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Após cometer crime de lesa-humanidade, Israel vai deportar ativistas da Flotilha da Liberdade

Chancelaria israelense publica imagens dos detidos e os associa ao Hamas, enquanto parte da flotilha ainda segue rumo a Gaza

Greta Thunberg e Thiago Ávila (Foto: Reprodução/X/@IsraelMFA)

247 - O Ministério das Relações Exteriores de Israel confirmou que os ativistas da Flotilha da Liberdade – Global Sumud, detidos em alto-mar durante a operação militar no Mediterrâneo, estão a caminho do território israelense para iniciar o processo de deportação, segundo o jornal Haaretz. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (2) com imagens publicadas na rede social X, antigo Twitter.

 

A chancelaria israelense classificou os detidos como "passageiros Hamas-Sumud em seus iates", em mais uma tentativa de criminalizar a missão humanitária. A flotilha, que reúne mais de 50 embarcações de 44 países, partiu da Espanha com o objetivo de levar suprimentos à Faixa de Gaza e desafiar o bloqueio imposto por Israel.

Parte da flotilha ainda resiste no mar

Embora 13 embarcações já tenham sido interceptadas e seus ocupantes sequestrados por forças navais israelenses, a maioria dos navios segue navegando. Um vídeo transmitido ao vivo pelo site oficial da missão mostrou que parte das embarcações ainda continua a rota em direção ao enclave palestino.

A detenção em alto-mar foi amplamente condenada por governos, sindicatos e organizações internacionais, que denunciaram o episódio como crime de lesa-humanidade e violação do direito marítimo internacional.

Deportação e isolamento internacional

Com a deportação dos ativistas, Israel reforça a repressão contra a iniciativa humanitária e aprofunda seu isolamento diplomático. Vários países já exigiram a libertação imediata de seus cidadãos detidos e responsabilizaram o governo israelense pela segurança de todos os participantes da missão.

A tentativa de associar os integrantes da flotilha ao Hamas é vista como uma estratégia política para justificar a repressão e deslegitimar a entrega de ajuda humanitária destinada a mais de dois milhões de palestinos que vivem sob bloqueio em Gaza.

O caso aumenta a pressão internacional sobre Israel, que enfrenta acusações de transformar o cerco a Gaza em uma forma de punição coletiva contra a população civil, prática que fere tratados internacionais e configura crime de lesa-humanidade.

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