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      Canadense pró‑Trump é impedido de reentrar nos EUA e muda de posição: "fui tratado como um criminoso"

      Atualmente em solo canadense, Landry vive um impasse: não pode voltar para casa

      O presidente dos EUA, Donald Trump - 27/06/2025 (Foto: REUTERS/Ken Cedeno)
      Laís Gouveia avatar
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      247 - Um episódio na fronteira entre o Canadá e os Estados Unidos colocou em evidência o teor das atuais políticas migratórias estadunidenses. O canadense Chris Landry, de 46 anos, residente legal nos EUA há mais de quatro décadas, foi impedido de retornar ao país após férias com parte da família e agora afirma que seu futuro se tornou imprevisível. A informação foi revelada pelo jornal O Globo. 

      Landry viajava com três de seus cinco filhos, todos cidadãos americanos, quando foi parado por agentes de imigração ao tentar cruzar a fronteira pelo estado do Maine. Mesmo com um green card válido, concedido em 1981, ele foi informado de que não poderia reingressar nos Estados Unidos por conta de duas infrações antigas: uma por posse de maconha, em 2004, e outra por dirigir com carteira suspensa, em 2007. Ambas já estavam resolvidas judicialmente e não resultaram em prisão. 

      “Fui tratado como criminoso. Nunca imaginei que não poderia voltar para casa”, desabafou Landry, que mora há décadas em New Hampshire.O canadense afirma que sempre acreditou estar em situação regular e que foi surpreendido com a revogação do seu visto. Ele foi detido por três horas e só liberado com a condição de que não retornasse aos Estados Unidos até uma audiência com um juiz de imigração.A situação é especialmente irônica porque Landry sempre foi um apoiador declarado de Donald Trump e das bandeiras da campanha “Make America Great Again”. Agora, ele diz estar revendo suas convicções políticas. 

      “Eu definitivamente era a favor de ‘tornar a América grande de novo’, mas agora me sinto diferente”, afirmou.

      Segundo autoridades da imigração americana, residentes permanentes com antecedentes criminais, ainda que antigos, estão sujeitos a restrições severas de entrada, inclusive a detenção obrigatória. A medida estaria respaldada por mudanças na interpretação da legislação, reforçadas sob o governo Trump.

      Atualmente em solo canadense, Landry vive um impasse: não pode voltar para casa nem retomar a rotina com os filhos que vivem nos EUA. Ele teme que a situação se arraste por meses e reclama da falta de clareza sobre os critérios usados para revogar vistos. 

      “Meu futuro agora é incerto. Estou longe dos meus filhos e sem saber o que vai acontecer”, declarou.

      O caso está sendo acompanhado pelo gabinete da senadora democrata Maggie Hassan, de New Hampshire, que prometeu monitorar o processo.A situação de Chris Landry expõe os impactos humanos de uma política migratória cada vez mais rígida, que atinge não apenas imigrantes indocumentados, mas também residentes legais que vivem no país há décadas.

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