Advogado de Trump usa chacina para atacar o governo Lula
Martin de Luca criticou a postura do governo brasileiro após operação no Rio que deixou 64 mortos e ecoou discurso bolsonarista sobre segurança pública
247 – O advogado Martin de Luca, ligado ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, utilizou as redes sociais para atacar o governo do presidente Lula após a operação policial no Rio de Janeiro que deixou 64 mortos, a maior chacina da história recente do estado.
Em publicação no X (antigo Twitter), De Luca afirmou que o governo federal “culpou os policiais” pela tragédia, em vez de manifestar solidariedade às vítimas – o que é uma fake news. “Hoje, a operação das forças estaduais no Rio — envolvendo 2.500 agentes — teve como alvo o Comando Vermelho, uma das organizações criminosas mais violentas da América Latina. Os criminosos reagiram com armas de guerra, drones e explosivos, causando pânico em toda a cidade”, escreveu o advogado, acrescentando que “o governo de Lula se recusou a oferecer apoio”.
Críticas alinhadas ao discurso trumpista
De Luca, que atua como assessor jurídico e político próximo a Trump, acusou o governo brasileiro de “atacar o governador do Rio e as forças estaduais” em vez de apoiar a ação policial. “Dentro de poucas horas, em vez de solidariedade com os agentes ou condolências às vítimas, o governo federal voltou suas críticas ao governador e à polícia estadual, exigindo explicações e insinuando investigações — como se o problema real fosse a aplicação da lei, e não o exército criminoso que domina territórios urbanos”, afirmou.
Segundo ele, essa postura revelaria “um governo que não sabe de que lado está na luta”. Em tom político, completou: “Quando um governo se recusa a enfrentar o crime organizado e culpa as forças que o fazem, o resultado é o fortalecimento desses grupos. Na melhor das hipóteses, é incompetência. Na pior, cumplicidade.”
De Luca encerrou sua mensagem dizendo que “os pensamentos devem estar com as famílias dos 64 brasileiros que perderam a vida — civis, policiais e inocentes — pegos no fogo cruzado de uma guerra que nunca pediram”, reafirmando um tom crítico ao governo brasileiro e reforçando a narrativa internacional de que o Brasil estaria sendo leniente com o crime organizado.


