024. No total, as inscrições em licenciaturas presenciais subiram 21%, saltando de 31.088 para 37.653. O objetivo do programa é incentivar a formação de professores e valorizar a carreira docente no país.</p>
<h2><b>Incentivo financeiro e foco nos estudos</b></h2>
<p>Um dos beneficiados é Ângelo Miguel Alcântara, estudante de licenciatura em Física no Instituto Federal do Maranhão (IFMA), campus Imperatriz. Ele obteve 726 pontos no Enem 2024 e destacou que o apoio financeiro é determinante para se dedicar aos estudos. “É uma ajuda e tanto para os estudantes que têm afinidade com as licenciaturas, mas temem a sobrecarga do curso com a necessidade de trabalhar. É um valor que ajuda o estudante a focar mais na faculdade ao invés de se preocupar no sustento de casa ou no próprio sustento”, afirmou.</p>
<p>Outro exemplo é o de Caio Bernadino Alves, matriculado em licenciatura em Matemática no Instituto Federal do Ceará (IFCE), campus Maracanaú, que alcançou 698 pontos no Enem. Para ele, o programa foi decisivo: “O programa foi essencial para mim, pois possibilita que eu, aluno de baixa renda, consiga me manter na faculdade. Sem o Pé-de-Meia Licenciaturas, eu teria de trabalhar e, no mínimo, teria bem menos tempo para me concentrar nos estudos”, disse. Caio já projeta seu futuro: pretende prestar concurso público para atuar como professor da educação básica.</p>
<h3><b>Como funciona o Pé-de-Meia licenciaturas</b></h3>
<p>O programa garante uma bolsa mensal de <b>R$ 1.050</b> para estudantes aprovados em cursos presenciais de licenciatura que obtiverem pelo menos 650 pontos no Enem. Desse valor, R$ 700 podem ser sacados mensalmente, enquanto R$ 350 são depositados em poupança. O saque integral do montante acumulado só é liberado após a conclusão do curso e o ingresso do novo professor em uma rede pública de ensino, no prazo máximo de cinco anos.</p>
<p>Essa política faz parte do <b>Mais Professores para o Brasil</b>, instituído pelo Decreto nº 12.358/2025, que tem como meta alcançar 2,3 milhões de docentes em todo o país. Além do Pé-de-Meia Licenciaturas, a iniciativa inclui a <b>Bolsa Mais Professores</b>, a <b>Prova Nacional Docente</b>, o <b>Portal de Formação</b> e ações de valorização em parceria com bancos públicos e outros ministérios.</p>

Otávio Rosso

Pé-de-Meia impulsiona aumento nas matrículas em cursos de licenciatura no Brasil

<p><b>247 - </b>O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensificou as medidas contra a Universidade de Harvard, impondo restrições adicionais ao acesso da instituição a recursos federais. Segundo a agência Reuters, o Departamento de Educação estadunidense colocou Harvard sob “monitoramento financeiro reforçado”. Isso significa que a universidade, localizada em Cambridge, Massachusetts, terá de usar seu próprio caixa para pagar bolsas e auxílios antes de reaver os valores junto ao governo. Além disso, foi exigida uma carta de crédito de US$ 36 milhões como garantia.</p>
<h2>Disputa sobre admissões e ideologia nas universidades</h2>
<p>Em outra correspondência, o Escritório de Direitos Civis do Departamento de Educação alertou que pode adotar medidas adicionais se Harvard não apresentar documentos que comprovem não utilizar critérios raciais ilegais em seus processos de seleção de alunos.</p>
<p>O governo Trump vem acusando a universidade de promover “ideologias antissemitas e de esquerda radical”. Até o momento, Harvard não respondeu aos pedidos de comentário sobre as novas exigências.</p>
<h2>Impactos financeiros e cortes na instituição</h2>
<p>Apesar de possuir um fundo patrimonial estimado em US$ 53 bilhões, Harvard anunciou cortes de gastos e demissões nos últimos meses. Em julho, a instituição alertou que os efeitos combinados das ações federais poderiam reduzir em até US$ 1 bilhão por ano o seu orçamento.</p>
<p>A disputa chegou à Justiça: neste mês, um juiz determinou que o governo havia encerrado de forma irregular mais de US$ 2 bilhões em bolsas de pesquisa concedidas à universidade.</p>
<h2>Trump exige pagamento milionário</h2>
<p>Durante uma reunião de gabinete, Donald Trump afirmou que Harvard deveria pagar “nada menos que US$ 500 milhões”, argumentando que a universidade “tinha sido muito ruim”.</p>

