<p><b>247 – </b>O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), publicou nesta quinta-feira (30) uma mensagem nas redes sociais que marca uma guinada retórica para o endurecimento penal, em meio à comoção nacional causada pela chacina no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro — a operação policial mais letal da história do estado, com 121 mortos confirmados.</p>
<p>“Criminoso não é vítima da sociedade. O Estado precisa cuidar do cidadão de bem, de quem trabalha e faz este país crescer. É hora de endurecer as leis. As facções e organizações que tanto mal causam à população devem ser reconhecidas pelo que realmente são: terroristas”, escreveu Tarcísio.</p>
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet"><p lang="pt" dir="ltr">Criminoso não é vítima da sociedade. O Estado precisa cuidar do cidadão de bem, de quem trabalha e faz este país crescer. É hora de endurecer as leis. As facções e organizações que tanto mal causam à população devem ser reconhecidas pelo que realmente são: terroristas. <a href="https://t.co/cFtZjyBNAu">pic.twitter.com/cFtZjyBNAu</a></p>&mdash; Tarcísio Gomes de Freitas (@tarcisiogdf) <a href="https://twitter.com/tarcisiogdf/status/1984036724960587988?ref_src=twsrc%5Etfw">October 30, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
<p>A postagem, que ecoa o discurso adotado por Donald Trump nos Estados Unidos — que também defende tratar o narcotráfico como terrorismo —, foi publicada no mesmo dia em que moradores da Penha retiraram 72 corpos de uma área de mata, um dia após a megaoperação da Polícia Militar e da Polícia Civil no conjunto de favelas apontado pelas autoridades como reduto do Comando Vermelho.</p>
<h2>Chacina histórica e reação das autoridades</h2>
<p>Segundo testemunhas, os corpos foram encontrados na Serra da Misericórdia, local de intensos confrontos na noite anterior. As vítimas foram levadas para a Praça São Lucas, uma das principais vias da região. O ativista Raull Santiago, que ajudou na retirada dos corpos, relatou nas redes sociais que “mais lonas foram esticadas para dar conta dos corpos que estão sendo encontrados”.</p>
<p>A operação tinha como objetivo cumprir 100 mandados de prisão contra suspeitos ligados ao crime organizado, incluindo Edgar Alves de Andrade, o “Doca”, apontado como líder da facção nas ruas. A ação também deixou quatro policiais mortos e nove feridos.</p>
<p>A Defensoria Pública do Rio denunciou violações de direitos humanos e o governo federal anunciou o envio de uma comitiva ao estado. O presidente Lula convocou uma reunião de emergência com a cúpula da Segurança Pública, e o governador Cláudio Castro solicitou a transferência de dez líderes presos para presídios de segurança máxima — pedido atendido pelo governo.</p>
<h2>Repercussão internacional e apelos por investigação</h2>
<p>A tragédia ganhou repercussão internacional. O Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos afirmou estar “horrorizado com a operação policial em andamento nas favelas do Rio de Janeiro” e exigiu uma investigação rápida e independente. Já a Human Rights Watch defendeu que “o Rio precisa de uma nova política de segurança pública, que pare de estimular confrontos que vitimizam moradores e policiais”.</p>
<p>Em Brasília, a Câmara dos Deputados decidiu antecipar a análise da PEC da Segurança, enquanto o episódio reacende o debate sobre a militarização das políticas de combate ao crime e a necessidade de estratégias que priorizem a inteligência policial e a prevenção social — em vez do confronto armado.</p>
<h2>Radicalização do discurso político</h2>
<p>A fala de Tarcísio reflete uma radicalização discursiva que remete à retórica de líderes de extrema direita como Trump, que defende a classificação de cartéis de drogas como organizações terroristas. Especialistas em segurança pública avaliam que esse tipo de discurso pode agravar a violência institucional e legitimar práticas de extermínio, sobretudo em comunidades pobres e racializadas.</p>
<p>Em meio ao luto e às denúncias de violações, o tom adotado pelo governador paulista reforça a divisão política sobre o modelo de segurança no país — entre o endurecimento penal e as políticas de direitos humanos —, reacendendo um debate urgente sobre o papel do Estado nas favelas e o valor da vida nas periferias brasileiras.</p>

