PT retoma campanha 'ricos x pobres' após pausa para reagir a Trump e avanço de Lula nas pesquisas
Peças sobre taxação de bilionários voltam após foco em defesa do Brasil. Aprovação de Lula subiu e já supera 50%, segundo AtlasIntel
247 - O PT voltará a impulsionar a campanha publicitária sobre desigualdade tributária que havia sido interrompida nos últimos dias. Segundo revelou Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, a decisão de retomar os vídeos sobre a taxação dos super-ricos ocorre após uma pausa estratégica para reagir às declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e diante de sinais positivos nas pesquisas de opinião.
A campanha, batizada informalmente de “taxação BBB – bancos, bilionários e bets”, vinha sendo usada para reforçar a crítica à atual distribuição de tributos no país, que pesa sobre os mais pobres enquanto preserva os mais ricos. Com foco na isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, a iniciativa visa pressionar a Câmara dos Deputados a aprovar o projeto do governo federal, cuja votação está prevista para esta quarta-feira (16).
Durante o intervalo na campanha original, o partido concentrou esforços na produção de peças em “defesa do Brasil”, voltadas a rebater os efeitos das ameaças feitas por Trump, que recentemente anunciou medidas econômicas que impactariam diretamente o Brasil, com apoio de aliados bolsonaristas. Superada a necessidade imediata de resposta, o PT decidiu retomar os vídeos anteriores com ainda mais intensidade.
Um dos principais alvos das peças publicitárias é o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), apontado pelo partido como articulador de manobras para travar a votação de medidas que beneficiam a base da pirâmide social. A campanha sustenta que os parlamentares resistem à taxação dos 1% mais ricos da população, o que, segundo o PT, mantém o sistema tributário injusto.
A estratégia de comunicação é assinada pelo publicitário Otávio Antunes, que atuou em campanhas anteriores do PT. De acordo com informações da colunista, os vídeos teriam influenciado na recuperação da popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), conforme sondagens internas da legenda.
Essa tendência também foi captada pela pesquisa AtlasIntel, contratada por agentes do mercado financeiro, que mostra Lula com mais de 50% de aprovação, superando os 48% de reprovação. Trata-se de um avanço importante em relação ao início do mês, quando a situação era inversa: a aprovação rondava os 40% e a rejeição atingia patamares mais elevados.
Com os novos números em mãos e a votação decisiva se aproximando, o PT aposta que o retorno da campanha de “ricos x pobres” poderá não apenas pressionar o Congresso, mas também fortalecer a imagem de Lula como defensor dos mais vulneráveis no debate econômico.
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