Paulo Emilio

Manifestantes se opõem a medidas de Trump contra a Universidade de Harvard 

Mundo

Governo Trump amplia restrições financeiras contra Harvard

<p><b>247 - </b>A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados promoveu nesta terça-feira (16) uma audiência pública para tratar do Projeto de Lei nº 6.284/2019, que propõe a obrigatoriedade do ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras) em todas as etapas da educação básica. A iniciativa busca ampliar o acesso de pessoas surdas à educação, garantindo mais inclusão e equidade no sistema de ensino.</p>
<p>O debate contou com a participação de representantes do Ministério da Educação (MEC), entre eles a diretora de Políticas de Educação Bilíngue de Surdos, Patrícia Luiza Ferreira Rezende-Curione. Também participaram educadores, gestores públicos, especialistas e membros da comunidade surda, em um esforço coletivo para subsidiar a tramitação do projeto de lei com diferentes perspectivas e contribuições.</p>
<h2>Proposta de inclusão na Lei de Diretrizes e Bases</h2>
<p>Durante a tramitação no Senado, o texto original do PL recebeu alterações por meio de emenda que incluiu na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) a previsão de acesso à Libras não apenas para estudantes surdos, mas também para ouvintes e familiares. O objetivo é criar um ambiente educacional inclusivo, fortalecendo vínculos comunicacionais e culturais.</p>
<p>A medida foi defendida por entidades como a Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (Feneis), que reforça a importância de respeitar a singularidade da educação bilíngue. Esse modelo já está previsto na Lei nº 14.191/2021, que reconhece a Libras como primeira língua (L1) dos estudantes surdos, devendo ser ensinada por professores licenciados, fluentes e, preferencialmente, surdos, com metodologias específicas. A Língua Portuguesa, por sua vez, deve ser ensinada como segunda língua (L2), na modalidade escrita.</p>
<h2>Formação docente e fortalecimento das escolas bilíngues</h2>
<p>Para a diretora do MEC, Patrícia Luiza Ferreira Rezende-Curione, a efetivação da proposta passa pela valorização da formação de professores. “Precisamos fomentar ainda mais a formação dos professores, para que esses profissionais surdos possam atuar nas escolas bilíngues de surdos, fortalecendo a modalidade, sendo ela a língua de instrução para esses estudantes”, afirmou.</p>
<p>O debate também destacou a importância de ofertar Libras como segunda língua a familiares de estudantes surdos, por meio de atividades extracurriculares. A proposta se estende ainda a alunos ouvintes, com o objetivo de ampliar a convivência inclusiva e a compreensão mútua no ambiente escolar.</p>
<h2>Relevância social e impacto na acessibilidade</h2>
<p>Segundo dados do Censo de 2022 do IBGE, o Brasil tem 14,4 milhões de pessoas com deficiência, o que representa 7,3% da população com dois anos ou mais. Desse total, 2,6 milhões apresentam algum grau de deficiência auditiva. A oferta de Libras na educação básica é vista como essencial para garantir o direito à comunicação plena e à participação social, permitindo que surdos tenham acesso à educação, cultura, serviços públicos e vida social em igualdade de condições.</p>
<p>Ao final da audiência, todas as contribuições coletadas foram encaminhadas ao relator do projeto de lei, que dará continuidade ao processo legislativo. O encontro representou mais um passo rumo ao fortalecimento da inclusão e da acessibilidade no sistema educacional brasileiro.</p>

