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      Alemanha e o resto da União Europeia estão se transformando em um “Quarto Reich”, alerta Lavrov

      Em artigo publicado no jornal Rossiiskaya Gazeta, chanceler russo critica políticas militares da União Europeia e vê riscos à segurança continental

      Sergey Lavrov (Foto: Sergey Savostianov/TASS)
      José Reinaldo avatar
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      247 - O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, fez duras críticas à atual liderança europeia, especialmente à Alemanha, acusando-a de conduzir o continente por um caminho perigoso que remete ao passado sombrio do século XX. Em artigo publicado pelo jornal Rossiiskaya Gazeta, Lavrov afirmou que a Europa, sob seus atuais dirigentes, está “se transformando em um Quarto Reich”.

      “Isso nos traz à mente eventos históricos: com seus líderes atuais, a Alemanha moderna e o resto da Europa estão se transformando em um Quarto Reich. A situação é extremamente alarmante, e é improvável que a OSCE ajude”, escreveu o chanceler, referindo-se à Organização para a Segurança e Cooperação na Europa.

      Lavrov publicou o artigo por ocasião do 50º aniversário da assinatura do Ato Final de Helsinque, em 1975, que estabeleceu os princípios da política de segurança e cooperação entre os países europeus, os EUA e o então bloco socialista. Para ele, o espírito do documento está sendo sistematicamente violado pelas ações da União Europeia e da OTAN.

      Como exemplo dessa degradação, Lavrov mencionou os recentes planos da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, de levantar 800 bilhões de euros para supostos fins de defesa. Segundo o chanceler russo, essa movimentação orçamentária expõe o crescente envolvimento militar do bloco europeu.

      “Essas intenções não são apenas simbólicas. A Alemanha quer claramente assumir uma posição de supremacia militar no continente, sob o pretexto de enfrentar ameaças externas, muitas vezes atribuídas à Rússia”, pontuou Lavrov, sem esconder seu ceticismo quanto às justificativas apresentadas pelos governos europeus.

      O chanceler russo também sugeriu que, diante da atual conjuntura, a OSCE — criada para promover a segurança coletiva na Europa — perdeu relevância e eficácia. “É hora de refletir sobre a viabilidade da OSCE”, afirmou, sinalizando um possível afastamento russo da organização.

      As declarações de Lavrov refletem o agravamento das tensões entre Moscou e o Ocidente, em meio à continuidade da operação militar russa na Ucrânia e ao aprofundamento das sanções econômicas contra a Rússia impostas pelos países da União Europeia e pelos Estados Unidos.

      Ao mesmo tempo, a retórica de confronto entre Rússia e UE se intensifica com o reposicionamento estratégico dos países europeus, muitos dos quais aumentaram substancialmente seus gastos com defesa nos últimos dois anos e têm aprofundado a coordenação militar com a OTAN.

      As críticas de Lavrov ganham ainda mais repercussão por fazerem eco a temores históricos enraizados na memória coletiva europeia. Ao evocar o “Quarto Reich”, o chanceler russo toca deliberadamente em um ponto sensível, sugerindo que o continente estaria repetindo erros do passado sob a fachada da democracia e da integração.

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