HOME > Mundo

'Todos querem fazer um acordo', diz Trump na véspera de reunião com Netanyahu, denunciado por genocídio

O presidente norte-americano comentou sobre o encontro que terá com o primeiro-ministro israelense

Donald Trump e Benjamin Netanyahu (Foto: Reuters)

247 - O presidente norte-americano, Donald Trump, disse neste domingo (28) que "todos querem fazer um acordo" sobre a guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza. O chefe da Casa afirmou esperar terminar a proposta nesta próxima segunda-feira (29), durante seu encontro com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, denunciado na Corte Internacional de Justiça (CIJ) pelo crime de genocídio. 

"Temos uma chance real de Grandeza no Oriente Médio. Todos estão a bordo para algo especial, pela primeira vez. Nós vamos conseguir", escreveu Trump em rede social.

O premiê israelense também deu declarações sobre o mesmo tema para a Fox News Sunday. Segundo a agência Associated Press (AP), Netanyahu disse à emissora de televisão que Israel está trabalhando em um novo plano de cessar-fogo com a Casa Branca, mas os detalhes ainda estão sendo definidos.

De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, mais de 66.000 palestinos morreram vítimas dos ataques israelenses desde outubro de 2023.  Estima-se que entre 350.000 e 400.000 pessoas tenham fugido da cidade de Gaza.

Em 22 de agosto, a ONU informou também que mais de meio milhão de pessoas em Gaza estão passando fome. Foi a primeira vez que a fome foi declarada no Oriente Médio. Até o final de setembro, mais de 640 mil pessoas enfrentarão níveis "catastróficos" de insegurança alimentar, classificados como Fase 5 do IPC, em toda a Faixa de Gaza, alertou as Nações Unidas.

donald-trump
Postagem feita por Donald Trump. Foto: Reprodução

Mais detalhes

As ações de Israel foram alvo, em dezembro de 2023, de uma queixa na Corte Internacional de Justiça (CIJ), apresentada pela África do Sul. Pretória  pediu a adoção de medidas provisórias contra autoridades israelenses diante de ações consideradas genocidas. A África do Sul alegou que os ataques e omissões de Israel  na Faixa de Gaza violam obrigações sob a Convenção para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio. Israel alega estar se defendendo de ataques terroristas e contesta a ação. O governo brasileiro declarou apoio ao processo sul-africano. 

Em janeiro de 2024, a CIJ ordenou que Israel tomasse todas as medidas necessárias para prevenir o genocídio na Faixa de Gaza, punisse os defensores do genocídio contra os palestinos e garantisse o fluxo de ajuda humanitária para o povo de Gaza. No entanto, não obrigou Israel a interromper a ofensiva, como havia solicitado a África do Sul na ação judicial. Diversos países, incluindo o Brasil, apoiam o processo contra Israel.

Em novembro de 2024, a CIJ emitiu mandados de prisão contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant e lideranças do Hamas, citando crimes de guerra. Tanto Israel quanto o Hamas negam cometer crimes de guerra.

Artigos Relacionados

Carregando anúncios...