Inclusão: MEC discute obrigatoriedade do ensino de Libras nas escolas brasileiras

<p><b>Por Bruno de Freitas Moura, repórter da Agência Brasil - </b>Um estudo sobre o futuro da indústria nacional apontou 16 profissões que devem estar entre as mais procuradas pelo setor. No levantamento elaborado pelo Observatório Nacional da Indústria, vinculado à Confederação Nacional da Indústria (CNI), os pesquisadores apontam o cenário para os próximos dez anos – até 2035 ─ e listaram também tecnologias que devem se difundir no ambiente industrial nesse período.</p>
<p>De acordo com o superintendente do observatório, Márcio Guerra, funções operacionais e repetitivas tendem a desaparecer, dando lugar a ocupações mais analíticas, criativas e interdisciplinares.</p>
<p>"Os trabalhadores atuais vão precisar se adaptar de forma contínua, desenvolvendo habilidades como fluência digital, análise de dados e resolução de problemas complexos".</p>
<p>São oito ocupações para profissionais de nível técnico e oito de nível superior. Confira a lista das profissões do futuro na indústria:</p>
<p><b>Nível técnico</b></p>
<ol>
  <li>técnico em microrredes e energias renováveis</li>
  <li>técnico em cibersegurança industrial</li>
  <li>técnico em manufatura aditiva (impressão 3D)</li>
  <li>técnico em manutenção preditiva</li>
  <li>técnico em internet industrial das coisas (IIoT) e conectividade industrial</li>
  <li>técnico em operação de robôs e drones autônomos</li>
  <li>técnico em realidade aumentada/virtual (RA/RV)</li>
  <li>técnico em sensoriamento remoto e geotecnologias</li>
</ol>
<p><b>Nível superior</b></p>
<ol>
  <li>gerente de inovação aberta e colaborativa</li>
  <li>gestor de sustentabilidade e economia circular</li>
  <li>especialista em gêmeos digitais (réplica virtual de um objeto ou sistema) e modelagem virtual</li>
  <li>especialista em governança algorítmica e ética digital</li>
  <li>cientista de dados industrial</li>
  <li>engenheiro de machine learning e IA (inteligência artificial) industrial</li>
  <li>engenheiro de edge computing</li>
  <li>arquiteto de soluções blockchain para cadeia de suprimentos</li>
</ol>
<p>Das profissões listadas, o observatório estima que, em 10 anos, cerca de 60% das indústrias demandarão técnico em cibersegurança industrial e, 50%, de profissionais em microrredes.</p>
<h2>Tecnologias emergentes</h2>
<p>Entre as tecnologias que ganharão terreno nas indústrias nos próximos anos, o estudo cita inteligência artificial, internet industrial das coisas, gêmeos digitais, blockchain, manufatura aditiva e realidade aumentada, entre outras, que vão agir como “elementos centrais na redefinição de processos produtivos e modelos de negócio”.</p>
<p>O os pesquisadores consideram que a implementação e o uso de tecnologias emergentes exigem um novo conjunto de habilidades dos trabalhadores, para que consigam operar sistemas complexos e interagir com máquinas inteligentes.</p>
<p>“Não se trata apenas de operar máquinas e equipamentos, mas de compreender os sistemas que as conectam, de analisar os dados que elas produzem e de tomar decisões baseadas em evidências”, diz Guerra.</p>