Redação Brasil 247

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Brasil

Tarcísio adota o discurso de Trump sobre narcotráfico

<p><b>247 – </b>Em sua live diária, o jornalista e comunicador Gustavo Conde reagiu com indignação à operação policial realizada no Rio de Janeiro, que, segundo ele, transformou a cidade em cenário de “carnificina” e produziu “uma montanha de cadáveres”. Logo no início, Conde afirmou: “Eu tô horrorizado com o que aconteceu no Rio de Janeiro” e criticou o sentido político da ação: “O nome dessa operação deveria se chamar eleições, operação eleições”.</p>
<p>Ao acompanhar a evolução do número de mortos, o apresentador narrou seu choque: “Quando era 3 horas da tarde, tava lá 60 mortos. 64, né, que é o número até agora oficial”. Ele descreveu o efeito sobre os moradores: “As crianças estavam vendo essa montanha de cadáveres”, relatando transtornos que atingiram “crianças, mulheres, trabalhador”, interrupção de transportes e barricadas.</p>
<h2>Críticas diretas a Cláudio Castro</h2>
<p>Para Conde, a operação teve motivação eleitoral e falhas graves de planejamento: “Totalmente esdrúxula, violenta, ilegal, inconstitucional, assodada, incompetente, despreparada”. Ele personalizou a cobrança no governador: “O Cláudio Castro não é uma questão de bom ou mau governador, é uma questão de prisão… é caso de polícia”.</p>
<p>O comunicador também reprovou a comunicação oficial e a ausência de relatório público com nomes de presos e mortos: “Cadê o nome desses presos? Cadê as fichas desses presos? Cadê esse um ano de preparação?”.</p>
<h2>Disputa institucional e o “dia seguinte”</h2>
<p>Conde destacou a posição do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, cobrando responsabilidade do governo do estado. Segundo o apresentador, “amanhã o bicho vai pegar”, com a exigência de uma resposta consistente também sobre “como é que fica o dia seguinte”, diante do risco de retaliações e da exaustão das forças mobilizadas.</p>
<p>O comunicador criticou a cobertura de parte da imprensa ao usar o enquadramento de “operação mais letal”: “Quando você fala operação mais letal… você quase que comemora isso”. Em sua leitura, a narrativa semântica normaliza a violência e relega o sofrimento dos moradores.</p>
<h2>O eixo geopolítico apontado por Conde</h2>
<p>Na live, Gustavo Conde conecta a operação no Rio a uma estratégia mais ampla, que incluiria a tentativa de tipificar facções brasileiras como organizações terroristas. Essa rotulagem, argumenta, abriria caminho para intervenções externas com base em legislações unilaterais: “Tem uma informação de que o governo do Rio enviou um relatório… que defende a classificação do Comando Vermelho como organização terrorista”.</p>
<p>Conde triangula esse movimento com ações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no Caribe e no Pacífico: “Trump hostiliza, ataca a Venezuela… e já disse que contra a organização terrorista os Estados Unidos poderiam atacar sem pedir licença”. Para ele, a consequência seria gravíssima: “Se o Comando Vermelho e o PCC forem taxados como organizações narcoterroristas, os Estados Unidos podem soltar a bomba que quiserem aqui no Brasil”. Assista:</p>
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Mídia

Gustavo Conde: chacina de Castro tem como objetivo intervenção dos Estados Unidos no Brasil

<p><b>247 – </b>O governo do estado do Rio de Janeiro enviou, há cerca de oito meses, um relatório ao governo do presidente <b>Donald Trump</b> que aponta o <b>Comando Vermelho</b> como uma organização com atuação internacional e características de grupo terrorista. A informação foi revelada pela <b>CNN Brasil</b>, que ouviu fontes próximas ao governador <b>Cláudio Castro</b>.</p>
<p>O documento foi produzido pela área de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública fluminense e entregue ao <b>Consulado dos Estados Unidos</b> no Rio de Janeiro. Segundo o relato, o material detalha como a facção criminosa teria expandido suas atividades para a América do Norte, além de descrever suas práticas violentas no Brasil. O objetivo do governo estadual é <b>estreitar a cooperação com os americanos</b> no combate ao tráfico e tentar obter <b>sanções da Casa Branca</b> contra as lideranças do Comando Vermelho.</p>
<h2>Cooperação internacional e política de Trump</h2>
<p>O relatório fluminense busca acionar o <b>Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros</b> do <b>Departamento do Tesouro dos EUA (OFAC)</b>, responsável por aplicar sanções econômicas a organizações criminosas. Caso as recomendações sejam aceitas, <b>bancos e instituições financeiras</b> que de alguma forma colaborem com o grupo poderiam ser punidos.</p>
<p>A iniciativa está alinhada à política adotada por <b>Trump</b> em seu atual mandato, que ampliou a classificação de <b>cartéis e organizações de narcotráfico</b> como <b>Organizações Terroristas Estrangeiras (FTOs)</b>. Essa estratégia tem sido usada para justificar medidas mais agressivas de Washington na América Latina, como as recentes ações contra <b>Venezuela</b> e <b>Colômbia</b>.</p>
<h2>Divergência com o governo Lula</h2>
<p>O governo do presidente <b>Luiz Inácio Lula da Silva</b>, no entanto, adota posição distinta. Para o Planalto, tanto o <b>Comando Vermelho</b> quanto o <b>PCC</b> são <b>organizações criminosas</b>, mas não se enquadram na categoria de terrorismo, uma vez que seus crimes <b>não possuem motivações religiosas ou de ódio político</b>.</p>
<p>O <b>ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski</b>, comentou o tema recentemente. Segundo ele, “<b>normalmente, a classificação de um grupo ou de uma pessoa como terrorista envolve certo grau de subjetividade</b>”. O ministro destacou que a legislação brasileira define o terrorismo como atos que causem grave perturbação social ou política e que tenham <b>motivação ideológica</b>, algo que não se aplica às facções criminosas tradicionais.</p>
<p>Lewandowski reforçou ainda que <b>organizações criminosas são mais fáceis de identificar</b>, pois praticam delitos previstos no Código Penal e não têm relação com terrorismo. “<b>Não há, portanto, qualquer intenção de confundir esses dois conceitos</b>”, concluiu o ministro.</p>
<p>A distinção feita pelo governo federal reflete uma preocupação diplomática e econômica: países que abrigam grupos oficialmente classificados como terroristas tendem a sofrer <b>isolamento financeiro internacional</b>, o que poderia afetar suas relações comerciais e investimentos estrangeiros.</p>

