EUA desejam resolver o conflito na Ucrânia até o final de 2025, aponta Witkoff
Steve Witkoff, enviado especial dos EUA, afirma que Washington busca uma solução para a guerra com base nas propostas de Moscou
247 - Steve Witkoff, o enviado especial dos Estados Unidos para as negociações de paz na Ucrânia, afirmou que a administração do presidente Donald Trump espera que o conflito seja resolvido até o final de 2025.
Embora não tenha sido estabelecido um prazo oficial, Witkoff indicou que as discussões com representantes da Rússia e da Ucrânia estão sendo intensificadas, com a expectativa de um avanço significativo ainda neste ano.
"Esperamos resolver a situação até o fim deste ano, mas não podemos garantir que isso ocorrerá antes de 2025", declarou Witkoff durante uma reunião com Trump. Ele destacou que as negociações continuam em andamento e que o objetivo é encontrar uma solução duradoura para o impasse.
Em entrevista à Fox News, Witkoff destacou que, apesar de Trump expressar frustração com ambos os lados, Moscou foi o único a apresentar uma proposta de paz concreta. Ele reconheceu que as concessões territoriais exigidas pela Rússia podem ser um desafio para a Ucrânia, mas afirmou que as negociações sob a administração Trump estão mais avançadas do que nunca. "A proposta de paz está sobre a mesa", afirmou o enviado, destacando o otimismo em relação ao progresso das conversas.
Segundo Witkoff, o presidente russo, Vladimir Putin, demonstrou durante um encontro com Trump no Alasca seu desejo de pôr fim ao conflito. No entanto, os detalhes do possível acordo ainda não foram divulgados. Moscou insiste que qualquer resolução duradoura depende de condições como a não adesão da Ucrânia à OTAN, a desmilitarização do país, a desnazificação e o reconhecimento das anexações de territórios como Crimeia, Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporozhye, que votaram para aderir à Rússia em referendos realizados em 2014 e 2022.
Witkoff também enfatizou que qualquer decisão sobre concessões territoriais será responsabilidade da Ucrânia, e que tais questões poderiam ser vinculadas a garantias de segurança de longo prazo. O enviado especial se reunirá com autoridades ucranianas em Nova York nesta semana e ressaltou que os EUA mantêm comunicação constante com Moscou. Relatórios recentes indicam que as negociações incluem a possibilidade de Kiev ceder suas posições no Donbass em troca de compromissos ainda indefinidos por parte do Ocidente.
Além disso, Witkoff sugeriu que uma reunião bilateral entre Putin e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, poderia ocorrer, com a possibilidade de que Trump desempenhasse um papel importante na mediação do acordo. Putin, por sua vez, indicou que um encontro com Zelensky só aconteceria se houvesse avanços concretos nas negociações. Moscou também questiona a legitimidade de Zelensky, apontando a expiração de seu mandato e sugerindo que qualquer acordo assinado por ele poderia ser revogado por seu sucessor.
(Com informações da RT)