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      Efeito Trump: desemprego nos EUA chega a nível mais alto desde a pandemia

      Segundo relatório divulgado na semana passada, as contratações seguem no ritmo mais lento em mais de uma década, desconsiderando o período da pandemia

      Donald Trump (Foto: Christopher Furlong/Pool via REUTERS)
      Guilherme Paladino avatar
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      247 - O mercado de trabalho norte-americano apresentou novos sinais de enfraquecimento, e o número de desempregados de longa duração alcançou o patamar mais alto desde novembro de 2021, informa o Washington Post. Dados divulgados nesta quinta-feira (7) pelo Departamento do Trabalho mostram que 1,97 milhão de pessoas estavam recebendo seguro-desemprego há pelo menos uma semana no fim de julho — alta em relação aos 1,85 milhão registrados em janeiro.

      Embora os pedidos iniciais de seguro-desemprego tenham subido apenas 7 mil na última semana, a dificuldade para encontrar novas oportunidades mantém muitos trabalhadores fora do mercado por períodos mais longos. Segundo relatório divulgado na semana passada, as contratações seguem no ritmo mais lento em mais de uma década, desconsiderando o período da pandemia.

      Os novos impostos sobre importações, que entraram em vigor nesta quinta-feira, devem aumentar custos para consumidores e empresas, freando ainda mais a criação de vagas.

      O cenário é agravado por cortes de pessoal no setor público, autorizados após decisão da Suprema Corte em julho. As demissões federais devem continuar ao longo do ano e podem gerar efeito cascata em outras áreas da economia.

      Os dados negativos irritaram Trump, que, em gesto inédito, demitiu a chefe do Bureau of Labor Statistics, Erika McEntarfer, poucas horas após a divulgação do relatório. O presidente alegou — sem apresentar provas — que as estatísticas de emprego teriam sido manipuladas com fins políticos.

      Setores sensíveis às tarifas, como varejo, construção e indústria, pausaram planos de expansão. Já as áreas de colarinho branco, que englobam empregos administrativos e corporativos, estão estagnadas há meses.

      Em julho, a taxa de desemprego dos EUA subiu para 4,2%, ainda baixa em termos históricos, mas acompanhada de revisões que apontam 258 mil vagas a menos do que o inicialmente registrado para maio e junho, reforçando a percepção de que o mercado de trabalho norte-americano vive um momento de fragilidade crescente.

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