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Fepal condena ataques da "gangue EUA-Israel" e defende direito "legítimo, legal e moral" do Irã à autodefesa

Federação Árabe Palestina do Brasil acusa Washington e Tel Aviv de promoverem genocídio e ignorar o Direito Internacional

Manifestação pró-Palestina em Teerã, Irã (Foto: Majid Asgaripour/WANA (West Asia News Agency) via Reuters)
Guilherme Levorato avatar
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247 - A Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) divulgou nota pública nesta sexta-feira (13) em que condena com veemência os ataques realizados por Israel ao Irã, ocorridos em meio ao que a entidade classifica como “o maior genocídio de todos os tempos”, em referência à ofensiva israelense em Gaza. Segundo a Fepal, os bombardeios atingiram militares, cientistas e civis iranianos no momento em que o país persa mantinha negociações diplomáticas com os Estados Unidos sobre seu programa nuclear pacífico.

O texto acusa diretamente os EUA e o governo de Tel Aviv de atuarem como um “consórcio genocida” e de colocarem o planeta à beira de um desastre nuclear. “Os ataques ilegais e assassinos de 'Israel' ao Irã […] merecem a mais veemente condenação de todos os que desejam um mundo seguro para todos os povos e nações”, afirma o comunicado.

Condenação à ação militar e crítica à comunidade internacional - A federação denuncia que os bombardeios ocorrem enquanto o Irã continua submetido às inspeções de organismos internacionais relacionados à não proliferação nuclear. “O Irã se submete a estes regimes regulares de inspeção e nenhum relatório desses órgãos apontou presença destas armas no país”, diz o texto. “Como, então, ser atacado sob o pretexto de armas nucleares e, pior ainda, por dois regimes gângsteres quando o assunto é armamento de destruição em massa?”, questiona a Fepal.

A organização também recorda que o Irã não inicia uma guerra há mais de dois séculos e sustenta que os ataques infringem o Direito Internacional, violando diretamente a Carta das Nações Unidas. “Trata-se de ataque que afronta o Direito Internacional […] Nenhum estado membro da ONU pode ser atacado, senão quando a própria organização, por meio de seu Conselho de Segurança, o determine ou, ainda, quando excepcionalmente o Estado atacado deu início à guerra. Nem de longe é o caso”, ressalta o documento.

Legítimo direito de autodefesa - A Fepal enfatiza que, diante do cenário de agressões, o Irã tem pleno direito, do ponto de vista legal e moral, de reagir para defender sua soberania. “Trata-se do direito inalienável de autodefesa, diretamente garantidor de outro direito inalienável, o de autodeterminação dos povos".

Além disso, a federação associa os ataques recentes aos históricos bombardeios e intervenções dos EUA em países como Vietnã, Iraque, Síria e Líbia. Para a entidade, o mesmo padrão de uso da força militar fora das normas internacionais se repete agora contra Teerã.

“Holocausto Palestino” e alerta contra riscos nucleares - No trecho mais contundente da nota, a Fepal afirma que a comunidade internacional precisa romper a cumplicidade com o que chama de “consórcio do extermínio de palestinos”, formado por “os gângsteres de Tel Aviv e Washington”, a quem atribui a responsabilidade pelo “Holocausto Palestino em Gaza”.

A entidade termina o comunicado com um alerta: “EUA e ‘Israel’, os novos perigos à existência humana, mais perigosos que o nazismo porque nucleares, precisam ser parados”.

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