Sudeste

Governo do Rio entregou aos EUA relatório sobre atuação do Comando Vermelho

<p><b>247 –</b> O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, liderou nesta sexta-feira (24) uma mobilização na Praça de Bolívar, em Bogotá, dando início à coleta de assinaturas para convocar um poder constituinte, em resposta às recentes ameaças do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e à pressão de Washington sobre o governo colombiano.</p>
<p>De acordo com informações publicadas pela <a href="https://www.telesurtv.net/petro-trump-ataca-quien-combatio-narcotrafico/"><u>teleSUR</u></a>, Petro criticou duramente as declarações de Trump sobre o narcotráfico na Colômbia.</p>
<p>“Ele nem sequer sabe claramente onde fica a Colômbia, quem aumentou os cultivos de folha de coca neste país e quem os deteve, quem lutou contra as máfias do narcotráfico em sua tentativa de tomar o poder e quem governou com o narcotráfico ao seu lado, fazendo uma política que os beneficiava”, afirmou.</p>
<p>O presidente colombiano também acusou Trump de se aliar a setores criminosos dentro do país. “Esses, senhor Trump, que agora são seus aliados, vou dizer com todas as letras: são a máfia da Colômbia”, declarou Petro, que citou o ex-presidente Álvaro Uribe, associando-o historicamente ao narcotráfico.</p>
<p>“Seu aliado é um ex-presidente que cresceu no cartel dos Ochoa, de Pablo Escobar, e que promoveu a legalização das organizações armadas do narcotráfico apenas para que o tráfico se transformasse em um instrumento de controle sobre a sociedade”, disse o mandatário.</p>
<p>Petro ainda lembrou que há anos denuncia “com nomes e sobrenomes os mafiosos que se sentavam para fazer leis na Colômbia à noite, enquanto pela manhã elaboravam listas das pessoas de seu povoado que seriam assassinadas”.</p>
<p>O presidente também condenou a aproximação de Trump com setores empresariais e políticos de direita na Colômbia. “Aqui houve grupos de empresários falsos, políticos que, falsamente, incentivaram a extrema-direita norte-americana a tomar medidas contra a Colômbia e seu presidente”, afirmou.</p>
<p>Petro reiterou que jamais cederá a pressões externas nem a tentativas de difamação. “Não tenho contas a congelar nem interesses econômicos fora do país. Meu compromisso é com o povo colombiano”, enfatizou.</p>

