Gustavo Conde: chacina de Castro tem como objetivo intervenção dos Estados Unidos no Brasil
Jornalista diz que megaoperação no Rio foi “eleitoreira”, denuncia “montanha de cadáveres” e alerta para estratégia que classifica facções como terroristas
247 – Em sua live diária, o jornalista e comunicador Gustavo Conde reagiu com indignação à operação policial realizada no Rio de Janeiro, que, segundo ele, transformou a cidade em cenário de “carnificina” e produziu “uma montanha de cadáveres”. Logo no início, Conde afirmou: “Eu tô horrorizado com o que aconteceu no Rio de Janeiro” e criticou o sentido político da ação: “O nome dessa operação deveria se chamar eleições, operação eleições”.
Ao acompanhar a evolução do número de mortos, o apresentador narrou seu choque: “Quando era 3 horas da tarde, tava lá 60 mortos. 64, né, que é o número até agora oficial”. Ele descreveu o efeito sobre os moradores: “As crianças estavam vendo essa montanha de cadáveres”, relatando transtornos que atingiram “crianças, mulheres, trabalhador”, interrupção de transportes e barricadas.
Críticas diretas a Cláudio Castro
Para Conde, a operação teve motivação eleitoral e falhas graves de planejamento: “Totalmente esdrúxula, violenta, ilegal, inconstitucional, assodada, incompetente, despreparada”. Ele personalizou a cobrança no governador: “O Cláudio Castro não é uma questão de bom ou mau governador, é uma questão de prisão… é caso de polícia”.
O comunicador também reprovou a comunicação oficial e a ausência de relatório público com nomes de presos e mortos: “Cadê o nome desses presos? Cadê as fichas desses presos? Cadê esse um ano de preparação?”.
Disputa institucional e o “dia seguinte”
Conde destacou a posição do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, cobrando responsabilidade do governo do estado. Segundo o apresentador, “amanhã o bicho vai pegar”, com a exigência de uma resposta consistente também sobre “como é que fica o dia seguinte”, diante do risco de retaliações e da exaustão das forças mobilizadas.
O comunicador criticou a cobertura de parte da imprensa ao usar o enquadramento de “operação mais letal”: “Quando você fala operação mais letal… você quase que comemora isso”. Em sua leitura, a narrativa semântica normaliza a violência e relega o sofrimento dos moradores.
O eixo geopolítico apontado por Conde
Na live, Gustavo Conde conecta a operação no Rio a uma estratégia mais ampla, que incluiria a tentativa de tipificar facções brasileiras como organizações terroristas. Essa rotulagem, argumenta, abriria caminho para intervenções externas com base em legislações unilaterais: “Tem uma informação de que o governo do Rio enviou um relatório… que defende a classificação do Comando Vermelho como organização terrorista”.
Conde triangula esse movimento com ações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no Caribe e no Pacífico: “Trump hostiliza, ataca a Venezuela… e já disse que contra a organização terrorista os Estados Unidos poderiam atacar sem pedir licença”. Para ele, a consequência seria gravíssima: “Se o Comando Vermelho e o PCC forem taxados como organizações narcoterroristas, os Estados Unidos podem soltar a bomba que quiserem aqui no Brasil”. Assista:


