China pede esforços para solução política da crise na Ucrânia em momento considerado decisivo
Em reunião do Conselho de Segurança da ONU, o embaixador Geng Shuang defendeu cessar-fogo imediato, diálogo e proteção aos civis
247 – A crise na Ucrânia entrou em uma fase considerada “crucial” e exige esforços redobrados para alcançar uma solução política. O alerta foi feito por Geng Shuang, vice-representante permanente da China na Organização das Nações Unidas (ONU), durante reunião do Conselho de Segurança realizada na sexta-feira (1º), segundo informações do Global Times.
O diplomata chinês ressaltou que todas as partes devem agir na mesma direção, reforçar consensos e trabalhar com determinação para pôr fim ao conflito por meio de negociações. “As partes do conflito devem priorizar as necessidades humanitárias e de subsistência da população e não poupar esforços para proteger civis”, afirmou Geng. Ele destacou que o respeito ao direito humanitário internacional é essencial, incluindo a obrigação de evitar ataques contra civis e infraestrutura civil.
Geng pediu que os envolvidos busquem desescalada imediata no campo de batalha, demonstrem vontade política e flexibilidade, e mantenham o impulso para o diálogo. O objetivo, segundo ele, deve ser “alcançar um acordo de paz abrangente, duradouro e vinculante por meio de negociações”.
O embaixador também apelou à comunidade internacional, especialmente aos principais atores globais, para que intensifiquem os esforços em favor de um cessar-fogo. Ele defendeu a promoção de conversas de paz, a criação de um ambiente favorável às negociações e a oferta de assistência necessária para viabilizar uma saída política para a crise.
A reunião desta sexta-feira foi a terceira em sete dias dedicada à guerra na Ucrânia no Conselho de Segurança da ONU, evidenciando a gravidade do momento. Em encontro anterior, na quinta-feira, Geng rejeitou como “completamente inaceitáveis” as acusações dos Estados Unidos de que a China seria “o principal fornecedor” para os esforços de guerra da Rússia.
Com essa posição, Pequim reforça sua linha diplomática de defesa do diálogo e do cessar-fogo imediato, buscando projetar-se como um ator comprometido com a estabilidade internacional e com a mitigação do sofrimento humano no leste europeu.
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