Indústria

As 16 profissões mais promissoras na indústria até 2035

<p><b>Por Tâmara Freire, repórter da Agência Brasil - </b>"Era um vício. Dava vontade de ficar mexendo o tempo todo." Assim a estudante Priscila Henriques Lopes da Silva, de 14 anos, define a relação que tinha com o celular. A amiga Sophia Magalhaes de Lima, também com 14 anos, se identifica, mas diz que "hoje em dia não dá tanta vontade. A gente percebe que não precisa ficar mexendo no celular para poder se divertir".</p>
<p>O que separa as duas realidades é a decisão da prefeitura do Rio de Janeiro de proibir o uso do celular nas escolas, aplicada no início do ano letivo de 2024. A medida adiantou o que se tornaria regra em todo o território nacional no começo deste ano, por força de uma lei federal.</p>
<p>O estudante Enzo Sabino Silva Cascardo, de 15 anos, conta que, antes da proibição, os períodos das aulas, na verdade, eram perdidos em jogos e redes sociais. "Ninguém prestava atenção", lembra. Os professores também perdiam preciosos minutos – e o bom humor – tentando angariar alguma audiência. Mas, mesmo nos momentos mais descontraídos, o "vício" continuava: "No recreio, era igual aqueles desenhos: todo mundo com a cabeça abaixada olhando no celular, ninguém brincava, ninguém conversava", acrescenta Enzo.</p>
<p>Logo de cara, a proibição não agradou: "Vamos dizer que a gente ficou chateado, para não usar outra palavra", brinca Enzo. Mas em pouco tempo a vida natural das escolas "se regenerou", para usar outra brincadeira, feita por usuários nas redes sociais. O recreio voltou a ser o espaço para brincadeiras e bate-papo. Dentro de sala, os professores voltaram a ter mais problema com as conversas paralelas do que com os diálogos via aplicativo.</p>
<p>De acordo com a prefeitura, os resultados não são apenas visíveis, como também mensuráveis. Dados do desempenho dos alunos do ensino fundamental, colhidos periodicamente pela Secretaria Municipal de Educação, mostram um avanço de 25,7% em matemática e 13,5% em português, em 2024.</p>
<p>Essas proporções foram calculadas por um pesquisador da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, após a aplicação de métodos estatísticos para isolar outros fatores que podem influenciar nesse desempenho e identificar qual o ganho obtido apenas com a proibição. Também foram ouvidos mais de 900 diretores, que correspondem a 90% dos profissionais da rede.</p>
<p>"Em matemática é como se os alunos tivessem aprendido um bimestre a mais dentro do mesmo espaço de tempo. Outra coisa interessante é que o impacto no quarto bimestre foi maior do que o impacto no terceiro bimestre, que foi maior do que no segundo... ou seja, houve um ganho progressivo", ressalta o secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha.</p>
<p>A aluna Tauana Vitória Vidal Fonseca, de 15 anos, faz parte dessa estatística. "Quando a gente podia usar o telefone, eu ficava o dia inteiro no celular, ao invés de prestar atenção nas aulas. Depois que proibiu, minha nota subiu lá em cima! Matemática, principalmente, melhorou muito. Antes eu não sabia nada, mas acho também que é porque eu ficava o tempo todo com o celular na aula, né?"</p>
<p>Todos os adolescentes ouvidos pela reportagem estudam no Ginásio Educacional Olímpico (GEO) Reverendo Martin Luther King, na Praça da Bandeira, região central do Rio. A diretora Joana Posidônio Rosa conta que enfrentou resistência logo que a medida foi implementada. "Tinha aluno que se recusava, tinha aluno que brigava comigo...".</p>
<p>Um aliado foi fundamental: "Logo que a medida foi anunciada, a gente começou a falar com as famílias, pelos grupos de WhatsApp, nas reuniões de pais e a gente teve uma adesão de praticamente 100%. Inclusive recebemos relatos de familiares, contando que em casa a situação também estava muito difícil, porque eles não saíam dos celulares. E foi muito importante essa adesão das famílias, porque sozinhos a gente não conseguiria", conta a diretora.&nbsp;</p>
