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      Ativista brasileiro Thiago Ávila permanece detido em Israel após recusar deportação

      Thiago Ávila foi capturado por forças israelenses junto a ativista Greta Thunberg durante operação humanitária para Gaza e aguarda audiência judicial

      Thiago Ávila (Foto: Reprodução X)
      Paulo Emilio avatar
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      247 - O ativista brasiliense Thiago Ávila, de 38 anos, permanece detido em um centro de detenção israelense após se recusar a assinar os documentos necessários para sua deportação. Ávila foi capturado na segunda-feira (9) pela Marinha de Israel junto à ambientalista sueca Greta Thunberg, de 22 anos, e outros militantes que navegavam em direção a Gaza com suprimentos humanitários.

      De acordo com fontes ouvidas pelo Metrópoles, o brasileiro optou por não cumprir os procedimentos de deportação por estar sem informações sobre o paradeiro dos demais tripulantes da embarcação. Devido à recusa, Ávila foi transferido para uma instalação de detenção no território israelense, onde deverá aguardar uma audiência judicial que pode autorizar sua deportação forçada.

      Enquanto o ativista brasileiro permanece detido, o governo israelense confirmou nesta terça-feira (10) que Greta Thunberg já foi liberada. Após sua captura no veleiro Madleen, a jovem sueca foi transportada para Tel Aviv e embarcou em um voo com destino à França. O Ministério das Relações Exteriores de Israel divulgou nas redes sociais duas fotografias mostrando Thunberg a bordo da aeronave.

      "Os passageiros do 'Iate da Selfie' chegaram ao Aeroporto Ben Gurion para embarcarem em Israel e retornarem aos países de origem. Alguns deles devem partir nas próximas horas. Aqueles que se recusarem a assinar os documentos de deportação serão levados perante uma autoridade judicial, de acordo com a lei israelense, para autorizar a deportação", informou a pasta em publicação oficial. As autoridades não esclareceram se outros participantes do grupo de ativistas também foram enviados para a França junto com Thunberg.

      Natural de Brasília, Thiago Ávila integrava a Coalizão Flotilha da Liberdade, iniciativa que tem como propósito transportar auxílio humanitário para a população palestina que vive na Faixa de Gaza. Em gravação feita antes da interceptação, o brasileiro relatou que a embarcação onde se encontrava foi abordada pelas forças militares israelenses no domingo (8) enquanto navegava em direção ao enclave palestino.

      A família do ativista manifestou apreensão com sua situação. Ivo Filho, pai de Thiago, expressou inquietação pelo fato de o filho ter ficado mais de 12 horas sem estabelecer contato após a interceptação do barco. "Eles foram colocados em um tipo de barco. [O vídeo] mostra a imagem deles recebendo pão e água de um soldado. Mas não temos mais notícia alguma", declarou.

      O contexto da operação humanitária está relacionado às recentes decisões do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu sobre o bloqueio de ajuda para Gaza. Após implementar restrições à entrada de suprimentos humanitários no território palestino, Netanyahu recuou da medida em 19 de maio, suspendendo o bloqueio no enclave.

      Segundo o governo israelense, a estratégia de bloqueio tinha como finalidade pressionar o Hamas a liberar os reféns que ainda permanecem em Gaza. Contudo, a medida intensificou a crise humanitária na região e amplificou a pressão internacional contra a administração Netanyahu.

      A Freedom Flotilla Coalition, projeto do qual Ávila participava, tem duplo objetivo: fornecer assistência humanitária à população de Gaza e chamar a atenção da comunidade internacional para a situação humanitária crítica no território palestino.

      Conforme as diretrizes habituais, os ativistas detidos deverão ser repatriados para seus países de origem assim que completarem os procedimentos de deportação.

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