Disputa sobre arquivos de Jeffrey Epstein leva republicanos da Câmara dos EUA a adiantarem férias
Parlamentares norte-americanos querem que o Departamento de Justiça e o FBI liberem todos os documentos do governo sobre o financista e criminoso sexual
Por David Morgan
WASHINGTON (Reuters) - O principal republicano da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos disse que deve mandar os parlamentares para casa um dia antes para um recesso de verão de cinco semanas, a fim de evitar uma briga política sobre os arquivos do financista e criminoso sexual Jeffrey Epstein.
A medida dispersa a pressão dos democratas e de alguns republicanos para a votação de uma resolução bipartidária para exigir que o Departamento de Justiça e o FBI liberem todos os documentos do governo sobre Epstein, que se suicidou na prisão em 2019.
"O que nos recusamos a fazer é participar de mais um dos jogos políticos dos democratas. Esse é um assunto sério. Não vamos permitir que eles usem isso como um aríete político", disse a jornalistas o presidente da Câmara, Mike Johnson, da Louisiana.
Muitos dos partidários do presidente Donald Trump, que abraçaram uma série de teorias de conspiração em torno de Epstein, viram suas esperanças aumentarem quando o governo prometeu divulgar uma série de novos documentos sobre o caso, apenas para voltar atrás e dizer que havia concluído pela inexistência de provas para apoiar as teorias.
A conclusão abriu uma rara brecha entre Trump e parte de sua base de apoio Make America Great Again. A maioria dos norte-americanos e os republicanos de Trump dizem acreditar que o governo está escondendo detalhes sobre o caso, segundo pesquisa Reuters/Ipsos.
Na segunda-feira, democratas tentaram usar uma reunião do Comitê de Regras da Câmara para forçar a votação da resolução sobre Epstein apresentada pelo deputado republicano Thomas Massie e pelo deputado democrata Ro Khanna.
O painel atua como guardião da legislação que vai a plenário. Em vez disso, republicanos suspenderam a audiência, impedindo que o painel aprovasse projetos de lei para apreciação em plenário nesta semana.
A expectativa era que a Câmara realizasse as votações finais da semana na quinta-feira. Mas o líder da Maioria da Câmara, Steve Scalise, o segundo republicano da Câmara, disse a jornalistas que haveria votações na terça e na quarta-feira para propostas menos importantes.
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