Bianca Penteado

Mundo

Petro volta a criticar Trump e diz que não cederá a pressões externas

<p><b>247 –&nbsp;</b>O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reiterou que o país está completamente livre do narcotráfico e destacou os avanços obtidos desde a expulsão da Administração de Controle de Drogas dos Estados Unidos (DEA). A declaração foi feita durante um evento público em Caracas e repercutida pelo <a href="https://www.telesurtv.net/presidente-maduro-venezuela-libre-drogas/">canal <b>teleSUR</b></a>.</p>
<p>Segundo Maduro, o rompimento com a agência norte-americana foi um ponto de virada na luta contra o tráfico de entorpecentes. “Desde que rompemos com a DEA, o grande cartel da droga mundial, a Venezuela pôde avançar de maneira autônoma e soberana em uma estratégia. E hoje, a Venezuela é um país totalmente livre do narcotráfico e de todas essas coisas”, afirmou o chefe de Estado diante de autoridades e convidados internacionais.</p>
<h2>Avanços sem intervenção estrangeira</h2>
<p>O presidente ressaltou que, sem a interferência dos Estados Unidos, o país desenvolveu suas próprias políticas de combate ao cultivo, produção e tráfico de drogas. Ele afirmou que as forças armadas, a polícia e os serviços de inteligência e contrainteligência desempenharam papel fundamental para transformar a Venezuela em um “território livre de drogas”.</p>
<p>Maduro também rebateu as acusações de que o país seria produtor de cocaína, classificando-as como “um relato extravagante, vulgar e totalmente falso” promovido por Washington. “É demonstravelmente falsa a teoria de que somos um país produtor de narcóticos. Esse é um grande êxito da Revolução Bolivariana”, declarou.</p>
<h2>Compromisso com a soberania e a paz</h2>
<p>Durante o discurso, Maduro afirmou que o governo venezuelano está próximo de eliminar completamente o trânsito de drogas em seu território. “Estamos caminhando para alcançar 100% de eliminação do pequeno 5% do narcotráfico que vem da Colômbia; vamos conseguir, e esse será um grande avanço da Revolução Bolivariana do século XXI, doa a quem doer”, afirmou.</p>
<p>O presidente denunciou ainda o que chamou de tentativas de “fabricar uma nova guerra eterna” contra a Venezuela, comparando as narrativas atuais às justificativas utilizadas em guerras como a do Vietnã. Ele questionou se “o povo norte-americano e os movimentos sociais realmente desejam uma guerra”, lembrando que “94% dos venezuelanos rejeitam qualquer tipo de confronto”.</p>
<p>“Prometeram que nunca mais se envolveriam em uma guerra e agora estão inventando uma. Nós vamos evitar isso com a mobilização dos povos da América do Sul, porque toda a América do Sul e o Caribe dizem não à guerra, sim à paz, à prosperidade, à harmonia e à convivência”, concluiu o presidente.</p>

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro - Caracas, Venezuela - 15 de setembro de 2025 

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América Latina

Maduro reafirma que Venezuela é território livre do narcotráfico

<p><b>247 – </b>Durante entrevista coletiva em Jacarta, na Indonésia, o presidente <b>Luiz Inácio Lula da Silva</b> condenou os recentes ataques ordenados pelo governo de <b>Donald Trump</b> a barcos de pescadores no <b>Caribe e nas proximidades da Venezuela e da Colômbia</b>, sob o pretexto de combater o narcotráfico. A coletiva foi transmitida pela <b>TV Brasil</b> e está disponível no canal oficial do Planalto no YouTube (<a href="https://www.youtube.com/live/Ca7VRj0L1HM" target="_new">assista aqui</a>).</p>
<p>Lula reagiu duramente às ações militares norte-americanas, afirmando que o combate ao crime não pode se transformar em licença para execuções extrajudiciais. “Falta compreensão da política internacional. Você não está aí para matar as pessoas, está para prendê-las e julgá-las. É o mínimo que se espera de um chefe de Estado”, disse o presidente.</p>
<p>O líder brasileiro reforçou que o enfrentamento ao narcotráfico deve ser feito com <b>cooperação internacional e respeito à soberania dos países</b>, e não com violência unilateral. “É muito melhor os Estados Unidos se dispor a conversar com o Ministério da Justiça de cada país, para fazer uma ação conjunta. Se a moda pega, e cada um acha que pode invadir o território do outro para fazer o que quer, onde é que vai ficar a palavra respeitabilidade da soberania?”, questionou Lula.</p>
<h2>Defesa da legalidade e do diálogo</h2>
<p>O presidente afirmou que o Brasil tem adotado uma estratégia baseada em <b>inteligência, cooperação e operações coordenadas</b> para enfrentar o tráfico de drogas, sem recorrer à violência desmedida. “O que o Brasil está fazendo há muito tempo, com a Polícia Federal e em parceria com os países amazônicos, é combater o narcotráfico dentro da lei”, explicou.</p>
<p>Lula destacou que o problema das drogas não será resolvido com bombardeios, mas com políticas sociais e de saúde pública. “Toda vez que a gente fala em combater as drogas, possivelmente fosse mais fácil a gente combater os nossos viciados internamente. Os usuários são parte do problema. Há quem vende porque há quem compra”, disse.</p>
<h2>“O mundo não pode virar uma terra sem lei”</h2>
<p>O presidente advertiu que ações como as de Trump representam risco à estabilidade internacional. “Se o mundo virar uma terra sem lei, sem respeitabilidade, vai ser muito difícil viver. O que precisamos é de cooperação, não de intimidação”, afirmou.</p>
<p>Lula disse ainda que está disposto a discutir o tema pessoalmente com o presidente norte-americano em sua próxima reunião na <b>Malásia</b>, à margem da cúpula da <b>Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN)</b>. “Se o presidente Trump quiser discutir esse assunto comigo, terei imenso prazer. O mundo não pode continuar nessa lógica do bem contra o mal. Precisamos de diálogo, não de guerra.”</p>
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Lula na Indonésia23.10.2025 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante encerramento do Evento Empresarial Brasil-Indonésia.
Hotel St. Regis.

