Cebrapaz condena sequestro da flotilha humanitária como ação terrorista de Israel
Movimento brasileiro pela paz denuncia ação israelense
247 - O Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz) divulgou uma nota de repúdio contra o ataque de Israel à Flotilha Global Sumud, que levava ativistas solidários e ajuda humanitária para a Faixa de Gaza. A entidade classificou a operação como uma ação terrorista e exigiu a libertação imediata dos tripulantes detidos em águas internacionais.
De acordo com informações divulgadas pelo próprio Cebrapaz, o episódio ocorreu na quarta-feira (2), quando forças israelenses interceptaram a maior parte das embarcações, levando os ativistas para território israelense, onde podem ser deportados, a exemplo de situações semelhantes ocorridas neste ano.
Bloqueio de Gaza e ataques a civis
O bloqueio imposto por Israel à Faixa de Gaza já dura quase duas décadas, dificultando a entrada de suprimentos e agravando a crise humanitária enfrentada pela população palestina. A Flotilha Global Sumud buscava justamente romper esse cerco, levando mantimentos e apoio internacional.
Enquanto interceptava as embarcações humanitárias, Israel intensificava bombardeios em Gaza, que resultaram na morte de mais de 70 palestinos. Com isso, o número total de vítimas desde o início da ofensiva israelense chegou a 66.100, segundo organizações de direitos humanos.
O Cebrapaz lembrou ainda da recente participação de Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, na Assembleia Geral da ONU, classificada pela entidade como uma “ignominiosa performance de um criminoso de guerra”. Para o Cebrapaz, a chamada comunidade internacional falha em agir para deter os ataques e impor sanções.
“É preciso responsabilizar a liderança israelense, envidar esforços por sanções imediatas que impossibilitem a continuidade do genocídio e das ações violentas de Israel contra as pessoas solidárias ao povo palestino”, destacou a nota da organização.
A entidade brasileira reforçou a necessidade de sanções imediatas contra Israel e pediu mobilização urgente dos países para garantir justiça e liberdade ao povo palestino.