Após sequestro de ativistas de flotilha humanitária, Israel diz que "provocação terminou"
Organizadores da missão humanitária acusam Tel Aviv de interceptar os barcos em águas internacionais, em área sem jurisdição israelense
247 - O governo de Israel declarou nesta quinta-feira (2) que a tentativa da Flotilha Global Sumud (GSF) de chegar à Faixa de Gaza foi encerrada e classificou a ação como “provocação”. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, nenhum barco conseguiu atravessar o bloqueio naval e todos os participantes serão expulsos do país. A pasta tambémm tentouu associar a ação humanitária ao grupo palestino Hamas.
“A provocação da Hamas-Flotilha Sumud terminou. Nenhum dos iates da flotilha conseguiu entrar em uma zona de combate ativa ou violar o legítimo bloqueio naval. Todos os passageiros estão são e salvos. Estão viajando rumo a Israel, onde serão expulsos para a Europa”, diz um trecho da nota publicada pela pasta israelense na rede, de acordo com a agência Ansa.
Missão reunia 500 ativistas de diversos países
A flotilha era composta por cerca de 500 ativistas vindos de dezenas de países. Entre eles, estavam a sueca Greta Thunberg, a deputada federal brasileira Luizianne Lins (PT) e políticos italianos. O objetivo declarado era levar ajuda humanitária diretamente à população civil de Gaza, em contestação ao bloqueio marítimo mantido por Israel.
Os organizadores acusam Tel Aviv de interceptar os barcos em águas internacionais, em área sem jurisdição israelense. A imprensa turca chegou a noticiar que a embarcação Mikeno teria entrado em águas de Gaza, mas a informação foi desmentida por Israel.
Ativistas serão levados a prisão antes da deportação
As autoridades confirmaram que os detidos serão conduzidos ao porto de Ashdod e depois transferidos de ônibus para a penitenciária de Be’er Sheva. Quem aceitar deixar o país voluntariamente será deportado à Europa. Já os que se recusarem poderão enfrentar processo de expulsão forçada, com duração estimada entre 48 e 72 horas.