Foto: Ricardo Stuckert / PR

Poder

Lula condena assassinatos de pescadores por Trump: “Você não está aí para matar as pessoas”

<p><b>BOGOTÁ (Reuters) -</b> Os rebeldes do Exército de Libertação Nacional (ELN) da Colômbia negaram nesta terça-feira qualquer envolvimento com um suposto barco de drogas destruído pelos Estados Unidos no Caribe.</p>
<p>"O Exército de Libertação Nacional não tem e não terá nenhum barco ligado a atividades de tráfico de drogas, nem no Caribe nem em qualquer outro oceano, simplesmente porque isso é proibido" pelas regras do grupo, disse o ELN em um comunicado datado de segunda-feira, mas publicado na mídia social nesta terça-feira.</p>
<p>O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, afirmou no fim de semana que uma embarcação bombardeada pelas forças norte-americanas no Caribe na sexta-feira pertencia ao ELN, embora o presidente colombiano, Gustavo Petro, tenha dito que a embarcação era propriedade de uma "família humilde".</p>
<p>Petro se opõe aos ataques dos militares dos EUA contra navios no Caribe, que mataram dezenas de pessoas e inflamaram as tensões na região. Muitos especialistas jurídicos e ativistas de direitos humanos também condenaram as ações militares.</p>
<p>Em resposta, Trump acusou Petro, sem provas, de ser um "líder das drogas ilegais" e ameaçou aumentar as tarifas sobre a Colômbia e cortar todo o financiamento dos EUA para o país.</p>

Guilherme Paladino

EUA atacam suposto barco de tráfico de drogas na costa da Venezuela

Grupo rebelde da Colômbia nega envolvimento com barco destruído pelos EUA

<p><b>247 – </b>O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que irá aumentar tarifas de importação sobre a Colômbia e suspender todos os repasses financeiros ao país sul-americano, aprofundando a crise diplomática entre Washington e Bogotá. As declarações foram feitas a jornalistas a bordo do Air Force One neste domingo (19), e publicadas pela agência Reuters.</p>
<p>Mais cedo, Trump chamou o presidente colombiano Gustavo Petro de “illegal drug leader” (“chefe de drogas ilegal”) e acusou a Colômbia de ser cúmplice do tráfico internacional. “Eles não combatem as drogas – eles produzem drogas”, afirmou o presidente norte-americano. Segundo Trump, os detalhes sobre a elevação tarifária serão divulgados nesta segunda-feira. A Colômbia paga atualmente tarifas de 10% sobre a maioria das exportações aos Estados Unidos.</p>
<h2><b>Acusações, ataques militares e cortes de ajuda</b></h2>
<p>A escalada começou após os Estados Unidos realizarem ataques militares contra embarcações supostamente usadas para transportar drogas no Caribe. O secretário de Defesa Pete Hegseth afirmou que uma dessas embarcações pertencia ao Exército de Libertação Nacional (ELN), grupo rebelde colombiano. Gustavo Petro contestou: disse que o barco era de uma “família humilde” e criticou o bombardeio que matou civis.</p>
<p>“Estou suspendendo todos os pagamentos para a Colômbia”, disse Trump, sem especificar quais verbas seriam afetadas. Os repasses já haviam diminuído após o fechamento da USAID neste ano, que historicamente canalizava recursos de assistência humanitária para Bogotá.</p>
<p>O Ministério das Relações Exteriores da Colômbia classificou as declarações como “um ato extremamente grave que atinge a dignidade do presidente dos colombianos” e afirmou que buscará apoio internacional para defender a soberania do país.</p>
<h2><b>Resposta de Petro: ‘Trump é rude e ignorante com a Colômbia’</b></h2>
<p>Gustavo Petro respondeu diretamente a Trump pelas redes sociais. “Senhor Trump, a Colômbia nunca foi rude com os Estados Unidos... mas você é rude e ignorante com a Colômbia”, afirmou. Petro também negou qualquer envolvimento com o narcotráfico. “Como não sou empresário, muito menos sou narcotraficante. Não existe ganância no meu coração.”</p>
<p>O presidente colombiano já vinha criticando as ações militares de Washington. Ele afirma que dezenas de civis foram mortos nos bombardeios no Caribe. Juristas e organizações de direitos humanos também condenaram os ataques norte-americanos.</p>
<p>No mês passado, os Estados Unidos cancelaram o visto de Petro após ele participar de uma manifestação pró-Palestina em Nova York e incentivar militares norte-americanos a desobedecer ordens de Trump.</p>
<h2><b>Tensões crescentes e impacto no comércio bilateral</b></h2>
<p>As declarações de Trump representam o ponto mais baixo nas relações entre os dois países em décadas. A Colômbia foi historicamente um dos maiores receptores de ajuda norte-americana no continente, especialmente no âmbito do chamado Plano Colômbia.</p>
<p>Trump pretende aumentar tarifas sobre produtos colombianos, que hoje enfrentam taxações mínimas. A medida pode afetar setores como flores, café e têxteis — com forte impacto para a economia colombiana.</p>
<h2><b>Disputa geopolítica e cenário interno colombiano</b></h2>
<p>Gustavo Petro tem defendido uma política alternativa de combate às drogas, com enfoque social nas regiões produtoras de coca. Porém, sua estratégia tem apresentado poucos resultados concretos até agora.</p>
<p>No mês passado, o governo Trump incluiu novamente a Colômbia em uma lista de países que, segundo Washington, “falharam de maneira demonstrável” no combate ao narcotráfico, ao lado de Afeganistão, Bolívia, Mianmar e Venezuela.</p>

