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Globo contrata Felca após aprovação de lei sobre big techs

Influenciador vai estrear quadro no Fantástico sobre saúde mental e redes digitais

Felca no Altas Horas (Foto: Reprodução)

247 - A Globo anunciou a contratação do influenciador Felca, que comandará um novo quadro no programa "Fantástico" voltado a temas como autoestima, relacionamentos, bullying e transtornos emocionais ligados ao universo digital — assuntos que dialogam com milhões de famílias brasileiras.

A novidade foi apresentada durante o Upfront Globo 2026, evento anual em que a emissora revela a anunciantes e parceiros as principais apostas de programação para o próximo ano. O anúncio ocorre no mesmo momento em que o debate sobre o impacto das redes sociais na saúde mental de jovens e crianças ganha força no país — e poucas semanas após a sanção do ECA Digital, a nova lei de proteção de crianças e adolescentes no ambiente online.

Influência e impacto

Felca se tornou uma das vozes mais conhecidas do debate sobre segurança digital e responsabilidade das plataformas. Em agosto, o youtuber publicou um vídeo de grande repercussão em que denunciou a “adultização” de crianças nas redes sociais, expondo casos de conteúdos erotizados e práticas de monetização envolvendo menores de idade em grandes plataformas como o Instagram.

O vídeo ultrapassou 50 milhões de visualizações e provocou forte reação pública e política. Dias depois, parlamentares apresentaram projetos de lei para endurecer a fiscalização de big techs e punir abusos virtuais contra crianças, culminando na aprovação do ECA Digital (Lei 15.211/2025) e em medidas de regulação econômica sobre o setor tecnológico.

Nova fase da regulação digital

A nova legislação, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 17 de setembro, cria mecanismos de supervisão e sanção às empresas de tecnologia, amplia a verificação de idade nas redes e estabelece punições para plataformas que permitam conteúdos ilegais voltados a menores de idade.

A sanção veio acompanhada da transformação da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) em agência reguladora autônoma, com poder de fiscalização e multas. Lula afirmou que o Brasil passa a integrar o grupo de países com marcos legais modernos de proteção digital infantil, defendendo que “as big techs não podem estar acima da lei”.

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