<p>O professor de história Aluísio Barreto da Silva lembra que alguns alunos chegavam a ter reações extremas, com gritos e choros, quando o celular era apreendido, tamanho apego ao aparelho. Ele vê uma herança da pandemia nesse comportamento, já que, por quase dois anos, as crianças e adolescentes precisaram estudar de forma remota, e praticamente só socializavam via internet.&nbsp;</p>
<p>"Antes da proibição, eu tinha que ficar brigando o tempo inteiro, porque como é que o aluno vai prestar atenção, se ele está mexendo no celular? E os alunos bons estavam sendo capturados. Porque qualquer turma tem os alunos que conversam, que bagunçam, que dão mais trabalho, mas, mesmo os bons alunos, que normalmente se dedicam, eu estava perdendo para o celular", lembra.</p>
<p>Apesar disso, Aluísio conta que em algumas semanas, a "desintoxicação" já produziu resultados e ele voltou a ser o emissor de mensagens mais importante da sala. Mas o professor diz que essa não é a realidade de todos os docentes da rede, já que o cumprimento da lei exige que toda a comunidade escolar esteja engajada, desde a direção das escolas, passando por todos os funcionários, até as famílias.</p>
<p>A princípio, cada classe do GEO Reverendo Martin Luther King tinha uma caixa organizadora, onde os aparelhos eram guardados no início da aula. Hoje, basta uma caixa para toda a escola, que fica na sala de direção, porque a maioria dos alunos já prefere nem levar os aparelhos.</p>
<p>Por ser um ginásio educacional olímpico, o colégio oferece treinamentos em atividades esportivas, além das aulas de educação física. Mesmo nesses momentos, que normalmente são muito apreciados pelos alunos, o celular atrapalhava e afetava o rendimento. A proibição também foi aplicada na hora dos treinos, aumentando ainda mais o tempo sem tela dos alunos e contribuindo para a "desintoxicação".&nbsp;</p>
<p>Sophia Magalhães de Lima, que costumava assistir a vídeos no celular até mesmo enquanto tomava banho, tem trocado o aparelho por outras atividades, como os treinos de xadrez, e hoje ostenta o título de campeã estadual da modalidade. Ela diz que a concentração, tão importante para a prática, aumentou após a proibição.&nbsp;</p>
<p>Já Ana Julia da Silva, de 14 anos, percebe uma melhora que não foi medida pelo estudo. "Antes, eu respondia todo mundo, não estava nem aí pra nada, fazia muita bagunça, toda hora era mandada para a direção. Um dia, eu estava com o telefone na escola, quando algumas crianças começaram a brigar. Aí eu filmei e postei nas redes. A mãe de uma das meninas viu, aí a escola chamou meu pais, conversou comigo e hoje eu entendo que eu não tinha direito de gravar aquelas crianças. Eu sinto que o que mais melhorou foi o meu comportamento."</p>
<p>Apesar de não ter números sobre esse impacto, o secretário municipal de Educação confirma que ele tem sido percebido pelos profissionais.</p>
<p>"A escola tem que ser um espaço não só de aprendizagem, mas também de interação social, de socialização, de rede de apoio. E a gente também tem observado que, com essa medida, você gera um ambiente mais acolhedor, diminui o bullying e o cyberbullying", destaca Renan Ferreirinha.&nbsp;</p>
<p>Para ele, os resultados da lei são uma demonstração de como decisões do poder público podem ajudar as famílias a lidarem com os desafios da tecnologia. "A verdade é que todo mundo está tendo dificuldade nesse processo de criar seus filhos e filhas, crianças ou adolescentes, com esse excesso de tela, de tecnologia, e muitas vezes a gente precisa fazer esses freios de arrumação. Eu defendo, por exemplo, que a gente restrinja o uso de redes sociais, para acima de 16 anos. Acho que é o próximo freio de arrumação que a gente deveria encampar no nosso país."&nbsp;</p>

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