Trump ameaça elevar tarifas sobre a Colômbia e suspender repasses em meio a escalada de tensão sobre narcotráfico

<p><b>247 – </b>O presidente da Colômbia, <b>Gustavo Petro</b>, acusou o governo dos Estados Unidos, liderado pelo presidente <b>Donald Trump</b>, de assassinar um pescador colombiano e violar a soberania do país em águas territoriais.&nbsp;</p>
<p>A denúncia foi feita em sua conta oficial no X (antigo Twitter), neste domingo 18, onde o presidente exigiu explicações de Washington.</p>
<h3><b>“Funcionários do governo dos EUA cometeram um assassinato”</b></h3>
<p>Na publicação, Petro afirmou:</p>
<p><i>“Funcionários do governo dos Estados Unidos cometeram um assassinato e violaram nossa soberania em águas territoriais. O pescador Alejandro Carranza não tinha vínculos com o narcotráfico e sua atividade diária era pescar. A lancha colombiana estava à deriva e com sinal de avaria ativado, com um motor levantado. Esperamos as explicações do governo dos Estados Unidos.”</i></p>
<h2><b>Pescador estaria à deriva e sem qualquer ação ilegal</b></h2>
<p>Segundo Petro, o pescador <b>Alejandro Carranza</b> trabalhava apenas com pesca artesanal e não possuía qualquer ligação com o crime organizado. A embarcação em que ele estava <b>apresentava problemas mecânicos</b>, estava <b>à deriva</b> e sinalizava necessidade de socorro, situação que — segundo o presidente — reforça que não havia ameaça ou resistência.</p>
<h2><b>Violação da soberania e cobrança diplomática</b></h2>
<p>Petro afirmou que a ação aconteceu <b>dentro de águas territoriais da Colômbia</b>, o que configura violação da soberania nacional. Ele cobrou publicamente que os Estados Unidos expliquem o ocorrido e assumam responsabilidade pelo ato.</p>
<p>Até o momento, <b>o governo norte-americano não respondeu oficialmente</b>.</p>
<h2><b>Crise diplomática iminente</b></h2>
<p>A acusação de Petro é uma das mais duras feitas por um presidente colombiano contra Washington nas últimas décadas. Ele fala em <b>assassinato, violação territorial e abuso de poder militar estrangeiro</b>, o que pode desencadear uma crise diplomática entre os dois países.</p>
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet"><p lang="es" dir="ltr">Funcionarios del gobierno de los EEUU han cometido un asesinato y violado nuestra soberanía en aguas territoriales <br/><br/>El pescador Alejandro Carranza no tenía vínculos con el narco y sus actividad diaria era pescar.<br/><br/>La lancha colombiana estaba la deriva y con la señal de avería…</p>&mdash; Gustavo Petro (@petrogustavo) <a href="https://twitter.com/petrogustavo/status/1979700160608206983?ref_src=twsrc%5Etfw">October 19, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>

