“Fui sequestrada e levada contra a minha vontade pelas forças israelenses", denuncia Greta Thunberg
Ativista sueca aparece em vídeo pedindo libertação imediata após operação de Israel contra a missão humanitária Sumud
247 - A ativista sueca Greta Thunberg afirmou em vídeo divulgado nesta quinta-feira (2) que foi sequestrada pelas forças israelenses durante a tentativa da Flotilha Global Sumud (GSF) de chegar à Faixa de Gaza. “Meu nome é Greta Thunberg. Sou cidadã sueca. Se você estiver assistindo a este vídeo, fui sequestrada e levada contra a minha vontade pelas forças israelenses. Por favor, peça ao meu governo para exigir a minha libertação imediata e a dos outros”, declarou.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores israelense, a ação foi classificada como “provocação” e todos os ativistas detidos serão deportados.
Israel fala em “provocação” e nega violação em Gaza
Em nota pública, o Itamaraty israelense afirmou: “A provocação da Hamas-Flotilha Sumud terminou. Nenhum dos iates da flotilha conseguiu entrar em uma zona de combate ativa ou violar o legítimo bloqueio naval. Todos os passageiros estão são e salvos. Estão viajando rumo a Israel, onde serão expulsos para a Europa”.
A pasta também tentou vincular a missão humanitária ao Hamas, reforçando a justificativa do bloqueio marítimo mantido há anos contra Gaza.
Missão reunia centenas de ativistas internacionais
A flotilha Sumud era composta por aproximadamente 500 ativistas de diversas nacionalidades. Além de Greta Thunberg, participaram a deputada federal brasileira Luizianne Lins (PT) e representantes políticos da Itália. O objetivo declarado da missão era levar ajuda humanitária diretamente à população civil de Gaza, desafiando a barreira naval israelense.
Organizadores acusam Israel de interceptar as embarcações em águas internacionais, fora de sua jurisdição. A imprensa turca chegou a noticiar que um dos barcos teria entrado em águas de Gaza, mas a versão foi negada por autoridades israelenses.
Destino dos detidos
O governo de Israel informou que os ativistas serão levados inicialmente ao porto de Ashdod e, em seguida, transferidos de ônibus para a penitenciária de Be’er Sheva. Aqueles que aceitarem deixar o país voluntariamente terão deportação imediata para a Europa. Já os que se recusarem podem enfrentar um processo de expulsão forçada, com duração prevista entre 48 e 72 horas.