Governo Joe Biden entregou bilhões de dólares a Zelensky sem nenhum objetivo real, diz Vance
Vice-presidente dos Estados Unidos critica envio de recursos para a Ucrânia e acusa Biden de não apresentar plano concreto para encerrar o conflito
247 – O vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, criticou duramente a política do ex-presidente Joe Biden em relação à Ucrânia. Em entrevista ao jornal USA Today, reproduzida pela Sputnik Brasil, Vance afirmou que Biden entregou “bilhões de dólares sem nenhum objetivo real” ao governo do ucraniano Vladimir Zelensky.
Segundo o vice-presidente, o mais preocupante foi a ausência de uma estratégia clara por parte de Washington. “Não houve nenhuma diplomacia real e nenhum sentido real do que iríamos obter em troca desses valores”, declarou Vance, ao condenar a forma como o governo Biden conduziu os repasses financeiros a Kiev.
Críticas à falta de plano para encerrar a guerra
Para Vance, além da insistência de Zelensky em pedir ajuda a Washington, o grande problema foi Biden liberar recursos sem apresentar qualquer plano para encerrar o conflito. “O mais frustrante é que não havia uma visão de como isso poderia levar à paz”, acrescentou o político republicano.
As declarações reforçam o contraste entre a política externa do atual presidente dos EUA, Donald Trump, e a de Biden. Trump tem repetido em várias ocasiões que a guerra não teria começado se ele estivesse na Casa Branca em 2022.
Encontro entre Trump e Putin
No dia 15 de agosto, Trump recebeu em Washington o presidente russo, Vladimir Putin, em uma reunião que durou quase três horas e teve como tema central a crise na Ucrânia. Participaram do encontro, pelo lado norte-americano, o secretário de Estado, Marco Rubio, e o enviado especial da Casa Branca, Steve Witkoff. Pela Rússia, acompanharam Putin o chanceler Sergei Lavrov e o assessor presidencial Yuri Ushakov.
Após a conversa, Trump se reuniu com diversos líderes europeus, incluindo o próprio Zelensky. Já nesta semana, Witkoff declarou que Washington espera que o conflito entre Rússia e Ucrânia possa ser resolvido até o fim de 2025.
Contexto da guerra
A Rússia mantém desde 24 de fevereiro de 2022 o que denomina de “operação militar especial” na Ucrânia. Segundo o presidente Putin, o objetivo é proteger a população de supostos ataques do regime de Kiev e conter os riscos à segurança nacional representados pelo avanço da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em direção às fronteiras russas.
Enquanto isso, a Ucrânia segue contando com apoio militar, financeiro e político de países ocidentais, sobretudo dos Estados Unidos, embora as recentes críticas de Vance indiquem que cresce em Washington um movimento de contestação ao apoio incondicional prestado a Kiev.