Petro acusa Trump de assassinar pescador colombiano

<p><b>247 - </b>A Venezuela anunciou nesta quarta-feira (8) a mobilização de tropas em áreas estratégicas do país, incluindo aeroportos e regiões costeiras, como resposta às manobras militares ordenadas pelos Estados Unidos no Caribe. A mobilização ocorre após o governo do presidente Donald Trump enviar oito navios de guerra e um submarino nuclear para o sul do Caribe, próximo à costa venezuelana, sob a justificativa de combater o narcotráfico. &nbsp;</p>
<h2>Exercício militar “Independência 200”</h2>
<p>O ministro do Interior, Diosdado Cabello, acompanhou a movimentação de forças no Aeroporto Internacional de Maiquetía, em La Guaira, que atende Caracas. Segundo ele, tropas também foram posicionadas em portos, alfândegas e unidades militares.</p>
<p>Em mensagem publicada no Telegram, o presidente Nicolás Maduro destacou que “começou o exercício Independência 200, de ativação integral de todos os planos de defesa e ofensiva permanente nas zonas La Guaira e Carabobo”.</p>
<p>As manobras em La Guaira contam com drones, vigilância eletrônica e participação da milícia formada por civis. Em Carabobo, ocorrem no Forte Paramacay, em Valência, e se estendem pela avenida Universidad, uma das principais da cidade.</p>
<h2>Ofensiva dos EUA no Caribe</h2>
<p>Nas últimas semanas, os Estados Unidos realizaram quatro ataques a embarcações venezuelanas, alegando um suposto envolvimento com o narcotráfico. Os ataques deixaram ao menos 21 mortos. Caracas denuncia os bombardeios como “ameaça” e tentativa de “mudança de regime”. Donald Trump declarou que as operações têm sido tão eficazes que “não há mais barcos” na região próxima à Venezuela.</p>
<h2>Expansão da mobilização</h2>
<p>A Venezuela já havia ativado a operação Catatumbo, em Zulia, região fronteiriça com a Colômbia, envolvendo 25 mil soldados. Outras mobilizações também foram registradas em Caracas, Falcón, Sucre, Nueva Esparta e na ilha La Orchila, no Caribe. O governo estuda decretar estado de emergência externa, medida que daria poderes especiais a Maduro e permitiria restrições temporárias a direitos constitucionais.</p>
<h2>Último ataque dos EUA</h2>
<p>Na sexta-feira (4), militares americanos bombardearam uma embarcação que, segundo o secretário de Defesa, Pete Hegseth, transportava drogas. A ação foi ordenada por Donald Trump e ocorreu em águas internacionais próximas à costa da Venezuela.</p>
<p>“Esses ataques continuarão até que os ataques ao povo americano acabem!”, escreveu Hegseth no X (antigo Twitter). Ele divulgou um vídeo mostrando a destruição do barco, afirmando que a inteligência confirmou tratar-se de “narcoterroristas”. Trump, por sua vez, declarou que a embarcação transportava “drogas suficientes para matar de 25 mil a 50 mil pessoas”, ainda que nenhuma prova tenha sido apresentada.</p>

Paulo Emilio

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, aplaude durante a cerimônia de encerramento do segundo Curso de Operações Especiais Revolucionárias (COER), realizado no Grupo de Comando de Ação da Guarda Nacional Bolivariana na paróquia de Macarao, em Caracas, Venezuela

Venezuela mobiliza tropas para áreas estratégicas após ofensiva dos EUA

<p><b>247 -</b> A Venezuela reafirmou seu compromisso com a luta antidrogas durante a “Reunião Informativa sobre a Situação na América Latina e no Caribe em Relação ao Problema Mundial das Drogas”, organizada pela Comissão das Nações Unidas sobre Narcóticos, em Viena, Áustria. O discurso oficial foi proferido pelo Superintendente Nacional Antidrogas, Danny Ferrer Sandrea, que destacou a importância da cooperação internacional como eixo central no combate ao tráfico ilícito.</p>
<p>Segundo informações publicadas pelo jornal <i>Correo del Orinoco</i>, Ferrer ressaltou que a Venezuela mantém firme adesão aos princípios do multilateralismo e da corresponsabilidade regional. Ele pediu que a comunidade internacional reforce os mecanismos de cooperação e assistência técnica, rejeitando a politização do tema das drogas e as chamadas medidas coercitivas unilaterais, que, em suas palavras, “minam o espírito de colaboração e afetam negativamente o multilateralismo”.</p>
<h3>Compromisso regional e resultados práticos</h3>
<p>Durante sua intervenção, Ferrer afirmou que “a Venezuela reitera seu compromisso com as convenções internacionais e a promoção do diálogo construtivo na região, reafirmando a América Latina e o Caribe como Zona de Paz”. O representante venezuelano destacou que, desde 2021, o país vem fortalecendo laços de cooperação bilateral e multilateral para enfrentar o narcotráfico de forma coordenada.</p>
<p>Somente em 2024, o intercâmbio de informações com países aliados resultou na apreensão de 6,72 toneladas de drogas. Para Ferrer, o dado evidencia a eficácia dos mecanismos de colaboração internacional.</p>
<h3>Estratégia humanista e operações conjuntas</h3>
<p>A política antidrogas da Venezuela é conduzida pelo presidente constitucional Nicolás Maduro e tem como base uma abordagem social-humanista que alia ações preventivas, operações de interdição e intensa cooperação internacional.</p>
<p>O país também atua em operações conjuntas no Mar do Caribe, com participação de forças populares, militares e policiais, sob a coordenação do capitão Diosdado Cabello, vice-presidente de Política, Segurança Cidadã e Paz. Essas operações são realizadas em conformidade com as convenções internacionais e buscam preservar a soberania nacional, ao mesmo tempo em que reforçam a responsabilidade compartilhada no enfrentamento ao tráfico ilícito de entorpecentes.</p>
<p>Com esse posicionamento, a Venezuela reforça sua presença nos debates multilaterais e busca projetar uma imagem de cooperação ativa e responsável no cenário internacional, especialmente em um dos temas mais sensíveis da agenda global: o combate ao narcotráfico.</p>

