Casa Branca diz que acordo sobre Gaza está “muito próximo”
Secretária de imprensa afirma que proposta de paz pode ser fechada após reunião entre Trump e Netanyahu em Washington
247 - O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta segunda-feira (29) que um acordo para encerrar o conflito na Faixa de Gaza está “muito próximo” de ser alcançado. A afirmação foi feita pela secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, poucas horas antes do encontro entre Trump e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em Washington.
De acordo com informações publicadas pelo portal Metrópoles, Leavitt destacou que o entendimento dependerá de concessões mútuas. “Para chegar a um acordo razoável para ambos os lados, ambos os lados têm que ceder um pouco e podem sair da mesa um pouco infelizes, mas é assim que, em última análise, vamos acabar com este conflito”, afirmou.
Plano de paz em 21 pontos
A porta-voz adiantou que o presidente norte-americano apresentará novamente a Netanyahu o plano de paz composto por 21 pontos, documento que foi revelado na semana passada durante reuniões paralelas à Assembleia Geral da ONU, em Nova York. O texto foi discutido com líderes árabes e muçulmanos e traz propostas para encerrar os confrontos.
Além do encontro com o premiê israelense, Trump deve se reunir ainda nesta segunda-feira com representantes do Catar, país que tem atuado como mediador nas conversas com o Hamas.
Pressão sobre Netanyahu
Isolado no cenário internacional e pressionado internamente, Netanyahu busca defender sua estratégia de “terminar o trabalho” contra o Hamas. O desgaste político aumentou nos últimos dias, especialmente após o reconhecimento do Estado da Palestina por diferentes nações.
Na véspera, Trump havia dito em sua rede social, a Truth Social, que os Estados Unidos têm uma “oportunidade real” de conquistar “algo grandioso no Oriente Médio”. Em sua publicação, escreveu: “Todos a bordo para algo especial, pela primeira vez. Vamos conseguir”.
Protestos em Israel
A expectativa por um cessar-fogo também é crescente dentro de Israel. Milhares de pessoas voltaram às ruas nos últimos dias exigindo o fim imediato da guerra. No sábado (27/9), manifestantes pediram que Trump utilize sua influência para acelerar a assinatura de um acordo que interrompa o conflito.
Na sexta-feira (26), Trump já havia sinalizado que acreditava estar perto de alcançar um “acordo” definitivo. Ao mesmo tempo, Netanyahu reafirmou na ONU que Israel pretende prosseguir até “terminar o trabalho” no território palestino, devastado pelos combates.