Defesa de Carla Zambelli alega violação de direitos em prisão italiana e recorre à corte internacional
Defesa da parlamentar bolsonarista pede visita da Corte Interamericana para garantir seus direitos na prisão italiana
247 - A deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP), presa em uma penitenciária feminina em Roma desde o dia 29 de julho, recorreu à Corte Interamericana de Direitos Humanos, alegando que sua prisão na Itália viola tratados internacionais de direitos humanos.
Segundo o UOL, a defesa de Zambelli, liderada pelo advogado Pagnozzi, destaca que a prisão não oferece o tratamento médico adequado à deputada, que enfrenta diversos problemas de saúde, como fibromialgia, doenças cardiovasculares e uma recuperação pós-cirúrgica devido à remoção de um tumor cerebral. Além disso, Zambelli sofre de depressão severa.
Acesso a medicamentos
Segundo Pagnozzi, Zambelli está sendo mantida “sem direito a medicamento” e sem os cuidados médicos necessários para suas condições. “Ela está presa sem direito a medicamento com várias patologias na Itália”, afirmou o advogado. Ele também ressaltou que a expectativa é que as autoridades italianas realizem uma visita à penitenciária de Rebibbia, onde Zambelli está detida, para reavaliar as condições de sua prisão.
“O principal ponto é que ela seja solta”, afirmou o advogado, sublinhando que a situação atual viola os direitos de Zambelli. “Se ela não for solta, que receba pelo menos os tratamentos médicos adequados”, completou. Ele finalizou ressaltando que espera que os direitos constitucionais de Zambelli sejam respeitados, já que “nenhum poder está acima da lei”.
Prisão de Zambelli
Carla Zambelli foi presa em Roma após ser condenada por invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com uma pena de dez anos de prisão. Ela foi considerada foragida pela Justiça brasileira e incluída na lista de procurados da Interpol, após o Supremo Tribunal Federal (STF) decretar sua prisão em junho.
Zambelli estava em um apartamento em Roma, onde foi localizada pelas autoridades locais, após denúncia do deputado italiano Angelo Bonelli, do partido Europa Verde. “Informei à polícia nacional italiana sobre o endereço e depois eu informei a chefia da polícia italiana”, relatou Bonelli em publicação na plataforma X (antigo Twitter). Apesar de ter passado por três audiências de custódia, ela segue detida em regime fechado, aguardando o andamento de seu processo de extradição.