José Reinaldo

Diplomatas venezuelanos defendemm política antidrogas de seu país

Venezuela reforça compromisso internacional contra o narcotráfico em fórum da ONU

<p><b>247 – </b>Em <a href="https://www.pagina12.com.ar/863038-carcel-o-bala">artigo</a> publicado no jornal argentino <i>Página/12</i>, o jornalista Luis Bruschtein expôs as conexões entre o deputado José Luis Espert e o empresário argentino-norte-americano Federico “Fred” Machado, acusado pela Justiça dos Estados Unidos de liderar uma rede internacional de narcotráfico, lavagem de dinheiro e estelionato. A revelação lança sombras sobre a decisão do presidente Javier Milei de manter Espert como cabeça de lista da coligação La Libertad Avanza na província de Buenos Aires, mesmo diante de provas e acusações graves.</p>
<p>Segundo a investigação, a Procuradoria do Texas apresentou documentos comprovando que Espert recebeu, pelo menos, 200 mil dólares de Machado, além do uso de um avião particular e de uma caminhonete blindada. “Segundo se investiga — indicou uma nota de <i>Página/12</i> —, sob a fachada de sua empresa South Aviation, com sede na Flórida, comprava aviões de maneira fraudulenta, utilizava registros falsos para ocultar sua titularidade e depois os levava a Colômbia, Venezuela ou México para contrabandear grandes carregamentos de cocaína para os Estados Unidos”.</p>
<p>Apesar da gravidade das denúncias, Milei decidiu proteger Espert e mantê-lo na linha de frente da disputa eleitoral. O deputado tentou se defender afirmando que não conhecia todos os empresários que financiaram sua campanha em 2019. No entanto, Clara Montero Barre, ex-responsável pela imprensa de Espert, desmentiu a versão: afirmou que o político se reuniu diversas vezes com Machado, que inclusive participava da definição de estratégias de campanha.</p>
<p>Espert ainda tentou transferir responsabilidades para José Bonacci, apoderado do partido UNITE. Mas Bonacci também negou qualquer envolvimento com o manejo do dinheiro. Para completar, a versão final do deputado foi que teria recebido pagamentos de uma mina na Guatemala, também controlada por Machado, que é acusado de usar o empreendimento para lavar dinheiro e realizar mineração ilegal.</p>
<p>Além da ligação com Espert, Machado teria financiado campanhas presidenciais na Guatemala, como a de Jimmy Morales e Alejandro Giammattei, ambos posteriormente acusados de corrupção. O empresário cumpre prisão domiciliar há mais de três anos em uma mansão de seu primo Claudio Ciccarelli, marido da deputada libertária Lorena Villaverde, detida nos Estados Unidos em 2017 por porte de cocaína.</p>
<p>A lista de personagens ligados ao caso reforça o impacto político: o advogado Francisco Oneto, que defende tanto Espert quanto o próprio presidente Javier Milei em diversas causas, também é o responsável pela defesa de Machado. Para Bruschtein, o “fanatismo anti-Estado” do grupo parece atrair marginais e criminosos, em um cenário em que até figuras como Matías Ozorio — acusado de triplo feminicídio e descrito como “libertário fanático” — circulam no mesmo universo político.</p>
<p>Em meio à crise econômica que assola a Argentina, a manutenção de Espert na chapa oficialista causa perplexidade e levanta suspeitas sobre as reais motivações do governo Milei. Para Bruschtein, o custo eleitoral da decisão é alto: “Com toda a informação que circula, Espert é indefensável em público, é o pior candidato, afasta votos e ainda mancha a imagem do governo”.</p>
<p>A questão central, segundo o jornalista, é por que Milei insiste em manter Espert, mesmo com a candidatura cercada por denúncias de financiamento do narcotráfico e com impactos diretos na credibilidade de sua gestão. O escândalo, além de fragilizar o discurso oficial sobre “segurança”, expõe o risco de que a política argentina se veja cada vez mais enredada nas redes de poder do crime organizado.</p>

O presidente da Argentina, Javier Milei, participa de um evento que marca o 31º aniversário do atentado a bomba de 1994 contra o centro comunitário da Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA), em Buenos Aires, Argentina, em 18 de julho de 2025

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