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Brasileiros integrantes da Flotilha sequestrados por Israel seguem incomunicáveis e sem acesso a suporte diplomático

Ativistas da Flotilha Global Sumud permanecem detidos em Ashdod; diplomatas brasileiros relatam negativa de contato

Flotilha Global Sumud (Foto: Reuters/Bruna Casas)

247 - Vinte e quatro horas após a captura de integrantes da flotilha Global Sumud por forças israelenses, os 12 brasileiros que participavam da iniciativa seguem incomunicáveis e sem acesso a apoio consular, informa a Agência Brasil. O grupo está detido no porto de Ashdod, em Israel, onde permanece sequestrado sem contato com advogados ou representantes diplomáticos.

Diplomatas brasileiros tentaram, por duas vezes, visitar os ativistas, mas o pedido foi recusado mesmo depois de alegarem que os detidos já estavam sendo interrogados. O episódio intensifica a pressão sobre o governo brasileiro, que busca garantir o direito à assistência consular para os cidadãos capturados.

Negativa de contato e clima de incerteza

Lara Souza, esposa do ativista Thiago Ávila, relatou que todos os brasileiros permanecem isolados. “Não foi permitido a ele contato com a embaixada brasileira. Nem a ele, nem a nenhum dos demais brasileiros”, afirmou.

Ela explicou que advogados informaram ao Itamaraty sobre a realização de interrogatórios, mas a embaixada recebeu novamente a negativa de acesso.  “Nós tivemos a informação de advogados de que estavam em curso interrogatórios. Informei isso ao Itamaraty. Eles entraram em contato para tentar novamente, mas receberam a negativa de encontro com os brasileiros”, disse Souza.

Motivos apresentados por Israel

Segundo as autoridades israelenses, a recusa ao contato teria como justificativa o feriado religioso de Yom Kippur, que impediria a realização dos procedimentos consulares habituais. A embaixada brasileira em Israel declarou que a expectativa é de que o primeiro contato com os brasileiros só ocorra a partir desta sexta-feira (3).

Captura em águas internacionais

Ao todo, cerca de 500 pessoas que participavam da flotilha foram sequestradas em águas internacionais pelas forças israelenses. Entre os advogados designados, apenas uma profissional teria recebido autorização para entrar em Ashdod, mas ainda não conseguiu repassar informações oficiais sobre o estado dos detidos.

Dois brasileiros seguem sem confirmação oficial

Além dos 12 ativistas já confirmados como detidos, outros dois brasileiros permanecem sem qualquer informação oficial por parte de Israel: João Aguiar, que estava a bordo do barco Mikeno, e Miguel de Castro, no Catalina. Ambos estão desaparecidos desde a interceptação da flotilha.

A situação dos brasileiros detidos aumenta a preocupação de familiares e autoridades, que pressionam por respostas sobre as condições em que os ativistas estão sendo mantidos e sobre as garantias de seus direitos fundamentais.

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