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      China exibirá tropas e armas de alta tecnologia em desfile pelos 80 anos do triunfo na Segunda Guerra Mundial

      Desfile contará com dezenas de milhares de militares e novas armas hipersônicas

      No dia 3 de setembro, a China comemorará 80 anos do triunfo na luta antifascista e contra a ocupação japonesa (Foto: Maxim Shemetov/Reuters)
      José Reinaldo avatar
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      247 - A China anunciou que realizará no dia 3 de setembro, em Pequim, um grandioso desfile militar para marcar os 80 anos do triunfo contra o fascismo, a ocupação japonesa e o fim da Segunda Guerra Mundial, quando se concretizou a rendição do Japão. Segundo a agência Reuters, que divulgou a informação nesta quarta-feira (20), a cerimônia será realizada na Praça da Paz Celestial e reunirá dezenas de milhares de pessoas, além de armamentos de última geração nunca antes apresentados.

      O evento contará com 45 formações militares e deverá durar cerca de 70 minutos. Entre os equipamentos em destaque estarão caças, bombardeiros, tanques modernizados, aeronaves de alerta antecipado e armas hipersônicas capazes de atingir até cinco vezes a velocidade do som. Também serão apresentados novos mísseis antinavio e sistemas de ataque de precisão.

      Wu Zeke, vice-diretor do desfile militar, destacou que a mostra será uma vitrine das inovações tecnológicas e do preparo bélico da China. “As armas e equipamentos demonstrarão plenamente a capacidade robusta de nossos militares de se adaptar aos avanços tecnológicos, à evolução dos padrões de guerra e de vencer guerras futuras”, afirmou o oficial em entrevista coletiva.

      Participação internacional

      O presidente Xi Jinping acompanhará o desfile ao lado de líderes estrangeiros. Entre os confirmados está o presidente russo Vladimir Putin, que também participou da edição de 2015, quando mais de 12 mil soldados marcharam pela capital chinesa ao lado de delegações de países como Rússia, Belarus, Mongólia e Camboja. Naquele ano, mais de 500 peças de equipamentos militares e 200 aeronaves também foram exibidos.

      Apesar da relevância histórica, muitos líderes ocidentais se ausentaram em 2015, receosos de que a China utilizasse o evento como demonstração de poder militar. O então primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, foi um dos que recusaram o convite. Na ocasião, estiveram presentes o ex-chanceler alemão Gerhard Schroeder e o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair. Até o momento, Pequim não revelou detalhes sobre possíveis tropas estrangeiras participantes ou a lista completa de líderes convidados para este ano.

      Desde o início de agosto, ensaios de grande porte mobilizaram entre 22 mil e 40 mil pessoas, incluindo militares, policiais e espectadores. De acordo com representantes militares, os preparativos para o desfile já estão praticamente concluídos.

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