Hildegard Angel denuncia a adesão de César Tralli e da Globo ao genocídio promovido por Israel
Em comentário contundente, jornalista critica linguagem usada na emissora para adotar narrativa do genocídio contra os palestinos
247 – A jornalista e comentarista da TV 247, Hildegard Angel, denunciou em suas redes sociais a forma como a Rede Globo tem tratado o conflito no Oriente Médio, especialmente no uso recorrente da expressão “terroristas do Hamas” durante a apresentação do Jornal Nacional, comandado por César Tralli.
“Se eu tivesse que dar um apelido jocoso para o César Tralli seria ‘terrorista do Hamas’. Em um só parágrafo de sua fala no Jornal Hoje, ele usa três vezes a expressão ‘os terroristas do Hamas’”, escreveu Hildegard. Ela ainda destacou que a repórter Carolina Cimenti também reforçou o enquadramento, utilizando o termo “o grupo terrorista”.
A crítica se fundamenta no fato de que o Hamas não está incluído na lista de organizações terroristas do Conselho de Segurança da ONU, tampouco é classificado como tal pelo governo brasileiro. Segundo Hildegard, essa designação parte de Benjamin Netanyahu, a quem ela classificou como “o maior terrorista da Terra, emparelhando com Hitler”.
Para a jornalista, ao repetir a narrativa israelense, a Globo atua como instrumento de legitimação de crimes de guerra e do genocídio contra o povo palestino. O comentário expõe a disputa central em torno da linguagem usada na cobertura internacional: ao adotar termos que não têm respaldo em organismos multilaterais nem no governo brasileiro, veículos de comunicação acabam reforçando o discurso de Netanyahu, acusado de praticar crimes contra a humanidade em Gaza.